Em dia marcado pela volatilidade, o dólar comercial encerrou o dia em queda de -0,20% sendo cotado a R$ 5,270 para venda. Se em um primeiro momento a divulgação dos dados do varejo nos Estados Unidos foi abaixo do esperado, assim como as incertezas políticas e fiscais no âmbito doméstico, posteriormente a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apaziguou os ânimos, ao reforçar que a instituição está comprometida em frear a inflação.
Segundo o sócio da Ajax Capital, Rafael Passos, “o momento político é extremamente negativo, com a briga entre Executivo e Judiciário, além da parte fiscal que não ajuda muito. O mercado está muito sensível e a situação não está clara”.
Para Passos, apesar do esforço do Banco Central em segurar a inflação e Campos Neto reiterar o compromisso da instituição em segurar a alta dos preços, a situação é periclitante: “Lá fora ainda existe um alívio, apesar da aversão ao risco, enquanto aqui a situação não deve mudar nas próximas semanas. O dólar só não está mais elevado devido à política de juros do BC”, avalia.
As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram 1,1% em julho ante junho, ante expectativa de redução de 0,2%. “A nova variante da Covid-19 pressiona muito o varejo nos Estados Unidos. Os dados, abaixo do esperado, enfraquecem o dólar no mercado”, disse o economista da Nova Futura Investimentos, Matheus Jaconeli.
No Brasil, o cenário político segue conturbado, em meio à expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro peça ao Senado o afastamento dos ministros Luís Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas Jaconeli enxerga sinais de redução na turbulência.
“Algumas sinalizações tanto do Barroso quanto do Bolsonaro dizendo que não veem risco para a estabilidade da democracia tiram um pouco a pressão política, que afeta bastante o câmbio”.
O economista também vê com bons olhos uma diminuição das alíquotas que afetam o mercado financeiro no novo imposto de renda – algo que está previsto para ser votado hoje na Câmara dos Deputados, a partir das 15h.
Na mínima do dia chegou a R$ 5,237 e na máxima a R$ 5,304. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em setembro de 2021 avançava 0,4%, cotado a R$ 5.2832.
Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
02/08/2021 | 5,1648 | 5,1653 | -0,856% | -0,0446 |
03/08/2021 | 5,1917 | 5,1927 | 0,531% | 0,0274 |
04/08/5021 | 5,1853 | 5,1858 | -0,133% | -0,0069 |
05/08/2021 | 5,2146 | 5,2156 | 0,575% | 0,0298 |
06/08/2021 | 5,2358 | 5,2363 | 0,397% | 0,0207 |
09/08/2021 | 5,2468 | 5,2473 | 0,21% | 0,011 |
10/08/2021 | 5,1962 | 5,1967 | -0,964% | -0,0506 |
11/08/2021 | 5,2207 | 5,2212 | 0,472% | 0,0245 |
12/08/2021 | 5,2559 | 5,2564 | 0,674% | 0,0352 |
13/08/2021 | 5,2441 | 5,2451 | -0,215% | -0,0113 |
16/08/2021 | 5,2802 | 5,2807 | 0,679% | 0,0356 |
17/08/2021 | 5,2696 | 5,2696 | -0,201% | -0,0106 |
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