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A empresa de mineração de Bitcoin (BTC), Argo Blockchain (NASDAQ:ARBK), está “inclinando-se a” projetar suas próprias máquinas usando os chips da Intel (NASDAQ:INTC) e trabalhando com um fabricante terceirizado para trazê-los à vida, disse o CEO da empresa, Peter Wall em uma entrevista à CoinDesk.
A Intel também é negociada na B3 através do ticker (BOV:ITLC34).
Espera-se que os chips da Intel quebrem o duopólio de Bitmain e MicroBT, que estão dominando o mercado de circuitos integrados específicos de aplicativos de mineração (ASICs).
Mais do que isso, a entrevista mostra como eles podem dar aos mineradores a oportunidade de projetar suas próprias máquinas, em vez de ter que se contentar com as já prontas dos fabricantes.
A Argo é uma das poucas empresas que comprarão os novos ASICs de mineração de bitcoin da Intel, sendo os outros três a Block (SQ, S2QU34), Hive Blockchain (HIVE) e Griid Infrastructure .
A empresa já havia dito que implantaria “máquinas de mineração personalizadas utilizando os chips ASIC Blockscale de última geração da Intel” em seu relatório anual de ganhos para 2021, mas não especificou exatamente como elas seriam projetadas e produzidas.
Existem duas opções de como os mineradores de bitcoin podem operacionalizar os chips da Intel, disse Wall. A primeira é “pegar os chips” e depois “trabalhar com seu próprio fabricante terceirizado para projetar e construir uma máquina ao seu gosto”, disse ele. A segunda é trabalhar com fabricantes recomendados pela Intel para construir as plataformas de mineração de bitcoin, disse ele.
Dada a história da Argo, que mostra que sua “preferência é sempre ter mais controle e mais customização”, a empresa está se inclinando para a primeira opção, que é “ser capaz de construir nossas próprias sondas personalizadas”, disse Wall.
Personalizando máquinas de mineração de bitcoin
Questionado sobre aspectos específicos de personalização, o CEO mencionou “fatores de forma” e personalizar plataformas de mineração de bitcoin para imersão versus resfriamento a ar. O resfriamento por imersão é uma tecnologia na qual as máquinas são imersas em um líquido que não conduz eletricidade, para serem resfriadas, ao invés de usar ferramentas como ventiladores.
Ao personalizar as máquinas de mineração, a Argo também pode controlar “muito mais o lado do software”, o que é “uma grande vantagem… particularmente no ambiente de imersão”, disse Wall.
O CEO da Argo disse que mais detalhes serão divulgados nas próximas semanas.
Existem três “Ms” que importam na mineração de bitcoin: dinheiro, megawatts e máquinas, disse Wall. As mineradoras vêm inovando com as duas primeiras, apresentando soluções de financiamento inovadoras e trabalhando mais de perto com os produtores de energia, então só faz sentido se eventualmente começarem a abordar as máquinas como parte da equação, disse ele.
Com o tempo, “outros mineradores vão perceber que essa é a direção a seguir”, ou seja, máquinas personalizadas, segundo o CEO.
Um obstáculo importante para personalizar plataformas de mineração de bitcoin até agora tem sido os fabricantes de chips. Os players existentes do setor, como Bitmain e MicroBT, tendem a manter seus projetos e até mesmo a cadeia de suprimentos em segredo. “Você precisa de um fabricante de chips que esteja disposto a jogar bola, e o legal da Intel é que eles estão realmente interessados em vender chips”, disse Wall.
No entanto, para fazer mineradores de bitcoin personalizados, as empresas precisam de muito conhecimento técnico, bem como experiência em mineração, chips e firmware, disse ele.
No final das contas, “a prova está no pudim”, disse Wall. Assim como a mina Helios da Argo, que finalmente começou a operar nesta semana após mais de nove meses de construção, somente quando os resultados de seus esforços de customização de máquinas forem tangíveis a empresa poderá dizer: “foi difícil, mas conseguimos.”
Com informações de CoinDesk
