De acordo com a agência de notícias local Arz Digital, no dia anterior, Rajabi Mashhadi, porta-voz do Ministério da Energia do Irã, disse que a entidade cortaria o fornecimento de energia para todas as empresas de mineração de criptomoedas licenciadas do país até o início de julho.

Citando um déficit de eletricidade previsto para a temporada de pico do verão, Mashhadi afirmou: “Atualmente, existem 118 centros de extração [moeda digital] autorizados no país, que devem cortar o fornecimento de eletricidade da rede nacional a partir do início de julho”.

“Na semana passada, o consumo de eletricidade do país registrou um máximo histórico de 62.500 megawatts (MW) durante o pico de consumo, o que é um número significativo.”

A medida ocorre depois que o Ministério da Energia do país informou um ganho decepcionante de 1,2 gigawatts (GW) em sua capacidade de geração de energia em 2021. Isso ficou bem abaixo do ganho projetado de 3,5 GW, levando a um déficit no uso de energia.

Devido às sanções internacionais, o Irã carece do investimento necessário em capacidade de geração de energia e produção de gás natural para acompanhar o consumo. Por outro lado, a demanda está aumentando em parte devido aos preços extremamente baixos da eletricidade no país. A eletricidade doméstica média no Irã custa apenas US$ 0,005 por quilowatt-hora (kWh), uma fração dos US$ 0,024 por kWh em seu vizinho Iraque e US$ 0,159 por kWh nos Estados Unidos. Por razões políticas, o governo iraniano gasta mais de US$ 60 bilhões anualmente em subsídios indiretos para depreciar os preços da eletricidade.

De acordo com a Universidade de Cambridge, o Irã respondeu por 0,12% da taxa de hash da rede Bitcoin ( BTC ) e estava anteriormente entre os 10 principais países do mundo em produtividade de mineração de BTC. No entanto, sua participação no mercado de mineração de Bitcoin caiu de um pico de 4% nos anos anteriores, em parte devido a uma grave falta de energia no verão de 2021.

Por Zhiyuan Sun