O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, em sessão marcada pela divulgação de dados na economia dos Estados Unidos que despertaram cautela sobre a retomada do país, o que favorece a busca pela segurança do metal.
As publicações ocorrem antes do payroll de agosto, que será publicado na sexta-feira, e quando o quadro para a economia norte-americana deverá fornecer indicativos mais fortes para os preços.
O ouro com entrega prevista para dezembro avançou 0,32%, a US$ 1.818,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). No mês de agosto, o ouro encerrou com leve alta, de 0,01%.
Entre os dados norte-americanos, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) elaborado pelo Instituto para a Gestão da Oferta (ISM) de Chicago caiu de 73,4 em julho para 66,8 em agosto, abaixo da previsão de 69,4. O índice de confiança do consumidor, calculado pelo Conference Board, também veio abaixo do esperado, ao cair a 113,8 neste mês.
Diretora sênior de indicadores econômicos do Conference Board, Lynn Franco explica que a escalada de casos de coronavírus, em meio à variante delta, e o aumento da inflação debilitaram a disposição para o consumo. “As intenções de gastos para residências, automóveis e eletrodomésticos principais esfriaram”, cita.
Olhando para o futuro, o foco estará nos dados de empregos dos EUA na sexta-feira, escreveu Peter Grant no mais recente boletim informativo Grant on Gold, da Zaner. Se os números chegarem significativamente acima das expectativas do mercado, “as conversas sobre redução gradual e elevação das taxas de juros vão esquentar mais uma vez” no Federal Reserve (Fed), disse ele. Isso pode pressionar os preços do ouro.
Já o Equador aprovou uma série de investimentos de mais de US$ 800 milhões, destinados à exploração no setor de mineração, anunciou nesta terça o ministro de Energia e Recursos Naturais, Juan Carlos Bermeo.