Não importa como você veja, a Minerva (BOV:BEEF3) é uma empresa internacional. 70% de seu faturamento é em dólar e, a cada dia, a importância do Brasil diminui em seu resultado final.
Por isso, ela estuda se mudar.
Primeiro suas ações. Os papéis da Minerva seriam provavelmente listados em Nova Iorque (NYSE ou Nasdaq) e oferecidos aqui através de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), ativos da B3 que permitem que você compre ações estrangeiras. Como no caso recente do Nubank (NU).
Depois, sua própria sede poderá mudar. No papel, a Minerva deixaria de ser brasileira. E não estaria sozinha nesse movimento:
- Burger King (BKBR3) – mudou-se dos Estados Unidos para o Canadá numa tentativa de diminuir impostos.
- Medtronic – trocou a terra do Tio Sam pela Irlanda quando uma aquisição fez com que começasse a ganhar mais dinheiro na Europa.
- Bunge – a sede da empresa argentina fica nas Bermudas. Traduzindo, a sede fica em imposto de renda = 0%, imposto sobre ganhos de capital = 0%.
- McDermont – começou a ganhar mais dinheiro (e pagar menos imposto) no Panamá do que em seu nativo Estados Unidos, e foi para o país da América Central de mala e cuia. Não, pera aí, de papel e formalidades. A justiça das Estrelas e das Listras ainda tentou barrar a manobra, mas não teve jeito.
Se a Minerva mudar, tem dois caminhos…
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