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O Citi cortou o preço-alvo para as ações da Hapvida (BOV:HAPV3) de R$ 14 para R$ 10 e reiterou sua recomendação de compra, ao reduzir estimativas de ganhos de 2023 em 11% devido a premissas mais brandas e previsão de sinistralidade mais alta, embora mantendo projeções para 2024 praticamente inalteradas devido ao poder de lucro de longo prazo.
“Embora continuemos confiantes no poder de lucro de longo prazo da Hapvida e nas vantagens competitivas na cadeia de saúde privada brasileira, concordamos que o caso pode continuar sem um catalisador claro no curto prazo, principalmente porque a recuperação esperada da lucratividade deve ser um processo mais gradual, e provavelmente mais inclinado para o segundo semestre de 2022-2023”, escrevem os analistas Leandro Bastos e Renan Prata.
Segundo eles, após alguns trimestres de decepções, restaurar a confiança dos investidores provavelmente levará tempo e exigirá resultados, como a reativação do crescimento orgânico, normalização de sinistralidade e aumento de sinergias.
Os analistas afirmam que os fatores contrários persistentes dos negócios e a perda recente de ganhos aumentaram a incerteza em torno da potencial normalização esperada para 2023, e que seu perfil de alto crescimento e longa duração permanece desfavorável em meio a condições de mercado difíceis e custos crescentes de capitais.
Dito isso, “a avaliação fornece margem de segurança em nossa opinião, pois também não parece refletir os fundamentos de crescimento secular da empresa, vastas oportunidades de sinergia e valor de escassez”, afirmam os analistas.
Além disso, segundo eles, as composições de ganhos ficarão mais fáceis e vários dos fatores contrários recentes, incluindo preços negativos de indivíduos, inflação de custos de materiais e contas de covid-19, devem perder força, o que combinado com a esperada recuperação na atividade comercial e maturação das sinergias de redução de custos, pode ajudar a reacender gradualmente o impulso para a frente.
Informações ValorInveste
