Brasil
A prévia de dezembro do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sinaliza queda de 5,1 pontos no mês, para 140,7 pontos. Com o resultado, o indicador estaria 3,9 pontos acima do último pico anterior a pandemia, em setembro de 2015 e, 26 pontos acima de fevereiro de 2020, período pré-pandemia.
O setor de serviços cresceu 1,7% na passagem de setembro para outubro, o quinto resultado positivo consecutivo, acumulando ganho de 15,8% nesse período. O resultado, porém, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio, geradas pela pandemia.
O volume de serviços prestados se encontra 16,6% abaixo do recorde histórico alcançado em novembro de 2014 e 6,1% inferior a fevereiro de 2020.
Em relação a outubro de 2019, o setor recuou 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida nessa comparação. No ano, a queda foi de 8,7%, enquanto nos últimos 12 meses, o recuo chegou a 6,8%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012 para esse indicador.
Europa
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha mostrou queda de 0,8% em novembro na comparação com outubro, com recuo de 0,3% ante novembro de 2019, informou nesta sexta-feira, 11, o escritório oficial de estatísticas do país, Destatis.
O CPI harmonizado para a União Europeia ficou no país em baixa de 0,7% na comparação anual, com queda de 1,0% ante o mês anterior em novembro, igualmente confirmando a leitura inicial.
O Destatis afirma em relatório que a inflação anual ao consumidor ficou negativa pelo quarto mês neste ano. Em outubro, a queda anual do CPI havia sido de 0,2%. O instituto diz que a última vez em que o CPI na Alemanha esteve tão fraco foi em janeiro de 2015.
A economia da Alemanha recuará menos este ano do que o projetado anteriormente e sua recuperação se acelerará assim que a economia começar a reabrir após a segunda onda da pandemia, no ano que vem, disse o banco central do país nesta sexta-feira.
Com grande parte da zona do euro em lockdown parcial, a economia do bloco deve encolher este ano. Mas a chegada de uma vacina está levantando esperanças de que a vida possa voltar ao normal até o final de 2021.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, negociou um acordo difícil nesta semana para garantir o apoio a um novo pacote de medidas de combate à pandemia, mas sua batalha para convencer os céticos entre colegas e investidores apenas começou.
O BCE divulgou planos para comprar mais meio trilhão de euros em títulos e dar aos bancos subsídios ainda maiores para manter o fluxo de crédito, em uma tentativa de apoiar a economia da zona do euro até o esperado fim da pandemia de coronavírus.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) afirma que os grandes bancos do Reino Unido são “fortes o suficiente” para ajudar as famílias e as empresas neste “período difícil” de pandemia da covid-19 e seus impactos econômicos. Além disso, destaca que o setor financeiro local está preparado para o fim do período de transição no divórcio com a União Europeia, o Brexit, a fim de “limitar rupturas nos serviços financeiros”.
Para o BoE, pode haver alguns problemas nos serviços financeiros, na transição da saída do bloco. Eles não representam, contudo, riscos à estabilidade financeira, acredita a instituição. De qualquer modo, o banco central acredita que pode haver volatilidade e alguns problemas para os serviços financeiros, particularmente para clientes sediados na UE.
Estados Unidos
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,1%, no mês passado, após um aumento de 0,3% em outubro, disse o Departamento do Trabalho na sexta-feira. Esse foi o menor ganho desde abril. No acumulado de 12 meses até novembro, o PPI avançou 0,8% após alta de 0,5% em outubro.
Economistas previam que o PPI ganhasse 0,2% em novembro e subisse 0,8% em relação ao ano anterior.
Ásia
A China intensifica suporte de política fiscal para uma estratégia que torne sua economia baseada principalmente na demanda doméstica, cadeias de oferta e inovação, disse o ministro das Finanças, Liu Kun.
A China apresentou uma estratégia de “dupla circulação” para a próxima fase do desenvolvimento econômico, na qual contará principalmente com a “circulação doméstica” ciclo interno de produção, distribuição e consumo, sustentado por inovação e melhorias na economia.
A China expande demanda doméstica e intensificar a abertura, além de manter as operações econômicas “dentro de uma faixa razoável” em 2021, afirmou nesta sexta-feira o principal órgão de decisão do Partido Comunista.