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Aes Brasil (AESB3): lucro líquido ajustado de R$ 9,3 milhões no 2T22, queda de 65%

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Uma das maiores geradoras de energia do país, a AES Brasil, registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,3 milhões para o segundo trimestre de 2022, 65% abaixo do registrado em igual período de 2021.

O número exclui o ressarcimento de recursos relacionados à repactuação do risco hidrológico (GSF) de 2021 – sem ajustes, o lucro liquido do segundo trimestre de 2021 foi de R$ 80,,223 milhões.

A receita líquida subiu 10,6% entre abril e junho, frente aos mesmos meses do exercício anterior, para R$ 620,9 milhões. A margem líquida se manteve praticamente estável, em R$ 354 milhões (+0,2%) No acumulado do ano, a alta da receita é de 16,1%, para R$ 1,297 bilhão, com margem de R$ 785,6 milhões, 1,9% menor.

Segundo o documento divulgado pela empresa, o resultado foi impactado principalmente pelos maiores custos operacionais, despesas gerais e despesas administrativas, que (excluindo depreciação e amortização) tiveram um crescimento de 18% no período comparado.

Houve também maior depreciação e amortização no valor de R$ 41,7 milhões devido à amortização do reconhecimento do GSF no quarto trimestre de 2020.

A variação pode ser explicada, principalmente, por duas questões, apontou a companhia:

• Hídrica: ganho de R$ 20,4 milhões na margem, decorrente, principalmente, do resultado positivo no mercado spot na comparação dos trimestres, parcialmente compensado pelo ressarcimento do GFOM (R$ 11,9 milhões) no 2T21, reflexo do cenário hídrico adverso de 2021 e que não ocorreu em 2022.

• Solar: aumento de R$ 2,2 milhões na margem, principalmente pela maior receita do complexo Guaimbê em função da melhora da disponibilidade e irradiância dos ativos no 2T22; pela maior irradiância e disponibilidade em Água Vermelha, parcialmente compensado; pela menor disponibilidade em Boa Hora, decorrente da parada programada da usina para conclusão da adequação e entrega da subestação à distribuidora responsável pela região.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 239,4 milhões, uma baixa de 6,3% ante igual período de 2021. A margem Ebitda ficou em 38,6%, queda de 6,9 pontos porcentuais (p.p.). Em seis meses, o Ebitda alcançou R$ 540 milhões, queda de 10,7%. Excluindo o ressarcimento de recursos relacionados ao GSF do ano passado, a queda semestral foi de 5,1% e a margem ficou em 41,6%, com baixa de 9,3 p.p.

Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) totalizaram R$ 114,6 milhões no 2T22, crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2021, quando atingiu R$ 97,5 milhões. Excluindo os efeitos não recorrentes do 2T21, o aumento dos custos e despesas na comparação trimestral é de 7,0%.

O resultado financeiro correspondeu a uma despesa líquida de R$ 106,9 milhões, montante 8,5% inferior aos R$ 116,8 milhões do segundo trimestre do ano passado. Em seis meses, o resultado é negativo em R$ 201,9 milhões, também 8,5% menor.

Já os custos com compra de energia aumentaram 28,1%, para R$ 266,9 milhões, refletindo as compras feitas em 2021, quando a hidrologia desfavorável levou a companhia a buscar se antecipar e proteger de uma potencial manutenção do cenário ruim.

A dívida bruta consolidada de R$ 8.005 milhões, 35,1% superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2021 (R$ 5.925 milhões).

O aumento do saldo é explicado pela: 1ª emissão de Debêntures no montante de R$ 1,1 bilhão ocorrida no 1T22 e captação da 1ª debênture de Cajuína AB, de R$ 950 milhões realizada no 2T22.

A AES Brasil Operações, encerrou o trimestre com dívida bruta consolidada de R$ 6.865 milhões, 15,9% superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2021.

A variação entre os períodos é explicada, principalmente, pelo pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures, no montante de R$ 767 milhões, em novembro de 2021; captação da 1ª debênture de Tucano Holding II, de R$ 300 milhões, desembolsada no 4T21; desembolso do BNB no Complexo Tucano II, no montante de R$ 333 milhões em 2022; captação da 1ª debênture de Cajuína AB1, de R$ 950 milhões; e juros e atualizações monetárias incorridos entre os períodos.

Em 30 de junho de 2022, o caixa16 consolidado da AES Brasil somava R$ 3.423 milhões, e a AES Brasil Operações finalizou o trimestre com um caixa de R$ 3.240 milhões.

Após renegociação com os credores da 5ª e 6ª emissões de debêntures da AES Brasil Operações, em setembro de 2021, e com o pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures no 4T21, o limite mais restritivo estabelecido pelas dívidas da Companhia, que era de 3,85x, passou a ser de 4,5x para a razão entre a Dívida Líquida e o ebitda Ajustado. Adicionalmente, o índice de cobertura de juros, o qual não poderia ser inferior a 1,50x, passou a ser 1,25x.

O índice de alavancagem (Dívida Líquida/ Ebitda Ajustado) encerrou o segundo trimestre de 2022 em 3,95x. Já o índice de cobertura de juros (Ebitda ajustado/Despesas Financeiras) fechou o 2T22 em 2,45x.

Em função do crescimento da Companhia e consequente avanço na construção dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 424,3 milhões no 2T22 e R$ 724,7 milhões no 1S22.

O crescimento na linha de modernização e manutenção reflete, principalmente, a estratégia de turnaround dos ativos eólicos adquiridos via M&A – Complexos Eólicos Mandacaru e Salinas (+R$ 11,3 milhões entre trimestres e +R$ 15,6 milhões entre semestres).

Plano de Investimento de 2022 até 2026 – CAPEX

A Companhia prevê investir aproximadamente R$ 3,8 bilhões no período de 2022 até 2026, destinados à expansão dos projetos já contratados e com plano de construção definido, com destaque para a construção dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, e à modernização e manutenção de seus ativos em operação.

Os resultados da AES Brasil (BOV:AESB3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 04/08/2022.

∗ Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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