O ouro subiu nesta terça-feira, após dados mostrando que os preços ao consumidor dos EUA subiram mais em 13 anos no mês passado, embora o avanço do dólar tenha mantido o metal confinado a uma faixa estreita.

O contrato para agosto fechou em alta de 0,22%, cotado a US$ 1,809,90 pontos a onça-troy na Comex, recuperando parte das perdas do dia anterior.

O índice de preços ao consumidor (IPC) dos EUA, observado de perto, aumentou 0,9% no mês passado, o maior ganho desde junho de 2008. Isso se compara com uma previsão de aumento geral do IPC de 0,5% por economistas consultados pela Reuters.

Mas analistas disseram que os dados dificilmente desencadearão uma rápida resposta de aperto da política monetária do Fed, fornecendo algum suporte ao metal não produtivo.

“Vai levar uma série desses números mais quentes nas leituras de inflação para mover a agulha para o Fed. A leitura de um mês não vai bastar ”, disse Jim Wyckoff, analista sênior da Kitco Metals, acrescentando que o Fed também levaria em conta as leituras de emprego e crescimento.

Ainda assim, os mercados agora estarão de olho no depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, perante o Congresso na quarta e quinta-feira, em busca de quaisquer pistas sobre a eventual redução do volume de compras de ativos pelo banco central.

“Com o custo do transporte também subindo e os preços do petróleo permanecendo elevados, existe o risco de que a inflação possa permanecer teimosamente alta por mais tempo do que o Fed prevê”, disse Fawad Razaqzada, analista da ThinkMarkets.

“Se a tendência atual para a inflação continuar, então certamente o banco central terá que reagir e mais cedo”, pesando sobre o ouro, acrescentou.

Limitando os ganhos do ouro, o índice do dólar saltou 0,4% contra seus rivais, prejudicando o apelo do ouro aos detentores de outras moedas.

Em outra parte, a prata caiu 0,6% para US$ 26,03 por onça, o paládio caiu 0,6% para US$ 2.838,38 e a platina caiu 0,5% para US$ 1.111,93.

(Com informações da CNBC e BDM)