O lucro líquido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no primeiro trimestre de 2022 chegou a R$ 1,364 bilhão no primeiro trimestre, cifra 76% inferior ao R$ 5,697 bilhão de igual período do ano passado.
Em seu relatório de resultados, a companhia afirma que o início de 2022 foi marcado por um cenário desafiador em razão das fortes chuvas registradas na região Sudeste e das pressões nos custos do carvão e do coque. Mesmo assim, a CSN diz que conseguiu apresentar um forte resultado.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 4,19 bilhões entre janeiro e março, queda de 45% na base anual. No critério ajustado, o Ebitda caiu 19%, para R$ 4,72 bilhões, com margem ajustada de 39,1%, perda de 9,6 pontos percentuais (pp).
A receita líquida somou R$ 11,77 bilhões, uma retração de 1%, com queda de 12% no volume de vendas de aço e de 16% de minério.
Esse resultado é consequência da melhora do segmento de mineração que apresentou forte recuperação de preço realizado no período, além de maiores volumes vendidos do mercado siderúrgico.
As vendas de aço recuaram 12% ante janeiro a março de 2021, para 1,1 milhão de toneladas. As vendas externas caíram 1%, para 402 mil toneladas, enquanto o mercado interno movimentou 754 mil toneladas, 17% abaixo do observado no mesmo trimestre do ano passado.
As vendas de minério de ferro totalizaram 6,932 milhões de toneladas no 1T22, uma redução de 16% frente ao reportado em igual etapa do ano passado.
O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 7.287 milhões no 1T22, o que representa um aumento de 10,3% em relação ao 4T21 e 18% na comparação com o 1T21.
Esse aumento de custos foi consequência da alta de preços de algumas matérias primas como o carvão e o coque, além da menor diluição de custos fixos na mineração com a queda no volume produzido.
Apesar do aumento nos custos, a margem bruta atingiu 38% no 1T22 e foi 1,8 p.p. superior à registrada no 4T21, como resultado da forte recuperação de preços observada no segmento de mineração. Por outro lado, quando comparado com o mesmo período de 2021, houve retração de 22% no lucro bruto, o que reflete não apenas as dificuldades operacionais verificadas no trimestre com um volume de chuvas acima do normal, mas também custos mais altos na comparação anual.
O lucro bruto totalizou R$ 4,483 bilhões nos três primeiros meses de 2022, uma contração de 22% em relação ao mesmo trimestre de 2021. A margem bruta foi de % no 1T22, um aumento de p.p. na comparação anual.
As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 587 milhões, 28% inferior ao registrado no 4T21, como consequência do menor volume comercializado na mineração, gerando uma menor despesa com fretes, além do maior controle orçamentário realizado pela Companhia.
O grupo de outras receitas e despesas operacionais foi negativo em R$ 359 milhões no 1T22, advindo, principalmente, das operações de hedge accounting de fluxo de caixa que totalizaram R$ 79 milhões no período.
A dívida líquida ajustada da companhia ficou em R$ 18,635 bilhões no final de março de 2022, uma redução de 9% em relação ao mesmo período de 2021.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,89 vez em março/22, queda de 0,40 vez em relação ao mesmo período de 2021.
⇒ Investimentos
Foram investidos um total de R$ 701 milhões no 1T22, um patamar 27,3% inferior aos R$ 965 milhões investidos no trimestre passado, como reflexo da sazonalidade do período. Entre os principais investimentos realizados, destacam-se o avanço nos projetos de expansão da mineração, com os projetos de filtragem de rejeito e de expansão do porto, além de reparos nas operações de siderurgia e nas baterias de coque da UPV.
Os resultados da CSN (BOV:CSNA3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 04/05/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters