O ouro ganhou mais de 1% nesta quarta-feira, ajudado pela retração do dólar, mas os elevados rendimentos dos títulos dos EUA ainda colocam o metal em curso para sua maior queda trimestral em mais de quatro anos.
A escalada dos rendimentos dos Treasuries, especialmente os longos, têm penalizado o ouro e os analistas já projetam que o metal termine 2021 na casa dos US$ 1,600, com o investidor apostando em crescimento da inflação, em meio aos estímulos para a recuperação da econômica.
Hoje, entretanto, o ouro ensaiou uma reação, favorecido pelo dólar em queda. Para junho, fechou em alta de 1,70%, a US$ 1,715,60 pontos na Comex, com a T-Note em 1,72800% na altura do fechamento.
O ouro é visto como uma proteção contra a inflação, mas os rendimentos crescentes do Tesouro desafiaram esse status, pois se traduzem em um custo de oportunidade mais alto para manter o ouro.
Entre outros metais preciosos, a platina ganhou 2,7% para US$ 1.186,15 a onça e o paládio subiu 1,2% para US$ 2.620,72, a caminho de seu melhor mês desde fevereiro de 2020.
A russa Nornickel, grande produtora de platina e paládio, disse na segunda-feira que interrompeu o fluxo de água para suas duas principais minas no Ártico Siberiano.
O fechamento da mina do Ártico reduziu drasticamente a produção de metal do grupo de platina e paládio e pode levar a um mercado ainda mais apertado do que o antecipado, disse Ghali.
A prata subiu 1,6% para US$ 24,41, mas caiu mais de 8% no mês.