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Petrobras: Conselho aprova venda da Rlam para Mubadala por US$ 1,65 bilhão

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O Conselho de Administração da  Petrobras aprovou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, na Bahia, para a Mubadala Capital pelo valor de US$ 1,65 bilhão.A assinatura do contrato de compra e venda ocorrerá em breve.

O comunicado foi feito pela petroleira (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), nesta quarta-feira (24). Confira o documento na íntegra.

O contrato prevê ajustes no valor da venda em função de variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação, e que a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

A refinaria será a primeira dentre as oito que estão em processo de venda a ter o contrato assinado. A venda da RLAM está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o CADE em junho de 2019 para a abertura do setor de refino no Brasil.

Além da RLAM, os processos de desinvestimento das outras sete refinarias seguem em andamento conforme divulgado em 8 de fevereiro de 2021.

O processo de desinvestimento da RLAM teve início em maio de 2019, há, portanto, 23 meses aproximadamente e seguiu rigorosamente a Sistemática de Desinvestimentos aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O projeto de desinvestimento da RLAM foi aprovado em todas as instâncias da governança corporativa da Petrobras, desde o Comitê Técnico Estatutário formado por gerentes executivos de diversas áreas da companhia, passando pela Diretoria Executiva e finalmente pelo Conselho de Administração.

Foram realizadas diversas reuniões prévias com tais órgãos, incluindo o Comitê de Investimentos, que assessora o Conselho de Administração. O desinvestimento da RLAM contou com “fairness opinions” dos bancos Citibank, Rotschild e Santander, pareceres técnicos da consultoria global IHS-Markit e da Fundação Getulio Vargas e parecer jurídico do Dr. Francisco Costa e Silva, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários e especialista em Direito Societário.

Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras, comentou: “Hoje é um dia muito feliz para a Petrobras e o Brasil. É o começo do fim de um monopólio numa economia ainda com monopólios em várias atividades. O desinvestimento da RLAM contribui para a melhoria da alocação de capital, redução do ainda elevado endividamento e para iniciar um processo de redução de riscos de intervenções políticas na precificação de combustíveis, que tantos prejuízos causaram para a Petrobras e para a própria economia brasileira.

A transação satisfaz sem dúvida os melhores interesses dos acionistas da Petrobras e do Brasil.” A presente divulgação ao mercado está de acordo com normas internas da Petrobras e com o regime especial de desinvestimento de ativos pelas sociedades de economia mista federais, previsto no Decreto 9.188/2017.

A operação está aderente ao plano estratégico vigente e alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os nossos acionistas.

Sobre a RLAM A RLAM, situada em São Francisco do Conde no estado da Bahia, possui capacidade de processamento de 333 mil barris/dia (14% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil), e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais totalizando 669 km de extensão. Sobre a Mubadala Capital A Mubadala Capital é o braço de gestão de ativos da Mubadala Investment Company PJSC, que opera seis negócios integrados incluindo private equity, public equity, venture capital e crédito, além de uma plataforma de investimentos focada no Brasil e algumas parcerias de investimento soberano.

Os seus diversos negócios investem globalmente em toda a estrutura de capital de títulos públicos e privados, seja diretamente ou por meio de fundos administrados por terceiros.

Além de administrar seus próprios investimentos, a Mubadala Capital faz a gestão de capital de terceiros em nome de investidores institucionais em quatro de seus negócios, incluindo três fundos de private equity, dois fundos de venture capital em estágio inicial, um fundo público e diversos veículos de co-investimento no Brasil.

VISÃO DE MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI comentou as falas à Reuters do general Silva e Luna, futuro presidente da Petrobras, a respeito do que pretende para sua administração, destacando que ele prometeu uma gestão democrática e transparente, e que não irá se curvar a potencial pressão política em sua administração.

Ainda em destaque, está a ideia de criar um fundo para compensar por oscilações. Mas não há, no momento, nada concreto neste sentido. O Bradesco BBI avalia que a ideia do fundo é positiva, mas sua aplicação precisaria ocorrer antes da eleição presidencial de 2022, o que poderia trazer volatilidade.

A recomendação segue underperform (expectativa de valorização abaixo da média do mercado) para a empresa, com preço-alvo de R$ 24, frente aos R$ 22,82 negociados pelos papéis PETR4 na quarta (24).

Credit Suisse

O Credit Suisse comentou as notícias sobre a venda da RLAM pela Petrobras e a saída de executivos do conselho. Na avaliação do banco, a saída dos executivos eleva o risco de ruptura com os planos estratégicos da empresa, incluindo mudanças potenciais em sua política de dividendos, precificação de combustíveis e vendas de ativos. O banco diz que espera que essas incertezas continuem a pesar contra os ativos da Petrobras.

A venda feita pela Petrobras é encarada, no entanto, como um passo positivo no processo de desinvestimento da empresa. O banco mantém avaliação de underperform (expectativa de valorização abaixo da média do mercado), e preço-alvo de US$ 8, frente a US$ 8,01 de fechamento na quarta pelas ADRs da empresa na Bolsa de Nova York.

XP Investimentos

Em nossa opinião, o nível baixo de múltiplos para transação pode refletir uma combinação dos seguintes fatores: (i) Baixo nível de competição pelo ativo; (ii) Maior percepção de risco para o segmento de refino no Brasil devido a política de preços de combustíveis da Petrobras e (iii) Potenciais necessidades de investimentos em renovação de equipamentos (Capex) da RLAM, tendo em vista que é um ativo mais antigo da Petrobras.

Temos uma visão negativa do valor final de venda da RLAM, tendo em vista que a operação ocorreu em um múltiplo de 3,1x EV/EBITDA, abaixo da nossa expectativa mais pessimista de 6,7x e abaixo dos múltiplos atuais que as ações da Petrobras negociam de 4,8x em 2021-22E.

XP mantém recomendação de venda com preços-alvo de R$ 24,00 para PETR4 e PETR3.

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