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Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 635 milhões no 4T21, queda de 36%

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A elétrica Neoenergia registrou lucro líquido consolidado de R$ 635 milhões no quatro trimestre de 2021, redução de 36% em relação a igual período em 2020.

Segundo a empresa, o desempenho foi impactado pela reclassificação de Belo Monte para “Ativo mantido para venda”, com ajuste não caixa negativo de R$ 482 milhões.

Desconsiderando este efeito, segundo a empresa, o lucro teria somado no 4T21 R$ 1,1 bilhão, uma alta de 12%.

A receita líquida somou R$ 11,388 bilhões no 4T21, alta de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 909 milhões no 4T21, aumento de 160% sobre as perdas financeiras do 4T20.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – cresceu 15% durante os últimos três meses do ano passado, para R$ 2,4 bilhões. No acumulado, o indicador subiu mais da metade, a R$ 9,8 bilhões.

De acordo com a Neoenergia, o resultado “confirma a retomada do mercado, a manutenção da eficiência e disciplina de custos, os bons patamares de arrecadação, bem como o avanço na construção dos projetos de transmissão e a entrada em operação do Complexo Eólico Chafariz, que agregou ao Ebitda R$ 16 milhões no trimestre e R$ 66 milhões no acumulado do ano”.

A margem bruta da companhia foi de R$ 4,011 bilhões entre outubro e dezembro de 2021, incremento de 27% na comparação ano a ano.

As despesas operacionais somaram R$ 1,013 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2020.

A empresa explica que “desconsiderando a Neoenergia Brasília, e as arbitragens na holding no 1T20, as variações são de -7% vs. 4T20 e +3% vs. 2020, ambas abaixo da inflação e absorvendo o maior número de clientes e os novos negócios”.

O volume de energia injetada foi de 19.710 GWh no 4T21 (-1,4% vs. 4T20), devido a menores temperaturas e maiores chuvas. No ano, 75.814GWh (+3,7% vs. 2020), confirmando a retomada da atividade econômica ao longo do ano.

Já a energia distribuída foi de 17.208 GWh no 4T21 (+3,8% vs. 4T20) e de 66.257 GWh no ano (+6,2% vs. 2020). Vale destacar o efeito da REN 863/2019, impactando o não faturado no 4T20 em 826 GWh, diminuindo a energia distribuída no 4T20 sem impacto no resultado econômico.

Em relação à dívida líquida, a Neoenergia informou que houve um aumento de 65,9%, a R$ 30,749 bilhões.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 3,12 vezes, uma redução de 0,27 vez em relação ao 4T20.

Por fim, a Neoenergia teve um CAPEX de R$ 9,4 bilhões em 2021, valor 48% maior contra o mesmo período em 2020, justificado pelo avanço dos projetos de Transmissão e Eólicas.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 18/02/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

O diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores da Neoenergia, Leonardo Gadelha, sinalizou para a manutenção do atual índice de alavancagem da companhia, que encerrou 2021 em 3,12 vezes dívida líquida sobre Ebitda. “Isso é abaixo do que foi previsto originalmente no nosso plano”, afirmou, durante teleconferência com analistas e investidores.

A companhia registrava, ao fim de dezembro do ano passado, dívida líquida de R$ 30,749 bilhões, considerando um endividamento bruto de R$ 36,75 bilhões e disponibilidades de R$ 6 bilhões. Do total de compromissos, 20% encontravam-se no curto prazo. Em relatório, a Neoenergia explicou que os montantes vincendos nos próximos anos apresentam maior concentração em 2022 devido à captação de R$ 2,5 bilhões, destinados à aquisição da CEB (atual Neoenergia Brasília).

“Em 2022, estão previstas amortizações pela Holding no valor de R$ 2,228 bilhões, pela Neoenergia Coelba no valor estimado de R$ 1,310 bilhão, pela Neoenergia Pernambuco no montante estimado de R$ 931 milhões. O total de amortizações da Holding e das duas distribuidoras representam 68% do volume consolidado a amortizar neste período”, explicou.

Gadelha também comentou que as captações para fazer frente aos investimentos previstos neste ano são menores que o observado em 2021. Ele não citou o volume requerido. No ano passado o endividamento cresceu 54%, ou R$ 12,956 bilhões em relação a dezembro de 2020, explicado principalmente pela execução de Capex dos projetos de redes e renováveis. A companhia investiu R$ 9,369 bilhões, 48% mais que no ano anterior.

A Neoenergia prevê realizar neste ano a entrega de projetos atualmente em execução, tanto no segmento de transmissão como no de geração renovável. Em geração, a expectativa é encerrar o ano com mais de 1,6 GW de capacidade. Entre as obras em andamento estão o complexo eólico Otis, entre Piauí e Bahia, com 566,5 MW e previsão de entrar em operação entre o fim do primeiro semestre e o início do segundo semestre, e o Parque Solar Luzia, na Paraíba, de 149 MWp, tem operação prevista para o segundo semestre deste ano.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

Em cenário mais desafiador por conta do cenário macroeconômico, a Neoenergia apresentou um resultado em linha com as expectativas e, embora mais alavancada, a empresa deve entregar o que prometeu e seguir comprometida com a eficiência de sua operação e saúde financeira, diz a Ativa Investimentos, em relatório.

O analista Ilan Arbetman escreve que a Neoenergia seguiu executando seus projetos tanto em geração renovável como em transmissão, onde conquistou mais um lote no último leilão, enquanto seguiu investindo em sua distribuidora, bem como em Termopernambuco, onde venceu um projeto no último leilão de capacidade de reserva.

Entre os destaques positivos do quarto trimestre de 2021, o analista destaca a continuação da recuperação dos volumes distribuídos em seus mercados, a entrada em operação do Complexo Eólico Chafariz e os avanços das obras em transmissão, entre outros.

Por outro lado, no meio de intenso ciclo de investimentos, a alavancagem da companhia evoluiu para 3,12 vezes, frente a 2,86 vezes apresentado no trimestre anterior.

“Apesar do aumento de Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) e de sofrer contabilmente os efeitos do ajuste referente à colocação de Belo Monte à venda, as despesas operacionais vieram em linha com nossa modelagem, tal como o resultado de equivalência patrimonial”, diz o analisa.

“Mesmo pior em base trimestral, o resultado financeiro da companhia não impediu o avanço do lucro líquido”, acrescenta. A Neoenergia registrou lucro de R$ 635 milhões no quatro trimestre de 2021, redução de 36% em relação a igual período em 2020.

Ativa mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 25,00…

BB Investimentos

A performance das ações da Neoenergia em bolsa tem sido inferior aos principais índices de mercado. Consideramos os preços atuais excessivamente depreciados frente às entregas de crescimento nos três segmentos de atuação e ao bom controle de custos, mas entendemos que os receios em relação a alocação de capital e a governança que preocupa os minoritários deve manter alto o nível de desconto exigido pelos investidores.

BB BI mantém recomendação de Compra com preço-alvo de R$ 23,70…

Citi

Os resultados de quarto trimestre da Neonergia foram robustos, diz o Citi. O Ebitda de R$ 2,13 bilhões veio acima dos R$ 2,05 bilhões que o banco americano esperava, com destaque para o desempenho financeiro do segmento de distribuição.

“A Neoenergia continua a ter bom desempenho operacional. Os investidores não gostam do pagamento de royalties internos e não parecem confiantes com a alocação futura de capital da companhia”, escrevem os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso.

O banco destaca que o desempenho em geração veio abaixo do esperado, com a unidade de renováveis, incuindo ativos hidrológicos, puxando os números. As térmicas vieram em linha com o que era esperado.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 29,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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