A Blau Farmacêutica registrou lucro líquido atribuído de R$ 61,5 milhões no primeiro trimestre, o que representa queda de 28,7% ante o mesmo período de 2021.
No critério ajustado, excluindo despesas financeiras relacionadas a hedge cambial, o lucro líquido teria somado R$ 87 milhões, alta de 5%.
A queda do lucro líquido se de forma paralela ao recuo de 4% da receita, que foi de R$ 313 milhões. “No primeiro trimestre deste ano registramos uma venda de imunoglobulina 80% inferior ao ao mesmo intervalo do ano passado, em função da falta de suprimentos”, justificou a companhia. Segundo a Blau, se não fosse pela falta de suprimentos , a receita líquida da companhia teria avançado 13,4% na base anual.
A receita líquida atingiu R$ 313 milhões no trimestre, com cerca de 5% proveniente de novos produtos desenvolvidos pelo Blau Inventta e não comercializados em 2021.
A previsão de lançamento dos novos medicamentos tem estado em linha com o cronograma original e irá impulsionar ainda mais as vendas da companhia nos próximos trimestres.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recuou 2,5 ponto percentual, para 36,8%. O Ebitda totalizou R$ 115 milhões entre janeiro e março últimos, queda de 36,8%.
O lucro rruto atingiu R$ 161 milhões no período, retração de 5,5%, impactado pelo mix de medicamentos vendidos ao longo do trimestre.
A margem bruta atingiu 51,5% no trimestre, retração de 0,9 p.p. em relação ao 1T21, impactada pela performance da Unidade de Especialidades. Na comparação com o 4T21, a companhia registrou expansão significativa da margem bruta de 9,6 pontos percentuais, já refletindo a recuperação de Margem ao patamar histórico da companhia.
As despesas operacionais avançaram 16,4% na mesma comparação, ficando em R$ 51,3 milhões, sendo R$ 15 milhões com vendas, R$ 26 milhões gastos gerais e administrativos e R$ 11 milhões com pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). Os gastos gerais e administrativos foram os que mais subiram, com 8,4% de alta.
Por fim, a Blau viu ainda suas despesas financeiras chegarem a R$ 32,2 bilhões, anté prejuízo de R$ 500 mil no mesmo trimestre do ano passado – impacto da valorização do Real frente ao dólar, uma vez que a companhia possuía, no final de março US$ 40 milhões em caixa, bem como gastos com hedge.
Ao final de Março de 2022, a Dívida Bruta da Companhia era composta principalmente por 2 emissões públicas de debêntures, com os bancos Bradesco e Itaú.
Ao final do 1T22, o custo médio da dívida bruta – considerando debêntures, empréstimos e financiamentos – atingiu CDI + 1,09%.
Considerando os recursos do IPO, a Companhia elevou o seu Caixa e Aplicações para R$ 819 milhões.
A Blau fechou março com um caixa líquido de R$ 499,9 milhões, ante dívida líquida de R$ 556,9 milhões no mesmo mês de 2021.
No trimestre, capex atingiu R$ 33 milhões, correspondente a R$ 28 milhões de capex de Imobilizado (8,8% da Receita Líquida) e R$ 5 milhões de CAPEX de Intangível (1,7% da receita).
O capex de imobilizado refere-se às obras do P210 para aumento de capacidade e início das obras no 2º centro de coleta de plasma; à aquisição de equipamentos para modernização das plantas; melhoria de processos produtivos em Cotia e São Paulo, além de ajustes nas linhas de produção da Blau Goiás.
O capex de intangível refere-se, principalmente, a investimentos em desenvolvimento de novos produtos, além de softwares e registros sanitários. Os investimentos estão alinhados ao nosso plano de estratégia de expansão de capacidade produtiva, automação e de desenvolvimento de novos produtos.
Os resultados da Blau Farmacêutica (BOV:BLAU3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 10/05/2022. Confira o Press Release completo!