A JBS reportou o maior faturamento trimestral da história, com lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, quase nove vezes o resultado do trimestre de 2019, quando a empresa divulgou R$ 356 milhões.
A companhia disse que o resultado da Seara deve-se ao aumento de 4,4% no volume vendido e aumento no preço médio dos produtos de 19,7% ante o terceiro trimestre de 2019. Já a divisão de suínos nos EUA, JBS Pork, teve queda de 5,5% na receita líquida em dólares por conta de quedas de 8% no preço médio, enquanto o volume de vendas subiu 1,3%.
“A produção de carne suína no trimestre voltou aos patamares pré-Covid, compensando, inclusive, o volume menor produzido no segundo trimestre”, afirmou a JBS no balanço.
A maior processadora de carne do mundo, conseguiu diminuir em US$ 1,7 bilhão a dívida líquida, que chegou a US$ 9,1 bilhões em 30 de setembro. A redução de despesa financeira líquida foi de US$ 13,1 milhões no período.
A disponibilidade financeira total da JBS é de R$ 31,2 bilhões, incluindo as linhas de crédito pré-aprovadas. De acordo com a empresa, o valor é suficiente para pagamento de toda a dívida da companhia até 2025.
“Os resultados da JBS no 3º trimestre de 2020 demonstram, mais uma vez, a solidez da estratégia da companhia, mesmo em 1 cenário tão desafiador quanto tem sido o deste ano”, disse Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
“Estamos no caminho certo. E isso vai além da robustez financeira. A JBS entende que não há empresa verdadeiramente próspera sem compromisso com sua responsabilidade socioambiental”, falou Tomazoni, destacando que “o desafio da mudança climática é uma prioridade da administração da JBS“.
“Podemos enfrentar desajustes pontuais na oferta e demanda por região no curto prazo, o que não muda a tendência. Neste sentido, nossa plataforma diversificada – por região e por tipo de proteína – ajuda a reduzir a volatilidade de curto prazo e a manter a consistência dos resultados no longo prazo, com aumento de margem através do crescimento de portfólio de valor agregado e de marcas.”
A JBS fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 1,6 vez em dólar, menor na história da companhia, e de 1,83 vez em reais.
“Os fundamentos de longo prazo da nossa indústria seguem sólidos e estamos bem posicionados para enfrentar o desafio de alimentar de maneira sustentável uma população que cresce e que aumenta o consumo per capita de proteína“, afirmou Tomazoni.
O Credit Suisse definiu os resultados da JBS no terceiro trimestre como “sólidos”. O Ebitda se saiu 12,3% superior à expectativa do banco, que avalia que os resultados foram impulsionados principalmente pelas operações nos Estados Unidos, com boas margens na produção de aves, carne suína e carne bovina.
O banco destaca que as margens da JBS Brasil estão caindo, o que se explica parcialmente pela alta do preço do gado no Brasil. Mas afirma que os resultados fortes devem levar a uma boa reação do mercado nesta quinta-feira. O banco acredita que as divisões dedicadas a carne bovina e a carne suína nos Estados Unidos devem se beneficiar dos estoques em alta no país.
Além disso, a depreciação do real pode ajudar a compensar pelas pressões de custos de Seara e JBS Brasil. O banco afirma que a JBS é uma das empresas “mais atrativas” da sua cobertura.
Credit Suisse mantém recomendação de compra para JBS, com preço-alvo de R$ 36,00.
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