NFTs – Nada Fatura Tanto,

MAS

Necessitam-se Fundamentos e Tempo

PARA

Não F. Tudo

Você já ouviu falar de NFTs – simplificando, certificados de propriedade de bens digitais. Imagens, vídeos, sons. Virou uma febre. Até mesmo a Bolsa de Nova Iorque passou a vender NFTs dos momentos em que ações de empresas foram negociadas pela primeira vez, fazendo com que pessoas pudessem ser donas do som da batida de um martelo.

Tem de tudo – Você encontra NFT de todo tipo, mas algumas são mais famosas. É o caso da série Iate Clube do Macaco Entediado (Bored Ape Yacht Club), que conta com uma lista impressionante de compradores/investidores. Possuem uma imagem de cara de macaco:

• Neymar
• Mark Cuban (empresário, dono dos Dallas Mavericks, da NBA)
• Shaquille O’Neal
• Serena Williams
• Eminem
• Paris Hilton
• Snoop Dogg

O projeto dá direito, além de ter sua imagem de macaco, ao acesso a um website exclusivo, onde muitas atividades são prometidas. Falando em site, o dos produtores dessa NFT, Yuga Labs, é um primor de informação: nome, logo, dois ou três contatos, um link para o site dos macacos e só. Mesmo assim estima-se que, entre compra e revenda dos dez mil macacos originais e mais dez mil macacos mutantes, já foram movimentados um bilhão de dólares desde seu início, em abril de 2021.

Outra série de sucesso é a NBA Top Shot, que vende pequenos vídeos dos maiores astros do basquete. Funciona mais ou menos como cards, figurinhas virtuais em quantidades bem limitadas. Uma enterrada de Ja Morant, do Memphis Grizzlies, foi negociada por 475 mil dólares. Ou seja, você pode trocar um ou dois segundos de vídeo por:

• Um apartamento na Rua Augusta, São Paulo
• Dois automóveis Mercedes-AMG G 63
• Uma fazenda de pouco mais de 1 km² (107 hectares) em Salto Uruguai, Uruguai, e ainda sobra para colocar uma S10 ou Nissan Frontier 4×4 na garagem

Outro conjunto de figuras famoso é considerado por muitos o primeiro NFT do mercado, lançado no jurássico ano de 2017. Era uma época em que íamos a festas de aniversário e soprávamos velinhas sem medo de contaminar ninguém, existia horário de verão e o Cruzeiro terminava a primeira divisão em 5º lugar. E ano no qual os CryptoPunks foram lançados. São pequenas figuras geradas por um algoritmo baseado na criptomoeda Ethereum. No começo, eram dados de graça pela criadora Larva Labs, para quem possuísse uma carteira virtual daquela moeda. E assim ficaram, até dezembro de 2019, sendo comprados e vendidos por menos de 100 dólares. Em meados daquele mês, romperam a barreira dos três dígitos. Em maio de 2020, já eram rotineiramente oferecidos na casa de 600 dólares. Em setembro, alcançaram picos de mil e até dois mil dólares. Em janeiro de 2021, chegaram aos 10 mil. Em novembro, o pico foi de 570 mil dólares em média por figurinha. E desde então seguem em queda livre – no final de janeiro deste ano o valor médio era de 190 mil dólares.

A insanidade dos preços é absurda.

• Vamos ver o caso do CryptoPunk número 385;
• Algumas estranhezas no mundo das NFTs;
• Play to earn;
• As NFTs brasileiras;
• O Golpe (quem assina ADVFN em Brasa já conhece essa história);
• Os cuidados para investir em NFTs.

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