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Bradesco (BBDC4): lucro líquido recorrente de R$ 6,613 bilhões no 4T21

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O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,613 bilhões no quarto trimestre, com queda anual de 2,8%. Na comparação com o terceiro trimestre, o recuo foi de 2,3%. O resultado ficou abaixo da média das projeções, que apontava ganho de R$ 6,939 bilhões. No ano, o banco lucrou R$ 26,215 bilhões, alta de 34,7%.

O resultado do quarto trimestre veio em linha com as projeções de sete casas consultadas pelo serviço Prévias Broadcast (BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse, Citi, Goldman Sachs e Inter), que apontava para lucro líquido recorrente de R$ 6,92 bilhões no período.

⇒ Fatores da queda do lucro do Bradesco

Conforme o relatório que acompanha o balanço, o banco registrou um aumento de 32,3% na linha de gastos com com IR e CS, na comparação entre os quartos trimestres de 2021 e 2020, somando R$ 3,593 bilhões.

Já nos gastos não recorrentes, que puxaram a queda do lucro contábil, o Bradesco reportou cifra de R$ 3,443 bilhões, ante R$ 1,337 bilhão de um ano antes.

Isso refletiu, basicamente, a linha de “Realização/Reclassificação de Inst. Financeiros”, o que inclui o resultado da reclassificação de TVMs da carteira de “disponíveis para venda” para “negociação”, e giro no mercado de instrumentos financeiros.

Esses gastos somaram R$ 1,881 bilhões no quarto trimestre do ano passado; um ano antes, o banco não reportou  esse tipo de gasto.

A margem financeira total atingiu R$ 16,962 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, incremento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2020.

“A boa performance das receitas de serviços e da margem financeira com clientes, que superou o guidance, reflete nossa ampla diversidade de produtos, serviços e soluções oferecidas aos clientes, em uma moderna rede de atendimento digital e física, que aliada à melhora da atividade econômica, que foi beneficiada, também, por nossa atuação na concessão de crédito e produtos para a sociedade em geral, contribuíram para a forte recuperação do lucro em 2021 (+35% vs 2020), informou o banco, em seu relatório de resultados trimestral.

A carteira de crédito expandida do Bradesco atingiu R$ 812,657 bilhões em dezembro, alta de 5,1% no comparativo trimestral e de 18,3% em 12 meses. Em pessoas físicas houve alta de 5,8% no trimestre e de 23,3% em 12 meses, ao atingir R$ 317,297 bilhões. Em pessoas jurídicas, ao somar R$ 292,631 bilhões, a carteira teve alta trimestral de 4,0% e anual de 15,7%.

Além disso, a margem financeira com clientes subiu quase 12% no comparativo trimestral, o spread foi de 9,1%, com melhora pelo segundo trimestre consecutivo.

A inadimplência total acima de 90 dias se manteve nos menores patamares da série histórica (+0,2 pontos porcentuais vs 3T21 e melhora de 0,5 pontos porcentuais vs 4T19, período que antecedeu a pandemia).

O Bradesco diz que o movimento já era esperado, com uma inadimplência geral bem controlada e em patamares sensivelmente menores em comparação aos períodos que antecederam a pandemia, mesmo com o crescimento expressivo e contínuo da carteira de crédito, refletindo as ações de gestão de risco.

As receitas com prestação de serviços atingiram R$ 8,9 bilhões no trimestre, maior resultado da série histórica, com destaque das receitas com rendas de cartões, operações de crédito e conta corrente. Em 2021, as receitas totalizaram R$ 34 bilhões, expansão de 4,1% ano a ano.

A provisão para devedores duvidosos (PDD) expandida chegou a R$ 4,2 bilhões nos últimos três meses de 2021, alta de 27,5% em relação ao trimestre anterior e recuo de 6,2% na comparação com o mesmo período de 2020.

O retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE) atingiu 17,5% no quarto trimestre de 2021, queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Os ativos totais somaram R$ 1,695 trilhões no quarto trimestre de 2021, crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano imediatamente anterior.

O patrimônio líquido do Bradesco cresceu 2,4% no 4T21, atingindo 147,121 bilhões.

⇒ Despesas

Mesmo com o efeito do acordo coletivo ocorrido em setembro de 2021 (correção de 10,97%) e da alta inflação acumulada em 12 meses (IPCA 10,1% e IGP-M 17,8%), as despesas operacionais permaneceram estáveis em relação ao ano de 2020, evidenciando as ações da Administração na gestão eficiente de custos.

As despesas operacionais totalizam R$ 12,867 bilhões, alta trimestral de 8,3% e anual de 12,1%.

⇒ Guidance

A instituição divulgou seu guidance para 2022. O banco espera constituir entre R$ 15 bilhões e R$ 19 bilhões em despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD). Também espera ampliar entre 10% e 14% o estoque de crédito.

A margem financeira com clientes, obtida essencialmente das operações de crédito, poderá crescer entre 8% e 12% se as projeções se confirmarem.

O banco trabalha com a expectativa de avanço de 3% a 7% nas despesas operacionais.

As receitas de prestação de serviços devem ter um crescimento de 2% a 6%. O resultado da operação de seguros crescerá entre 18% e 23% em 2022.

⇒ Aumento de capital

Adicionalmente, o banco propôs elevar o seu capital social em R$ 4 bilhões, por meio de bonificação em ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros”.

O Bradesco dará bonificação aos acionistas, na proporção de 1 nova ação para cada 10 detidas, elevando, assim, o capital social do banco de R$ 83,1 bilhões para R$ 87,1 bilhões.

Os resultados da Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 08/02/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., disse esperar um crescimento consistente do crédito em 2022, a despeito do cenário econômico fraco.

“A carteira de crédito ficou acima do teto do guidance [projeções feitas pelo banco], com crescimento em todos os grupos”, lembrou o executivo ao comentar os números do ano passado. “A perspectiva do crédito para 2022 é de crescimento de dois dígitos.”

“Estamos mais cautelosos, a demanda de crédito pelos clientes vai ser menor com taxa de juros elevada. Devemos ter crescimento maior em linhas como consignado, cartão e crédito pessoal.”

Lazari reconheceu, que o banco não está imune ao cenário e que o crescimento econômico neste ano será limitado pelas incertezas fiscais, pela inflação elevada e pelo ciclo de aumento na taxa básica de juros, a Selic. “O ano de 2022 deve ser ano de baixo crescimento, o que pode impactar nossa operação.”

Para o presidente, os empreendedores deverão demandar mais operações de curto prazo.

“Devemos ter mais operações de curto prazo, para os empreendedores conseguirem passar este ano mais difícil, tanto de inflação como de definição do cenário político”.

“Chegamos a ter historicamente inadimplência de 3,5% a 4%, estamos com 2,8% e deve em 2023 voltar à normalidade que observávamos.”

De acordo com ele, o aumento de 20 pontos-base na inadimplência no quarto trimestre, chegando a 2,8%, foi em linha com as expectativas da instituição financeira.

“Inadimplência deve subir para níveis pré-pandemia, mas talvez não este ano, só em 2023”, defendeu.

A retomada do trabalho presencial no Bradesco acontece de forma gradativa, e, por enquanto, está restrita às áreas administrativas, disse Lazari. A prioridade, agora, é seguir o plano de retomada gradual de forma prudente. “Implantamos um modelo híbrido onde beneficiamos o melhor dos dois mundos”, disse Lazari.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos 

O Bradesco apresentou um resultado misto, com topline em linha com nossas expectativas mas resultado operacional e lucro líquido abaixo em função de maiores despesas operacionais e tributárias. De positivo, destaca-se o crescimento robusto na carteira de crédito e aumento na margem financeira, que superaram o guidance no acumulado do ano. Por outro lado, as despesas operacionais decepcionaram, subindo 1,1% no ano, acima da projeção de queda entre 1% e 5% no período.

Além disso, apesar de ainda em patamares bem acima da série histórica, os indicadores de qualidade de crédito apresentaram deterioração no período. Por fim, o banco também apresentou seu guidance para 2022, o qual consideramos factível e, de maneira geral, semelhante com nossas projeções para o ano.

Apesar do resultado, ainda gostamos do case do Bradesco. O atual nível de cobertura do banco e a boa colateralização de sua carteira de crédito devem suportar o aumento na inadimplência ao longo de 2022. Além disso, gostamos dos constantes ganhos de eficiência operacional e de sua receita bem diversificada, com relevante participação da operação de seguros. Diante disso, mantemos a recomendação de compra enquanto revisamos o valuation com os números e projeções mais atualizadas.

Ativa mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25,40…

Bank of America

Os resultados apresentados pelo Bradesco não atingiram as expectativas do Bank of America, afetados por provisões para devedores duvidosos (PDD) e gastos administrativos acima do esperado. Além disso, os analistas dizem que o guidance para 2022 também foi fraco.

Segundo o BofA, usando o meio do guidance, o lucro do Bradesco este ano subiria 8%, para R$ 28,4 bilhões, mas com uma expansão abaixo dos 12% que eram esperados pelos analistas do banco americano.

“O guidance reflete forte recuperação nos resultados de seguros (18-23%), margem com clientes crescendo ligeiramente abaixo do crescimento da carteira de crédito e receita de tarifas crescendo em linha com a inflação. As provisões devem se expandir em linha com o crescimento da carteira no ponto médio, enquanto as despesas devem acompanhar a inflação”, diz o relatório.

O BofA aponta ainda que o lucro do quarto trimestre inclui uma perda de R$ 1,9 bilhão com a reclassificação de títulos, que foi tratada como “não recorrente”, mas provavelmente enfrentará resistência dos investidores.

BTG Pactual

BTG Pactual afirma que o guidance ficou aquém das expectativas, já que o cliente deve crescer menos do que o crescimento dos empréstimos e o investimento deve sentir um pouco mais de pressão.

“Acreditamos que após o dia do investidor no ano passado, as expectativas para a orientação de 2022 foram talvez excessivamente otimistas e, na verdade, decepcionaram, especialmente no cliente NII”, argumenta.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00…

Credit Suisse

O Credit também vê o balanço como ligeiramente negativos para as ações. Além disso, durante o trimestre, o Bradesco vendeu e reclassificou títulos AFS para a carteira de negociação, resultando em uma despesa não recorrente de R$ 1,88 bilhão reconhecida no resultado.

Opex foi o principal destaque com crescimento de 12,1% na base anual, com despesas básicas e outras prejudicadas por um cenário de aumento da inflação, em que as despesas de pessoal cresceram 12,5% após a contabilização completa dos reajustes salariais.

Em relação ao guidance para 2022, o Credit Suisse diz que corrobora com visão de forte NII (receita líquida de juros) e ambiente de qualidade de ativos controlada para o Bradesco, mas o ritmo de recuperação do negócio de seguros incorporado no guidance, embora significativo, ainda está aquém das expectativas e do mercado. O lucro gerencial implícito de R$ 27,8 bilhões no ponto médio de 2022 está 6% abaixo do consenso. Isso, entretanto, não afeta as expectativas de médio e longo prazo para o Bradesco.

O banco também acredita que as perspectivas positivas para o NII e as provisões do guidance do Bradesco são uma leitura positiva para o Itaú Unibanco (ITUB4).

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 30,00.

Genial Investimentos

O resultado do Bradesco foi aquém das nossas expectativas, com um guidance para 2022 um pouco menos otimista do que até então esperado e lucro recorrente no 4T21 de R$ 6,6b, 4,3% abaixo das nossas expectativas e 5% menor que o consenso de mercado.

O lucro caiu -2,8% a/a e -2,3% t/t, gerando uma pequena compressão no ROE, que terminou em 18.0%. Para deixar o resultado um pouco mais dúbio em relação ao que seria recorrente ou não, o banco reportou um lucro contábil de apenas R$ 3,17b, bem abaixo do lucro recorrente.

Para reconciliar com os R$ 6.6b de lucro recorrente, o Bradesco inclui, entre outros, um ajuste de R$ 1.88b relacionados a reclassificação de TVM (receita com mercado) da carteira de “Disponíveis para Venda” para “Negociação” e giro no mercado de instrumentos financeiros, que o banco considerou como não-recorrentes. Ou seja, não feito essa reclassificação gerencial, o resultado poderia ter vindo bem pior.

Para 2022, resultado deverá ser beneficiado pelo alto índice de cobertura, que deve gerar uma menor necessidade de provisionamento em 2022; nível confortável de capital nível I de 13.7%, e melhora nos resultados da seguradora, que devem voltar para patamares mais normalizados de desempenho, favorecida pela alta de juros, voltando a contribuir com aproximadamente 1/3 do lucro do grupo.

Contudo, esperamos ver uma pressão ainda mais forte na margem com mercado a/a, que retraiu 23,1% em 2021. A pior perspectiva para a margem com mercado e piora mais rápida da inadimplência, reduzem nosso otimismo para o Bradesco para 2022. Por ora, considerando os fatores positivos elencados para 2022 e o valuation de 1,49x P/VP21 e 7,8x P/L22, mantemos a recomendação de COMPRAR.

Genial tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,60…

Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, o lucro líquido final do Bradesco no 4TRI ficou 10% abaixo do esperado pelo banco. Segundo relatório da instituição, a falha nas estimativas tem relação com a combinação de taxas mais baixas e maiores provisões e despesas operacionais no período.

Entre os principais riscos para o Bradesco no decorrer dos próximos meses, estão a exposição a seguros de saúde, que pode ser um risco se os sinistros enfrentarem outra onda de deterioração; a maior exposição a pequenas e médias empresas, o que pode levar a uma maior deterioração da qualidade dos ativos; e a incapacidade de reduzir despesas operacionais, o que pode impactar o índice de eficiência.

Quanto ao guidance para meados de 2022, divulgado pelo Bradesco junto com o balanço, o Goldman Sachs destaca que a projeção implica num lucro de R$ 28 bilhões até o meio do ano, valor 8% abaixo de suas estimativas.

Goldman Sachs mantém o preço-alvo das ações PN em R$ 26,00.

Itaú BBA

O Itaú BBA destacou que o Bradesco reportou resultados um pouco abaixo do esperado. Para os analistas, o lucro líquido ter vindo um pouco abaixo do consenso por si só seria bom, mas os resultados foram “menos limpos” do que o esperado (com vários itens não recorrentes) e a orientação para 2022 não foi inspiradora. O ponto médio do intervalo de orientação indica lucro líquido de R$ 28 bilhões, contra estimativa e consenso de R$ 29 bilhões.

Embora a orientação para o crescimento da carteira de empréstimos esteja bem à frente da indústria, as margens do cliente sendo mais lentas são decepcionantes. “O crescimento do lucro será mais dependente de despesas de provisão contidas”, afirma BBA.

Itaú BBA mantém recomendação de compra para o ativo BBDC4 e preço-alvo de R$ 28,34…

Planner 

O Bradesco registrou no 4T21 um lucro líquido recorrente de R$ 6,6 bilhões (ROAE de 17,5%) com queda de 2,3% em relação aos R$ 6,8 bilhões do 3T21 (ROAE de 18,6%). Nesta base de comparação, do lado positivo, destaque para o crescimento da margem financeira com clientes (acima do guidance) e notadamente da margem com o mercado, aliado ao desempenho das receitas de serviços e o resultado de seguros.

Ressalte-se que as despesas operacionais registraram queda (em base trimestral e anual) e, portanto, abaixo da inflação no período. Dentre os ofensores do resultado, o aumento do custo do crédito; o incremento na linha de outras despesas operacionais em função de maiores despesas relativas ao negócio e de maiores despesas com contingências operacionais.

O banco permanece entregando bons resultados em resposta à redução do custo do crédito (em base anual) e consequente incremento da margem financeira. A inadimplência medida pelos créditos em atraso acima de 90 dias subiu de 2,6% para 2,8% no trimestre, com elevação nos segmentos de Pessoas Físicas e Micro, Pequenas e Médias, mas permanece nos menores patamares da série, mesmo com o forte crescimento das operações de crédito, refletindo as ações do banco na gestão de risco. Reiteramos que o Bradesco permanece líquido e adequadamente provisionado, constituindo-se opção de compra no segmento. Bradesco tem recomendação de compra para BBDC4 com Preço Justo de R$ 30,00/ação.

Safra 

O banco Safra avalia que Bradesco apresentou resultados decentes para o 4T21, após vários ajustes nas linhas de Renda Líquida com Juros (NII) e despesas operacionais, apesar de estarem abaixo das suas estimativas otimistas.

O time de analistas observa que os destaques positivos do trimestre foram o forte resultado de NII e de Seguros, parcialmente compensados por Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e despesas operacionais acima do esperado.

O Bradesco reportou lucro líquido ajustado de R$ 6,613 bilhões, queda anual de 2,8%, trimestral de 2,3%, e 5% abaixo das estimativas do Safra, representando um ROAE (Retorno sobre patrimônio médio) de 18%. No ano inteiro, o lucro líquido foi de R$ 26,215 bilhões, 34,7% acima do ano anterior, com ROAE também em 18%.

“É importante destacar que o lucro líquido contábil ficou muito abaixo do lucro ajustado. O lucro líquido contábil foi afetado por diversos resultados negativos não recorrentes, como R$ 1,9 bilhão de reclassificação de instrumentos financeiros, R$ 509 milhões de impairment de ativos não financeiros, R$ 441 milhões de provisões de reestruturação, R$ 278 milhões de passivos contingentes e outras”, escreve a equipe do Safra.

O Safra destaca ainda que o Bradesco divulgou seu guidance para 2022 indicando “boas perspectivas de crescimento dos resultados”. Para empréstimos, o banco espera crescimento entre 10% e 14%. O NII com clientes deve crescer entre 8% e 12% (ou R$ 61 bilhões no ponto médio do guidance).

As receitas de serviço são esperadas na faixa de +2% e +6%.

Para despesas operacionais, o banco espera crescimento entre 3% e 7% para 2022.

Os resultados de seguros devem crescer entre 18% e 23%, único número abaixo das estimativas do Safra, enquanto as provisões para perdas com empréstimos ficariam entre R$ 15 bilhões e R$ 19 bilhões.

De acordo com o Safra, o ponto médio do guidance indica um lucro líquido de R$ 29,4 bilhões (alta anual de cerca de 12%), em linha com seus números.

“Em suma, os resultados do Bradesco no 4T21 foram bons (após os ajustes), mas não tão fortes quanto o esperado. No entanto, as expectativas para o futuro permanecem bastante positivas e aparentemente em linha com nossas estimativas”, conclui o time do Safra no relatório, destacando que ainda que vê o banco negociando em níveis atrativos, com os múltiplos P/L e P/VP 2022 de 7,5x e 1,3x, respectivamente”.

Safra tem recomendação de compra para a ação BBDC4 com preço-alvo de R$ 30,00…

Santander

Na avaliação do Santander, o guidance recém-divulgado foi positivo do ponto de vista de receita, mas pressionado por maiores provisões e despesas, “que esperamos resultar em menor crescimento dos lucros em 2022”.

Santander tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 28,00…

UBS 

UBS lembra que os empréstimos cresceram 5% no trimestre (20% no ano), principalmente impulsionados por pequenas e médias empresas. “O melhor mix levou a uma ligeira expansão sequencial das margens (aumento de 5,2% no NII no trimestre)”, destaca.

O índice de inadimplência aumentou pouco (20 bps QoQ) para 2,8%, ainda 50 bps abaixo do nível pré-Covid, argumenta. “Os resultados de seguros continuaram em tendência de alta, aumentando 10% no trimestre, com menores sinistros de Covid e melhores resultados financeiros”, diz.

Já a margem financeira cresceu 8% no trimestre e 1,8%, relacionado ao bom desempenho da margem com clientes.

UBS tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00…

XP Investimentos

A XP apontou que o banco teve resultado pressionado pelas maiores provisões e despesas. Apesar da Margem Financeira Bruta mais forte do que o esperado no trimestre, as maiores despesas e provisões compensaram seus ganhos, resultando em lucro líquido abaixo do consenso.

A corretora explica que o lucro foi impactado por um ajuste não recorrente de marcação a mercado que foram reclassificados de “disponíveis para venda” para “negociação”.

XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 26,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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