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Devo e não nego, pago quando puder: as empresas da Bolsa devem mais de R$ 1,2 trilhão!

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Essa é uma daquelas curiosidades que adoramos (e precisamos) saber: além de geração de caixa, também conhecer quanto as empresas e os setores andam devendo na praça é importante, afinal quem deve um dia tem que pagar, nada de colocar na conta do Abreu (se ele não paga, nem eu), porque, quando se trata do mercado de ações, tem muita gente de olho no nível de endividamento das empresas, e isso se reflete na confiança e intenção dos investidores de alocar – ou não – capital em algumas delas.

Para começar, é preciso dizer que foram analisadas 239 empresas de capital aberto, desconsiderando as gigantes Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3), já que elas podem acabar distorcendo os resultados. Juntas, as 239 empresas encerraram o primeiro trimestre de 2021 com uma dívida total bruta de R$ 1,21 trilhão. O levantamento foi feito pela sempre presente aqui Economatica, que traz semanalmente resultados de pesquisas para fazer refletir qualquer investidor atento.

O estudo também analisou a questão de endividamento das empresas durante dez anos, partindo dos resultados de março deste ano (que marca o fim do primeiro trimestre) até dezembro de 2011. Para quem é investidor de longo prazo, é uma boa oportunidade de entender a dinâmica do mercado dentro desse tipo de linha temporal.

Levando isso em consideração, em se tratando da dívida total líquida das empresas, em março deste ano ela ficou em R$ 775 bilhões, o que representa crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 326,0% no período que vai de dezembro de 2011 até março de 2021 – ou 155,5% descontada a inflação acumulada nesses anos e medida pelo IPCA. Já o caixa gerado pelas companhias em março deste ano é de R$ 438 bilhões, um crescimento nominal de 44,1% na base temporal, ou queda de -13,6% considerando a inflação do período.

Para facilitar o entendimento, veja como ficaram os resultados ao longo dos anos, até encerrar em 2021:

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Já que falamos em caixa, vamos fazer um adendo interessante: considerando apenas os resultados da Vale e da Petrobras (esqueça, por enquanto, as outras 239 empresas), ao longo dos dez anos a petroleira sempre teve resultado de caixa superior ao da mineradora, mas isso até dezembro de 2020, quando os papéis se inverteram.

Segundo a Economatica: “O caixa da Petrobras em dezembro de 2019 foi de R$ 33,29 bilhões, contra R$ 29,62 bilhões da Vale, porém em dezembro de 2020 a Vale registrou R$ 70,08 bilhões de caixa, contra R$ 64,28 bilhões da Petrobras, e consolida a liderança em março de 2021 com R$ 73,39 bilhões, contra R$ 71,45 bilhões da Petrobras”. Uma verdadeira briga de titãs.

Já a dívida total bruta da Vale em março de 2021 é de R$ 78,6 bilhões, resultado 1,2% superior ao período até dezembro de 2011, já tirando a inflação. A dívida líquida da mineradora em março soma R$ 5,26 bilhões, valor -91,9% inferior ao de dezembro de 2011. A Petrobras, em março de 2021, possui uma dívida bruta total de R$ 404,3 bilhões, crescimento de 55,9% sobre dezembro de 2011, já descontada a inflação. A dívida líquida fica em R$ 332,8 bilhões, alta de 93,8% entre dezembro de 2011 e março de 2021.

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Agora, dando continuidade aos resultados, como será que ficou o endividamento das empresas por setores? Alocando todas as 239 empresas em seus respectivos quadrados, temos 23 setores na amostra. E, segundo a Economatica: “O setor de energia elétrica é o que possui maior estoque de dívida em março de 2021, com R$ 286 bilhões, valor 20,5% superior ao de dezembro de 2011. A dívida líquida do setor é de R$ 202,6 bilhões e o caixa é de R$ 84,2 bilhões em março de 2021”.

O que a amostra ainda revela é que cinco setores têm queda de caixa (já descontada a inflação), três mostram uma menor dívida bruta e cinco setores têm queda de dívida líquida entre dezembro de 2011 e março de 2021. Quer saber quais são eles? Veja a seguir:

unnamed-2-1024x636E aí, o que achou dessa pesquisa? O setor predominante da sua carteira de investimentos está bem posicionado com relação a dívidas? Lembrando que esse é um indicador importante, sim, mas conhecer a fundo a empresa é ainda mais, uma vez que a dívida pode estar atrelada a financiamentos e investimentos que vêm a desenvolver a operação e o caixa futuramente. Portanto, dívidas também são essenciais quando se pensa no longo prazo.

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