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Vibra Energia fecha os primeiros acordos para fornecer energia renovável a postos de sua rede

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A Vibra Energia, antes conhecida como BR Distribuidora, fechou os primeiros acordos para fornecer energia renovável a postos de sua rede, abrindo um novo nicho de negócios que a companhia pretende agora ampliar, inclusive por meio de possíveis parcerias, disse ao Scoop o diretor de Operações, Logística e Sourcing, Marcelo Bragança.

As operações foram realizadas por meio da Targus, comercializadora de energia adquirida pela Vibra (BOV:BRDT3) em transação concluída no início de 2021.

A energia negociada com os postos virá de instalações solares de pequeno porte, conhecidas como geração distribuída, mas a empresa também tem desenvolvido projetos para construção de usinas maiores de geração limpa, que venderiam a energia em modelo conhecido como autoprodução.

“Já temos hoje cerca de 400, 500 postos comprando energia da Targus através de geração distribuída, e já temos alguns projetos de autoprodução”, disse Bragança. “Hoje o tema do momento é a resiliência em energia. O grande pavor das empresas é que falte energia para produzir”.

Nos acordos de autoprodução, os compradores da energia costumam ser grandes empresas que querem travar seus custos com o insumo e garantir acesso a geração renovável. Nesses casos, a Vibra pode assumir o investimento na implementação de usinas eólicas ou solares em troca de um contrato de longo prazo para a venda da produção a seus clientes, geralmente por ao menos 15 anos.

“Muitas empresas estão nos procurando para gerar a própria energia. Temos feito projetos de autoprodução. E temos discussões aqui para ampliar, acelerar esse crescimento. Seja com movimentos orgânicos ou até por movimentos inorgânicos, de eventualmente buscar parcerias com outras empresas para acelerar esse processo”, afirmou Bragança.

A Vibra ampliou a atuação em negócios ligados a energia limpa e transição energética desde sua privatização, com a saída da Petrobras do quadro de acionistas, em contraste com um foco anterior nos combustíveis fósseis.

Os planos da companhia também incluem o setor de gás, considerado combustível de transição—embora tenha assinado contrato com o BNDES para vender sua fatia na distribuidora capixaba ES Gás, que será privatizada, a Vibra quer crescer na comercialização do insumo.

“Tomamos a decisão de sair da distribuição de gás, que é um mercado muito regulado. Por outro lado, estamos nos posicionando na comercialização. Até 2025, queremos estar entre os cinco maiores comercializadores de gás do Brasil e entre as cinco maiores empresas de comercialização de energia do Brasil”, disse Bragança.

As ambições da companhia se apoiam em planos do governo brasileiro de fomentar a competição no setor de gás por meio de uma abertura no mercado, até então francamente dominado pela estatal Petrobras.

Uma reforma aprovada em março pelo Congresso visa incentivar negociações bilaterais pelo insumo, como ocorre no chamado mercado livre de eletricidade, voltado a grandes empresas.

ETANOL, BIOMETANO

A Vibra também pretende avançar na comercialização de etanol, por meio de uma associação com a brasileira Copersucar, e nas vendas de biometano, um gás considerado 100% renovável por ser fabricado a partir de vinhaça, subproduto do etanol. Para este último, a companhia fechou acordo com a ZEG, do mesmo grupo da comercializadora de energia Capitale.

A associação com a Copersucar deve estar operacional no ano que vem, nascendo já como líder de mercado no Brasil, com capacidade de movimentar 9 milhões de metros cúbicos por ano e mirando também exportações, incluindo de etanol segunda geração, segundo Bragança.

Em biometano, a ideia da Vibra é apoiar parceiros na produção do insumo em troca do direito de comercialização. “Vamos oferecer esse biometano para clientes B2B – indústrias, empresas de forma geral — e também eventualmente nos postos”.

Outros negócios no radar da Vibra Energia incluem a comercialização do chamado diesel verde, ou HVO, que a Petrobras estuda produzir, além de vendas de hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis. “Já tem um mercado nascente de hidrogênio verde na Europa. O Brasil não tem, mas vai ter. Temos conversas com alguns players que estão discutindo produção aqui”, disse Bragança.

Informações TC

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