A Raízen, líder mundial em açúcar e etanol de cana-de-açúcar, obteve aval do órgão brasileiro de defesa da concorrência para a aquisição da Biosev, uma transação anunciada pelas empresas no início de fevereiro.
O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:BSEV3) nesta terça-feira (02). Confira o documento na íntegra.
O negócio, que envolve pagamento pela Raízen de 3,6 bilhões de reais e mais um montante em ações, foi aprovado sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A presente operação não levanta maiores preocupações em termos concorrenciais, em função das baixas participações de mercado detidas pelas requerentes nos mercados horizontal e verticalmente relacionados”, disse o Cade em parecer sobre a transação.
O Cade ainda rejeitou um pedido da distribuidora 76 Oil para entrar como “terceiro interessado” no processo, ao apontar que apesar de ser concorrente de Raízen e Biosev a empresa não apresentou elementos suficientes para agregar à análise.
Após a aquisição e integração dos negócios da Biosev, a Raízen– uma joint venture entre Cosan (BOV:CSAN3) e Shell– passará a contar com um total de 35 unidades produtoras e capacidade instalada de moagem de 105 milhões de toneladas de cana, além de cerca de 1,3 milhão de hectares de cultivos.
Segundo a Raízen, a operação envolve nove unidades da Biosev, com capacidade total de moagem de 32 milhões de toneladas de cana, localizadas em São Paulo (seis), Mato Grosso do Sul (duas) e Minas Gerais (uma), que virão sem qualquer dívida, além de 280 mil hectares de cana.