BRASIL
O IPC-S de 22 de outubro de 2020 variou 0,79%, ficando 0,22 ponto percentual (p.p) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,23% no ano e 4,53% nos últimos 12 meses.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas caiu 1,0 ponto em outubro, para 82,4 pontos, interrompendo a tendência de recuperação iniciada em maio. Em termos de média móvel trimestral, o ICC subiu 1,2 ponto, registrando a quarta alta consecutiva porém em ritmo de desaceleração.
Em outubro, houve acomodação na satisfação dos consumidores em relação à situação atual e queda das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,2 ponto, para 72,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,3 ponto, para 90,2 pontos, encerrando sequência de altas iniciada em maio desse ano.
Entre os quesitos que medem a situação atual, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia acomodou em 75,9 pontos ao variar 0,1 ponto em outubro e o indicador de finanças familiares diminuiu 0,5 ponto para 69,4 pontos, ambos mantêm patamares baixos em termos históricos.
Em relação às expectativas, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a queda do ICC no mês ao recuar 2,0 pontos, para 110,6 pontos. As perspectivas sobre às finanças das famílias também cederam 0,5 ponto para 94,1 pontos e o o ímpeto de compras de bens duráveis para os próximos meses voltou a diminuir com queda de 1,4 ponto no indicador atingindo 67,0 pontos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (23/10) pelo IBGE, foi de 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.
Em outubro, o IPCA-15 subiu em todas as localidades pesquisadas. O maior resultado foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,35%), puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%). Já a menor variação foi a da região metropolitana de Salvador (0,43%), por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%).
O Brasil registrou em setembro o sexto mês seguido de superávit em suas transações correntes, de 2,320 bilhões de dólares, levando o déficit em 12 meses a cair a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB), menor patamar desde abril de 2018, refletindo o esfriamento da economia no país e no mundo em meio à pandemia da Covid-19.
Apesar do contraste com o déficit de 2,727 bilhões de dólares de setembro de 2019, o resultado do mês passado, divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central, veio abaixo do superávit de 3,00 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.
Já os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram 1,6 bilhão de dólares, bem abaixo dos 6 bilhões de dólares registrados em setembro do ano passado e também inferior à expectativa de 2,1 bilhões de dólares apontada em pesquisa.