A Gol divulgou expectativas para o resultado do primeiro trimestre de 2022. A companhia área antecipou que estima um crescimento de 45% na receita unitária de passageiro (PRASK) nos três primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2021.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:GOLL4) nesta segunda-feira (11).
Para a demanda (RPK) e capacidade (ASK), espera altas de 46% e 44%, respectivamente, na mesma base comparativa.
A empresa informou ainda projetar uma margem Ebitda de 11% para o primeiro trimestre de 2022, representando uma melhora em relação aos 15,9% negativos reportados um ano antes. A alavancagem, por sua vez, medida pela dívida líquida/Ebitda, ficou em cerca de 10,7 vezes no período findado de março, com uma liquidez total estimada em R$ 3,3 bilhões.
A expectativa da Gol é que o custo unitário ex-combustível (CASK Ex-Fuel) deverá cair cerca de 4%, comparando ao primeiro trimestre do ano anterior, principalmente devido à melhor produtividade (aumento de ASKs, utilização de aeronaves e eficiência operacional) e a apreciação do real frente ao dólar no período.
Já os custos unitários com combustíveis (CASK comb) deverão apresentar crescimento próximo de 48% na mesma base comparativa, impactado negativamente pelo aumento no preço médio do querosene de aviação (QAV) em cerca de 60%, parcialmente compensado por uma frota mais eficiente em termos de combustível, resultando em uma redução de 3,7% no consumo de combustível por hora operada.
Para o período em questão, a companhia aérea estima ainda um Prejuízo por Ação (LPA) e Prejuízo por Ação Depositária Americana (LPADS) de aproximadamente R$ 1,981 e US$ 0,781, respectivamente.
Gol (GOLL4): prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões no 4T21
A companhia aérea Gol registrou um prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões no quarto trimestre, revertendo o lucro líquido de R$ 16,9 milhões em igual período de 2020. Os dados, entretanto, são fortemente influenciados por despesas não recorrentes e variação cambial. Excluindo tais fatores, a companhia teria reportado um prejuízo líquido de R$ 682,1 milhões no trimestre, queda de 20,9% na comparação com os números ajustados do ano passado.
Segundo a operadora aérea, o resultado trimestre foi impactado negativamente por despesas em decorrência do investimento necessário para retornar as aeronaves e motores ociosos para a operação, além da depreciação do real frente ao dólar em 3,5%.
A receita operacional líquida alcançou R$ 2,92 bilhões no quarto trimestre, alta de 54,5% em relação a igual período de 2020. A receita de passageiros foi de R$ 2,80 bilhões no período, enquanto a de “carga e outros” alcançou R$ 113,5 milhões.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado do trimestre alcançou R$ 1,05 bilhão, ante R$ 558,5 milhões no mesmo período de 2020, um avanço de 88,4%. Com isso, a margem Ebitda ajustada foi de 36% de outubro a dezembro, avanço de 6,5 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
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