A varejista Lojas Renner registrou lucro líquido de R$ 191,6 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo prejuízo de R$ 147,7 milhões de igual período de 2021.
“A reversão aconteceu em função da melhor geração operacional dos segmentos da companhia, quanto da menor alíquota efetiva de IR& CS, beneficia da pelo maior valor deliberado de juros sobre o capital próprio, bem como por incentivos fiscais considerados como subvenção para investimento, com base na Lei Complementar 160”, disse a empresa.
A receita líquida avançou 65,2% no comparativo trimestral, para R$ 2,61 bilhões. A receita líquida de varejo somou R$ 2,29 bilhões, alta de 63,4%.
Segundo a companhia, a melhora foi puxada a partir do mês de fevereiro, que , o cenário apresentou evolução, com aumento da mobilidade da população, bem como o retorno gradual das atividades sociais, acelerando o ritmo de vendas nos meses seguintes, principalmente em abril.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado total somou R$ 383,2 milhões, alta de 1.105%, sobre os R$ 31,8 milhões de um ano antes. Enquanto isso, a margem Ebitda ajustada total foi de R$ 17,2%, ante 2,3% de um ano antes (+14,9 pp.).
O Ebitda do varejo saiu de uma cifra negativa de R$ 37,8 milhões de um ano antes para uma positiva de R$ 298 milhões no primeiro trimestre, com margem de 13,4%.
O lucro bruto de varejo da Lojas Renner somou R$ 1,227 bilhão, um incremento de 72,7%, com uma margem bruta de 55,1% (+3 pp.).
As vendas em mesmas lojas avançaram 59,5%, enquanto o faturamento bruto digital foi de R$ 434 milhões, avanço de 38,7%. Já a penetração das vendas digitais foi de 15,1%, perda de 2,7 pontos percentuais ante o primeiro trimestre de 2021%.
Os serviços financeiros da Renner somaram lucro de R$ 85,2 milhões, alta de 22,4% ante o primeiro trimestre de 2021.
As despesas operacionais com vendas (VG&A) ficaram em R$ 928 milhões, alta de 23,8%, representando 41,6% da receita líquida, ante 54,9% de um ano antes.
No trimestre, os investimentos foram menores ante o 1T21, essencialmente em razão da redução em novas lojas e centros de distribuição. Em função da postergação de novas lojas em 2020, houve a concentração excepcional de inaugurações no 1S21. Já no 1S22, haverá uma normalização do cronograma de inaugurações, o que gerou um menor nível de desembolsos no 1T22. Adicionalmente, os desembolsos relacionados ao novo CD na cidade de Cabreúva, SP, foram menores dado o cronograma de construção
Em 31 de março de 2022, a companhia apresentou Caixa Líquido de R$ 1,97 bilhão ao fim de março, ante uma dívida líquida de R$ 975,3 milhões no mesmo período de 2021.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters