ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Assaí (ASAI3): lucro líquido de R$ 527 milhões no 4T21, queda de 23,2%

LinkedIn

O Assaí registrou lucro líquido de R$ 527 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 23,2% em relação ao mesmo período de 2020.

No acumulado dos 9 primeiros meses do ano, com base em decisões do Supremo Tribunal Federal, a companhia reconheceu créditos fiscais de R$ 216 milhões e R$ 85 milhões. No quarto trimestre, o Assaí ainda reconheceu créditos de R$ 241 milhões. Segundo a companhia, o impacto total dos créditos fiscais no lucro líquido anual foi de R$ 470 milhões. O lucro líquido anual da companhia ficou em R$ 1,6 bilhão, alta de 60,5%.

Para Belmiro Gomes, presidente da empresa, os créditos fiscais não devem ser desprezados ou excluídos da análise de resultados. “Muitas vezes o mercado olha para esses créditos e acha que eles foram colocados ali apenas para mostrar resultados, sem que vá para o caixa da companhia. E não é o caso. Estamos conseguindo monetizar e tem virado caixa”, afirma.

A receita líquida avançou 7,9% no comparativo trimestral, para R$ 11,55 bilhões, enquanto o faturamento bruto somou R$ 12,65 bilhões entre outubro e dezembro, subindo 8,2% na base anual, valor recorde, segundo a companhia.

A consistente performance das lojas abertas nos últimos 12 meses (+11,0%) e aceleração das inaugurações no trimestre, com 21 novas lojas em relação às 9 aberturas realizadas no 4T20, comprovam a alta capacidade de execução da Companhia.

As vendas mesmas lojas (-3,1%) foram impactadas pela forte base de comparação (+19,4% no 4T20) e pela redução do poder de compra da população decorrente do patamar de inflação elevado nos últimos dois anos e da diminuição no auxílio emergencial em relação a 2020.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 888 milhões entre outubro e dezembro, queda de 20,8% ante o mesmo período de 2020. No acumulado do ano passado, o Ebitda cresceu 16%, para R$ 3,26 bilhões.

O Ebtida ajustado cresceu 3,6% na comparação com igual etapa de 2020, totalizando R$ 911 milhões. Já a margem Ebitda ajustada alcançou 7,9% no 4º trimestre de 2021, baixa de 0,3 p.p. na comparação com igual trimestre de 2020.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 287 milhões no trimestre, aumento de 44,9% sobre as perdas financeiras do 4T20.

O lucro bruto do Assaí somou R$ 1,989 bilhão no 4T21, incremento de 9% em relação ao 4T20.

A margem bruta da companhia foi de 17,2% entre outubro e dezembro de 2021, alta de 0,2 ponto percentual.

Em relação à dívida líquida, a companhia registrou um aumento de 28,9%, a R$ 5,351 bilhões.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 1,91 vez, uma elevação de 0,15 vez em relação ao 4T20, refletindo a aceleração dos investimentos em expansão que totalizaram mais de R$ 3 bilhões no ano.

Os resultados do Assaí (BOV:ASAI3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 21/02/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O Assaí Atacadista comemora os resultados do quarto trimestre, divulgados ontem, e acredita em um ano ainda melhor para 2022. Para o presidente Belmiro Gomes, a estratégia da companhia é fazer uma mudança de posicionamento no mercado alimentar do país.

“Isso permitirá um ciclo positivo para aproveitarmos o momento. Nosso modelo de baixo custo se beneficia em situações de economia mais retraída”, comentou Gomes durante teleconferência na manhã de hoje.

Para a companhia, a melhora na situação da pandemia é outro fator que deve ajudar o segmento de alimentos. Com os preços mais elevados e a retração do mercado durante o período mais agudo da pandemia, os clientes jurídicos tiveram mais cautela para manter seus estoques altos, mas a volta gradual das atividades econômicas será importante para que o consumo, como um todo, retorne a patamares pré-pandemia.

Em 2021, a companhia abriu 28 lojas, 24 lojas orgânicas e outras quatro conversões de outros formatos. Apenas no último trimestre, foram inauguradas 21 lojas, encerrando o ano com 212 lojas em operação e uma área de vendas de 964 mil metros quadrados, 19% superior em relação a 2020.

Para os próximos anos, Belmiro disse que a previsão é inaugurar mais de 30 novas lojas e conversão de até 70 lojas do Extra Hiper. “O objetivo da companhia é um faturamento de R$ 100 bilhões e 300 lojas até 2024.”

O diretor de operação, Anderson Barres Castilho, enfatizou a expansão do mix de produtos nas lojas da companhia e a importância de oferecer produtos com maior valor agregado. “A localização das lojas adquiridas do Extra no permite ter seções com maior valor agregado, mas sem perder a nossa característica de preços baixo”, apontou Castilho. Para ele, o impacto nas despesas da companhia é pequeno diante dos resultados positivos e da percepção que o cliente terá nas lojas.

Ele também lembrou que é preciso manter as despesas controladas para continuar uma operação de baixo custo e, assim, competir em igualdade com os concorrentes. “É fundamental para otimizar a operação. Corte nos custos, sem perder a qualidade. A operação produtiva faz diferença para o cliente”, concluiu Castilho.

Sobre a expansão do e-commerce, o presidente Belmiro Gomes não quis adiantar números, já que a operação está em fase de implantação, mas deixou claro que a expansão das lojas físicas fará a demanda por esse tipo de serviço aumentar. “Temos uma parceria com a Conershop, da Uber, e agora fechamos com o Rappi. Estamos trabalhando para expandir esses serviços e até o fim deste semestre anunciaremos mais detalhes”, comentou Gomes.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

O Assaí reportou um resultado mais fraco no quarto trimestre de 2021 em relação ao que vinha apresentando, mas em linha com as projeções, levando em consideração a base de comparação forte e os impactos do ambiente inflacionário sob o resultado operacional, avalia a Ativa Investimentos, em relatório.

As vendas em mesmas lojas da companhia caíram 3,1% em base anual, em linha com as estimativas para o trimestre, levando a receita líquida a apresentar expansão de 7,9% em base anual, refletindo a forte expansão observada no ano, com a abertura de 28 novas lojas, dando continuidade ao seu plano de expansão, escreve o analista Pedro Serra.

Segundo ele, a rentabilidade da companhia foi um dos pontos positivos do resultado, com a margem bruta ficando levemente acima do ano anterior, em 17,2%, apesar da pressão inflacionária, e a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 7,9%, mesmo com a aceleração na abertura de lojas. A administração também propôs a distribuição de R$ 224 milhões em dividendos.

Por outro lado, além da queda nas vendas de mesmas lojas, a companhia aumentou sua alavancagem, devido à aceleração dos investimentos em expansão que totalizaram mais de R$ 3 bilhões no ano. “Apesar disso, ainda consideramos que a alavancagem atual está em um patamar compreensível para uma empresa em expansão”, diz o analista.

Ele destaca ainda que o segmento de atacarejo continuará se destacando em meio ao forte ambiente inflacionário e o Assaí, como uma empresa pura do setor, se beneficiará desse movimento de migração de clientes para o formato.

Ativa mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 24,20…

Citi

Os resultados do Assaí vieram em linha no quarto trimestre, diz o Citi, com destaque para a sustentação na margens mesmo com o indicador de vendas mesmas lojas no campo negativo. O foco, diz o banco, é saber como a empresa vê o curto prazo em termos de recuperação na performance de vendas.

Os analistas liderados por João Pedro Soares escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 911 milhões no período foram 3% acima das estimativas. As vendas mesmas lojas negativas em 3,1% já eram esperadas, ponderam, com comparações mais complicadas e as incertezas envolvendo consumidores.

“A surpresa foi a companhia ter conseguido manter a margem bruta estável em 17,2% e ter sofrido somente leve queda de 30 pontos base na margem Ebitda mesmo considerando as várias inaugurações de lojas no trimestre”, ponderam. O banco se mantém cauteloso sobre a alavancagem do Assaí, que está em 1,9 vez a dívida líquida sobre o Ebitda.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 23,00.

Credit Suisse

O Assaí apresentou resultados operacionais do quarto trimestre de 2021 em linha com as estimativas, e apesar do ambiente de consumo mais desafiador, que acabou gerando menores volumes e tendências de queda no comércio do consumidor, a administração conseguiu proteger a margem bruta, diz o Credit Suisse, em relatório.

O Assaí registrou um crescimento de vendas líquidas de 8,1% em base anual, apesar da queda de 3,1% nas vendas em mesmas lojas em base anual. A margem bruta ficou em 17,2%, alta de 0,1 ponto percentual em base anual, destaca a analista Marcela Recchia, em relatório.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 911 milhões aumentou 3,6% em base anual, implicando em uma pequena diluição da margem Ebitda refletindo maiores despesas com vendas, gerais e administrativas principalmente devido ao número recorde de abertura de lojas da empresa, com 21 novas lojas somente no quarto trimestre, totalizando 28 em 2021.

O lucro líquido excluindo créditos fiscais cresceu 23,1% em base anual, ficando aquém das estimativas em 10% em média, segundo a analista principalmente devido ao maior custo da dívida, que quadruplicou no trimestre.

“No geral, embora os números estejam em grande parte em linha com as expectativas do mercado, os resultados do quarto trimestre foram resilientes. Dessa forma, a administração demonstrou capacidade de proteger as margens em meio a um ambiente operacional desafiador e acelerou o crescimento unitário no período, com Atacadão superando em termos de vendas líquidas e crescimento do Ebitda ajustado em uma base de dois anos”, diz a analista.

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 20,00…

Goldman Sachs

O Assaí apresentou resultados no quarto trimestre de 2021 em linha com as expectativas, com a queda nas vendas em mesmas lojas já esperada como resultado de uma base de comparação difícil, inflação de alimentos persistentemente alta e o fim de pagamentos de ajuda de emergência em outubro de 2021, avalia o Goldman Sachs, em relatório.

A receita líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado vieram dentro do consenso, escrevem os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini. As vendas totais cresceram 8,4% em base anual, impulsionadas por 28 inaugurações de novas lojas em 2021. Já as vendas em mesmas lojas caíram 3,1% no quarto trimestre, após a alta de 19,4% no mesmo período de 2020.

Os analistas destacam ainda que a margem bruta do Assaí cresceu cerca de 0,1 ponto percentual na comparação anual, o que foi, segundo a administração, fruto do rápido amadurecimento das recentes aberturas e da alta eficácia das estratégias comerciais da empresa, com ajustes rápidos de classificação para atender as necessidades dos clientes.

Já a margem Ebitda ajustada caiu 7,9%, dada a maior taxa de despesas com vendas, gerais e administrativas, refletindo o número alto de aberturas de lojas e a nova estrutura administrativa da empresa após o desmembramento do Grupo Pão de Açúcar (GPA), dizem os analistas.

Eles destacaram ainda as atualizações sobre aberturas de lojas e negociações com o Extra. O Assaí espera inaugurar 50 lojas em 2022, dividido em 10 aberturas orgânicas no primeiro trimestre, já em construção, mais 40 conversões de Extras, esperadas para o segundo semestre.

Entre os riscos para as perspectivas, os analistas citaram atrasos na expansão, menor produtividade, inflação persistente de alimentos, aumento da concorrência de modelos online disruptivos e riscos de governança corporativa.

Goldman Sachs mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 22,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

Deixe um comentário