Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta com as negociações girando em torno da reação dos traders ao encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados amanhã.
Analistas acreditam num congelamento das cotas de fevereiro em níveis de janeiro, embora a pressão dos Estados Unidos poderia desencadear outro aumento nos preços do petróleo. Com uma chamada crescente sobre a Opep+ até meados de 2022, eles avaliam que o cartel possa retomar a cota de aumentos de 1,2 milhão de bdp no período maio-julho.
Com os crescentes problemas de produção na Rússia e vários outros na Bacia do Atlântico, é provável que os produtores do Oriente Médio possam pressionar por uma continuação dos aumentos de cotas mensais, dizem especialistas.
A expectativa amplamente esperada é de que o cartel mantenha seu plano de aumentar a produção mensal de petróleo bruto em 400.000 barris por dia quando se reunirem na terça-feira.
“Embora os casos de Ômicron continuem a subir em locais-chave, a ausência de restrições generalizadas provavelmente manterá as preocupações de demanda de curto prazo [petróleo] sob controle”, explicaram analistas da RBC Capital Markets em nota.
Além disso, surgiram relatos de que a Líbia espera que sua produção de petróleo caia em mais 200.000 barris por dia, à medida que as equipes estão trabalhando em um oleoduto danificado. A Reuters e a Bloomberg relataram que a última paralisação ocorreu menos de duas semanas depois que as milícias fecharam o maior campo dos membros da OPEP, fazendo com que a produção caísse 350.000 barris por dia.
Isso se torna um problema maior porque a Opep+ está prevendo déficit nos próximos dois trimestres e isso deve ser favorável aos preços, especialmente se a Líbia não conseguir retomar a produção em breve.
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para fevereiro subiu 0,99%, cotado a US$ 75,96 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para março avançou 1,54%, cotado a US$ 78,98 o barril.
Informações Agência CMA