A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) comunicou que a BR Distribuidora (BOV:BRDT3) solicitou o término antecipado do contrato de fornecimento de óleo combustível produzido pela estatal. O óleo era utilizado no acionamento de usinas termelétricas.
O contrato, que vigorava desde abril de 2017, venceria em março de 2022 e era avaliado em R$ 4,160 bilhões.
O comunicado da Petrobras foi publicado nesta sexta-feira (23), mas o que chama a atenção é que o contrato já tinha sido cancelado bem antes, em 06 de maio. A estatal não informou o motivo da interrupção do contrato. Já a BR Distribuidora não emitiu nenhum aviso a respeito, nem agora, nem na época.
Ágora acredita que Petrobras e BR Distribuidora devem melhorar resultados
Para Ágora, em relatório enviado a clientes, as empresas do setor, como a Ultrapar, a BR Distribuidora e a Petrobras, devem melhorar os seus números, embora o fantasma da Covid ainda se faça presente.
Petrobras, Ultrapar e BR divulgam seus resultados nos dias 28 de outubro, 4 de novembro e 10 de novembro, respectivamente.
Os meses de julho, agosto e setembro estão sendo classificados por analistas como o trimestre da recuperação. Depois de enfrentar uma das piores crises dos últimos tempos, as empresas começam a normalizar as suas atividades, à medida que a economia reabre. Esse é o caso das redes de combustíveis e das petroleiras.
No caso da Petrobras, a maior companhia brasileira, a expectativa dos analistas Vicente Falanga e Ricardo França é que seu Ebitda, que mede o resultado operacional, caia 40% (em dólar) em comparação com ano anterior, puxado pelos preços do petróleo, que derreteram durante a crise.
Porém, em relação ao segundo trimestre, mês agudo da pandemia, a coisa melhora: a estimativa é de crescimento de 34% no Ebitda, para R$ 28 bilhões, de novo influenciado pelos preços do petróleo, além do crescimento de 5,4% na produção e um aumento de 17,6% nos volumes de combustíveis.
Na linha final, a expectativa é de prejuízo líquido de R$ 397 milhões.
Segundo os analistas, a Ultrapar passará por uma recuperação, “carregada” pela rede de postos Ipiranga.
A corretora calcula um Ebitda consolidado de R$ 961 milhões, com 20% de recuperação, em base trimestral, no volume na distribuição de combustíveis. Já o lucro líquido deve chegar a R$ 246 milhões.
Para a BR Distribuidora, os analistas esperam um Ebitda de R$ 848 milhões, com 23% no crescimento de volumes frente ao trimestre anterior.
“Projetamos que a BR faça um provisionamento de R$ 10/m³ relacionados aos custos do C-Bios relacionados aos nove meses do ano, o que já está em nossas estimativas”, dizem.
A empresa deverá lucrar R$ 280 milhões, segundo a corretora.