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Eletrobras: para BTG, após a privatização empresa pode se libertar das ineficiências de operar como estatal

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O BTG Pactual retomou a cobertura da Eletrobras, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 62,00 para o papel ELET3, que significa um upside de 41% e incorpora a capitalização da empresa, que reduziu a participação do governo brasileira na companhia para 40% de 69% nas ações ordinárias, com sua participação total caindo de 59% para 37%.

Em termos de “valuation”, a análise incluiu os seguintes pontos na atualização: os números do 1T22; os termos finais da capitalização, incluindo o pagamento da concessão, contribuições para a CDE e fundos regionais, número de ações emitidas e a venda de sua 50% de participação na Itaipu; a desconsolidação da Eletronuclear e os termos do contrato de investimento, já que a Eletrobras terá 68% de participação econômica na empresa, mas será responsável por apenas 36% do capex remanescente de Angra 3 (estimado em R$ 20 bilhões) o aporte de R$ 1,58 bilhão feito recentemente por Furnas em Santo Antônio devido decisões judiciais desfavoráveis, aumentando sua participação para 72% na planta, que resultou em umanova estimativa do valor de Santo Antonio; novos cálculos para as principais subsidiárias não consolidadas (Belo Monte e Jirau), substituindo a metodologia anterior.

Assim, as principais premissas do novo modelo pós-privatização são ke de 7,5%, preços de energia a longo prazo de R$ 150/MWh,redução de custos de 60% implementada de 2023 a 2025, corte (haircut) de 30% nas provisões para empréstimos compulsórios, monetização de 50% de créditos de imposto e capex de reforço de transmissão traduzindo em RAP adicional (14% RAP/Capex).

Entre as principais mudanças, o BTG destaca que apesar de ainda deter uma participação relevante na empresa, o governo federal (e qualquer outro acionista) terão direitos de voto limitados a 10% conforme estabelecido no estatuto da empresa.

“Nossa visão é sustentada poruma avaliação atrativa, em que a Eletrobras é negociada a uma taxa interna de retorno real de 13,5% (6,4x EV/EBITDA 23), tornando-se um dos mais baratos nomes sob nossa cobertura, potencial significativo de redução de custos, vantagem na gestão de responsabilidade e créditos fiscais e reprecificação de seu portfólio hidrelétrico”, justificam os analistas João Pimentel e Gisele Gushiken, que consideram a companhia a favorita no setor de energia.

A análise aponta que a Eletrobras é um dos nomes mais baratos sob cobertura do BTG e que, a preços atuais, o papel ainda está avaliado como uma estatal bem gerenciada, mas incorporando muito pouco seu potencial privatizado. Os analista acreditam que a combinação de uma base de acionistas muito boa (e ativa) e uma equipe de gerenciamento de alto nível abrirá o caminho para uma reviravolta bem-sucedida em sua história, aumentando significativamente a geração de fluxo de caixa e permitindo que a empresa pague grandes dividendos e/ou aumente seu poder de fogo para novos investimentos.

O mais importante passo após a privatização, na visão dos analistas, é a nomeação da nova diretoria executiva, agendada para 5 de agosto em assembleia extraordinária. Os analistas estimam que os nomes indicados sejam aprovados, devido à boa recepção pelo mercado por serem considerados nomes fortes e com boa reputação por suas atuações no setor tanto em companhias públicas como privadas.

Eles também esperam que a migração da companhia para o Novo Mercado seja concluída rapidamente ainda neste ano.

O BTG também lembra que, com a privatização, a Eletrobras assinou novos contratos de concessão hidrelétrica de 30 anos relacionadas com o fim do regime de quotas (7,5 GW médios), juntamente com extensões para algumas outras usinas existentes (média de 5,7 GW).

De acordo com estimativas do governo, o valor presente líquido (VPL) total desses novos contratos totalizaram cerca de R$ 67 bilhões, a serem compensados com um pagamento de concessão de R$ 25,4 bilhões, já integralmente pagos em junho (R$ 26,6 bilhões ajustado para a Selic), representando a maior aplicação dos R$ 30,8 bilhões de recursos da oferta primária, contribuições Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de R$ 32,1 bilhões, incluindo R$ 5 bilhões em 2022 e o restante em 25 anos, com o objetivo de reduzir as tarifas de energia e contribuições para fundos regionais em 10 anos R$ 230 milhões por ano para projetos de revitalização da bacia hidrográfica na área de concessão de Furnas, R$ 295 milhões por ano para subsidiar custos de energia da Amazônia Legal e a navegabilidade nos rios Madeira e Tocantins, e R$ 350 milhões por ano para a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.

Outro ponto destacado é o valor de R$ 1,2 bilhão que a companhia receberá por perder sua participação de 50% em Itaipu, e a perda de controle da Eletronuclear, que serão assumidas pela nova estatal criada pela governo federal para administrar esses ativos, a ENBPar.

Informações Agência CMA

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