Ouro fecha em alta com os investidores olhando para a ata da reunião de junho

Os preços do ouro subiram 1% nesta terça-feira, tendo subido acima do nível chave de US$ 1.800, mais uma vez apoiado por um dólar mais fraco, com os investidores olhando para a ata da reunião de junho do Federal Reserve para obter mais informações sobre as decisões de política.

O ouro à vista subiu 0,8% para US$ 1.805,51 por onça, após atingir seu maior nível desde 17 de junho em US$ 1.808,91. Os contratos para agosto fecha em alta de 0,61%, a US$ 1.794,20 a onça-troy.

“O ouro parece estar se fortalecendo com um dólar mais fraco”, disse Lukman Otunuga, analista sênior de pesquisa da FXTM.

O índice do dólar caiu 0,1%, afastando-se ainda mais da alta de três meses atingida na semana passada, tornando o ouro mais barato para os detentores de outras moedas.

Os dados na sexta-feira mostraram que as empresas americanas em junho contrataram a maioria dos trabalhadores em 10 meses, mas a taxa de desemprego subiu, acalmando algumas preocupações sobre um aperto de política mais cedo do que o esperado e ajudando o ouro a registrar um ganho semanal de 0,4%.

O ouro pode subir ainda mais “desde que não haja nenhuma grande mudança no tom das atas do Fed que serão publicadas amanhã”, disse Ricardo Evangelista, analista sênior da ActivTrades.

Além disso, o apetite pelo risco também será importante na definição do sentimento dos investidores em ouro, já que o mercado está aquecido, o que não apóia o ouro, acrescentou Evangelista.

O foco desta semana está nos minutos da última reunião do Fed, que será divulgada na quarta-feira, após uma inclinação hawkish do banco central dos EUA no mês passado, em que os legisladores projetaram um início de aumentos das taxas em 2023, levando os preços do ouro abaixo do nível de US$ 1.800.

As taxas de juros mais altas aumentam o custo de oportunidade de manter o ouro, que não paga juros.

Em outros lugares, a prata subiu 0,7% para US$ 26,63 por onça, a platina subiu quase 1% para US$ 1.108,10 e o paládio ganhou 0,8% para US$ 2.835,42.

(Com informaçõs do TC e CNBC)