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Os efeitos do Halving sobre o preço do Bitcoin

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Na história do Bitcoin, tivemos 3 Halvings. Quando a mineração de Bitcoin (BTC) foi lançada, os mineiros recebiam 50 BTC quando extraíram com sucesso um bloco. Em 2012 essa recompensa foi reduzida para 25 BTC, em 2016 foi reduzida para 12,5 BTC, e agora em 2020, está em 6,25 BTC, após a terceira redução. Em resumo, minerar Bitcoin está mais difícil e mais caro.

Cada Halving definitivamente teve um impacto sobre o preço, mas nunca a curto prazo e dessa vez não está sendo diferente. Seis meses depois do terceiro Halving, ocorrido em maio, ainda não foi possível mensurar os efeitos diretos sobre o preço do Bitcoin, resultante do corte emissão, criando uma escassez baseada em um conceito matemático que simula a escassez do ouro. Por que ainda não vimos os efeitos do Halving sobre o preço do Bitcoin?

Após o primeiro Halving, o preço subiu de US$ 12 em novembro de 2012 para um pico de US$ 1.100 em novembro de 2013 (12 meses depois). Da mesma forma, o segundo Halving teve um aumento acentuado 11 meses depois, partindo dos US$ 650 em julho de 2016 para mais de US$ 2.500 em maio de 2017. A interpretação mais direta disso é que o Halving introduz uma restrição na oferta, impulsionando a demanda, sempre entre 200 dias a 16 meses.

O conceito por trás desse fenômeno é conhecido como Ciclos de Expansão, onde o modelo estatístico conhecido como Stock-to-flow, conceito criado pelo analista conhecido popularmente como PlanB.  Para PlanB, o próximo Ciclo de Expansão, levará o Bitcoin para US$ 55 mil.

A previsão de US$ 55 mil de PlanB, baseado no Stock-to-Flow, é baseada na relação entre a escassez, a oferta atual e a quantidade de novas emissões de um ativo para determinar o impacto sobre o preço. Esse mesmo modelo registrou o pico de US$ 20 mil atingido pelo Bitcoin no fim de 2017, aproximadamente um ano depois do Halving anterior.

O aumento do hashrate como termômetro

Embora os mineradores recebam menos Bitcoins após cada Halving, de acordo com PlanB, o hashrate (termo técnico usado para medir o poder computacional da rede lógica do Bitcoin) do Bitcoin disparou mais de 6.800%. Apesar dos temores crescentes de alguns que os mineradores poderiam capitular, eles estavam constantemente colocando mais poder computacional para manter a rede.

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O hashrate alcançou os impressionantes 150 exahashes após 11 anos. A título de compreensão, 1 exahash equivale a 1 milhão de vezes um 1 terahash. Esse poder computacional concentrado na mineração do Bitcoin, torna a sua rede inexpugnável a qualquer ataque de DDOS, por exemplo. A rede do Bitcoin funciona sem interrupções a 11 anos sem nunca ter sido paralisada por nenhum evento.

Qual o efeito disso sobre o preço? O preço do Bitcoin é intrinsecamente relacionado à dificuldade de sua mineração, ou seja, quanto mais difícil for minerá-lo, mas caro se torna sua extração e por sua vez esse custo tende a ser repassado para o preço final. Em uma equação simples entre produção, oferta e demanda.

Portanto, quanto maior for o escalonamento da dificuldade de mineração e os custos envolvidos, maior será o preço do Bitcoin, como preconiza o modelo stock-to-flow de PlanB.

Por Leandro de França de Mello

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