Um levantamento da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP) com a Hashdex mostrou que os criptoativos já são o terceiro investimento favorito dos brasileiros, sendo a escolha para 27% daqueles que investem em plataformas.
As criptomoedas ficam atrás apenas de ações (72,05%) e títulos de renda fixa (40,45%). O Bitcoin (BTC), que está à frente na pesquisa, foi o melhor ativo de investimento no primeiro semestre, com valorização de 15,78%.
Apesar do aquecimento do mercado, muitos têm dúvidas sobre como ele funciona e se é seguro. Pensando nisso, Lucas Xisto, Head of Asset Management da Transfero, empresa responsável pela principal stablecoin em reais, o BRZ, elencou ao Cointelegraph cinco dicas básicas para quem quer começar a investir em criptomoedas.
“O mercado de criptomoedas vem chamando a atenção dos investidores tanto pelo seu potencial, quanto por sua segurança e liberdade. O setor também tem se tornado atrativo para os mais jovens pelo fato de ser uma nova tecnologia inserida na internet, que já faz parte da realidade desse perfil, e por seu fácil acesso. Pesquisas recentes nos EUA mostraram que a idade média do investidor americano de criptoativos é de 38 anos, enquanto a mesma para o investidor do mercado de ações é de 47 anos”, acrescenta Xisto.
Confira as dicas e saiba por onde começar:
Pesquise sobre o mercado
Xisto eleca que a melhor forma de democratizar o uso de criptoativos é com educação. Por isso ele aponta que é importante pesquisar e estudar ao máximo sobre o mercado, especialmente se você é um investidor iniciante.
Acompanhe as principais notícias, ver vídeos de especialistas, ouvir podcasts, conversar com amigos que já tiveram alguma experiência com ativos digitais.
“Apesar de parecer óbvio, esse é o primeiro passo para qualquer pessoa que quer começar a investir nesse mercado. É muito importante que o investidor interessado comece entendendo, nem que seja por alto, o que são criptomoedas, o que é Blockchain e como a tecnologia funciona”, acrescenta Xisto.
Vá além: leia o whitepaper dos criptoativos
Além da pesquisa, quem está interessado nesse mercado pode, e deve, ir além. Por isso, o especialista indica que os investidores leiam os whitepapers dos criptoativos.
O whitepaper nada mais é do que um documento que serve como um guia daquele ativo, que pode trazer mais credibilidade, já que o formato traz explicações como qual é o propósito daquele criptoativo, qual problema ele soluciona, qual é o seu tamanho no mercado, sua implementação, quem são os responsáveis, entre outros.
“Apesar de conter muitas informações técnicas, o whitepaper dá uma noção maior para o investidor da visão e objetivo de cada projeto e do por quê aquele cripto ativo é revolucionário”.
Abra uma conta em uma corretora centralizada
Segundo o especialista, agora que o investidor está inteirado sobre o mercado, é hora de se movimentar para começar a investir. Existem algumas formas de fazer isso: por meio de uma corretora convencional, fundos de investimentos, Bolsa de Valores, exchanges descentralizadas e negociação livre entre pessoas (p2p).
No entanto, para quem está começando, Xisto aponta que o mais recomendado é abrir uma conta em uma corretora centralizada ou especializada, conhecida como exchange – a plataforma conecta quem está vendendo com quem está comprando criptoativos.
“É importante procurar um nome de confiança, que já tenha credibilidade no mercado. O formato da plataforma, as taxas, suporte, entre outras características varia de corretora para corretora.
Busque a que melhor se encaixa no seu perfil e necessidades. No geral, para abrir a conta, o processo costuma ser simples: é feito um cadastro com alguns dados pessoais, confirmação de identidade, criação e ativação de senhas, além de alguns mecanismos de segurança, como autenticações digitais. Depois, basta transferir o dinheiro para a conta (algumas já permitem até a transferência via Pix) e começar a investir, ou seja, comprar criptomoedas”, aponta
Monte seu portfólio de criptoativos
Por fim, o analista aponta que é hora de reunir a pesquisa do mercado com o conhecimento inicial de adquirir criptoativos em uma plataforma centralizada e montar, a longo prazo, um portfólio de criptoativos. Entre os mais conhecidos estão o Bitcoin, Ethereum (ETH), Tether (USDT), Cardano (ADA), Solana (SOL), Binance Coin (BNB), XRP, entre outros.
“A partir do momento em que o investidor entende mais sobre Blockchain, o que cada protocolo faz, qual o objetivo de cada criptoativo, sua posição no mercado e passa a fazer esse acompanhamento mais ativo, é possível montar um portfólio de criptomoedas em sua carteira e diversificar-lo com mais de uma opção”, finaliza Xisto.
Por Cassio Gusson