Os preços dos contratos futuros do petróleo atingiram seu maior nível em mais de sete anos e acumularam fortes ganhos no dia devido a temores de que uma possível invasão da Ucrânia pela Rússia possa desencadear sanções dos Estados Unidos e da Europa que prejudicariam as exportações do maior produtor mundial em um mercado já apertado.
Comentários dos Estados Unidos sobre um ataque iminente da Rússia à Ucrânia abalaram os mercados financeiros globais.
“A Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento e a menos que ela retroceda rapidamente, os preços continuaram crescendo apesar de alguns momentos de instabilidade”, afirmam analistas do ING.
As tensões ocorrem quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, lutam para aumentar a produção, apesar das promessas mensais de aumentar a produção em 400 mil barris por dia (bpd) até março.
A Agência Internacional de Energia disse que a diferença entre a produção da Opep+ e sua meta aumentou para 900 mil bpd em janeiro, enquanto o JP Morgan disse que a diferença apenas para a Opep estava em 1,2 milhão de bpd.
Os investidores também estão acompanhando as negociações entre os Estados Unidos e o Irã para reviver o acordo nuclear de 2015.
No entanto, um alto funcionário de segurança iraniano disse na segunda-feira que o progresso nas negociações estava se tornando “mais difícil”.
Nos Estados Unidos, os preços robustos do petróleo estão incentivando as empresas de energia a aumentar a produção, uma vez que adicionaram o maior número de plataformas de petróleo em quatro anos na semana passada, disse a empresa de serviços de energia Baker Hughes Co.
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para março subiu 1,77%, cotado a US$ 95,46 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abril avançou 1,45%, cotado a US$ 96,48 o barril.
Informações Agência CMA