Os juros futuros abriram estáveis na manhã desta sexta-feira, 16, em sintonia com o dólar, num dia de agenda bem esvaziada e apesar das dúvidas com o Orçamento de 2021.
Às 9h18, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 exibia taxa de 8,83%, de 8,84% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava estável em 6,46%, e o para janeiro de 2022 marcava 4,71%, de em 4,70% no ajuste de quinta-feira.
Após os primeiros 30 minutos, os DIs e dólar já se firmaram em alta. O avanço dos yields dos Treasuries, rendimentos dos títulos do Tesouro americano, e os problemas locais com impasse do Orçamento e CPI da Covid, além da decisão do Supremo Tribunal Federal que confirmou a elegibilidade do ex-presidente Lula, embora já embutida nos preços, são motivos de pressão.
Também está no radar a determinação do Supremo de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, explique em cinco dias a não abertura de processos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. No dólar, movimentos de correção após três perdas também ajudam a desvalorizar o real.
O ambiente global segue favorável ao risco depois de dados animadores da China se juntando à divulgação da véspera de indicadores americanos, que trazem esperança de que o mundo está saindo da crise. Na agenda, dados imobiliários e de confiança do consumidor nos Estados Unidos e rolagem de até US$750 milhões de swap cambial pelo Banco Central pelas 11h30.
Perto das 09h35, o dólar futuro subia 0,66% a R$5,658, interrompendo uma sequência de três perdas, enquanto nos DIs as altas variavam entre 1 e 7 pontos-base, sendo que os prazos mais longos chegaram a abrir em queda. Lá fora, o Índice Dólar, o DXY, que mede o comportamento da moeda americana ante uma cesta de pares, recuava 0,08%, a quinta retração seguida. O yield dos Treasuries de dez anos valorizava 2,7 ponto-base para 1,577%, após queda à mínima em um mês na véspera.
A curva do DI está toda em alta. O contrato para janeiro de janeiro 2022 projeta taxa de 4,710% (4,707% do ajuste ontem), janeiro 2023 vai a 6,480% (6,469%), janeiro 2025 para 8,210% (8,176%) e janeiro 2027 para 8,870% (8,844%).
(Fonte TC e Estadão)