O Frigol, espera atingir pela primeira vez a marca de 3 bilhões de reais em receita líquida em 2021, com uma estratégia voltada para a expansão de vendas de carnes no mercado externo, que passa tanto pela demanda chinesa quanto pela expectativa de novas habilitações.
O comunicado foi enviado ao mercado pela empresa nesta segunda-feira (21).
Em entrevista, o CEO da companhia, Marcos Câmara, disse que as exportações passaram a representar 44% da receita neste ano, uma alta de 10 pontos percentuais em relação a 2019, tendo a Ásia como destino de 80% dos embarques.
“A empresa está se voltando cada vez mais para o mercado externo… atualmente, o principal destino é a Ásia e lá, China e Hong Kong são nossos maiores compradores, mas queremos conquistar ao longo dos próximos meses uma certa diversificação geográfica”, afirmou.
Em 2020, a companhia que em bovinos fica atrás apenas das gigantes JBS, Marfrig e Minerva Foods deve atingir recorde de R$ 2,4 bilhões em receita, ante R$ 1,85 bilhão faturado no ano anterior, na esteira deste incremento nas exportações.
Das cinco plantas do Frigol espalhadas entre São Paulo, Pará e Goiás, uma atua na área de suínos e quatro em bovinos. Do total, duas unidades são habilitadas para embarcar carne de boi à China e uma terceira, localizada em São Felix do Xingu (PA) está em fase final para aprovação do governo chinês.
“A bola está totalmente no campo da autoridade chinesa. A gente imagina que (nossa planta) estará na próxima rodada de aprovação, que pode acontecer a qualquer momento, talvez nas próximas semanas”, estimou Câmara.
Segundo ele, outro destino que pode trazer resultados promissores para a companhia no ano que vem é Israel.
“Começamos em agosto um programa de venda de carne para Israel que deve se intensificar em 2021. Uma carne que atende requisitos judaicos, com abate e preparo diferenciados”, disse.
O Frigol é o quarto maior frigorífico de bovinos do Brasil.