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A Baker Hughes (NASDAQ:BRK), prestadora de serviços para campos petrolíferos, divulgou nesta quarta-feira (20) um prejuízo maior no segundo trimestre, atingido por uma cobrança de 365 milhões de dólares de suas operações russas e da inflação da cadeia de suprimentos, enquanto os lucros ajustados também ficaram abaixo das previsões dos analistas.
As ações da empresa negociadas em Nova York caíram cerca de 5,4%, para US$ 26,69 no pré-mercado. Eles subiram 17% desde o início do ano.
A Baker Hughes também é negociada na B3 através do ticker (BOV:B1KR34).
Os preços do petróleo subiram este ano, ganhando cerca de 53% em relação ao segundo trimestre em comparação com o ano passado, à medida que as sanções ocidentais à indústria de energia da Rússia atingiram o fornecimento. No entanto, os preços prolongados acima de US$ 100 o barril e as medidas dos bancos centrais para conter a inflação alimentaram preocupações de destruição da demanda e desaceleração econômica.
“As perspectivas de demanda para os próximos 12 a 18 meses estão se deteriorando, à medida que a inflação corrói o poder de compra do consumidor e os bancos centrais aumentam agressivamente as taxas de juros para combater a inflação”, disse o presidente-executivo da Baker Hughes, Lorenzo Simonelli, em comunicado.
Os resultados da empresa “foram mistos” à medida que enfrentou desafios, incluindo escassez de componentes, inflação da cadeia de suprimentos e a suspensão de suas operações na Rússia, acrescentou.
A Baker Hughes também relatou um prejuízo não operacional de US$ 426 milhões relacionado a seus negócios de serviços de campos petrolíferos na Rússia, que classificou como “mantido para venda” no final do segundo trimestre.
A empresa rival de serviços de campos petrolíferos Halliburton (HAL, HALI34) previu na terça-feira anos de crescimento na demanda por perfuração. A líder do setor Schlumberger (SLB, SLBG34) deve divulgar os resultados na sexta-feira.
A Baker Hughes registrou um prejuízo líquido de US$ 839 milhões, ou US$ 0,84 por ação, nos três meses encerrados em 30 de junho, em comparação com um prejuízo de US$ 68 milhões, ou US$ 0,8 por ação, um ano atrás.
Seu lucro líquido ajustado subiu para US$ 114 milhões, ou US$ 0,11 por ação, de US$ 83 milhões, ou US$ 0,10 por ação. Analistas esperavam lucro de 22 centavos por ação, segundo dados do IBES da Refinitiv.
Com informações de Reuters
