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Eletrobras (ELET3): lucro líquido de R$ 1,401 bilhão, queda de 45%

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A Eletrobras teve lucro líquido de R$ 1,401 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 45% ante lucro líquido de R$ 2,530 bilhões em igual período do ano 2021, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos acionistas.

Segundo a companhia, o resultado foi impactado negativamente pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões, em função, principalmente, do aporte de capital realizado por Furnas na SPE Santo Antônio Energia. No trimestre também pesou o registro de R$ 694 milhões em Provisão para Crédito de Liquidações Duvidosas (PCLD) relativo à inadimplência da distribuidora Amazonas Energia.

A receita operacional líquida atingiu R$ 8,856 bilhões no período, 19,1% superior à observada no mesmo período do ano passado, influenciada pela melhor performance nos contratos bilaterais e pelo reajuste anual das receitas de transmissão cuja base de ativos foi ampliada no ciclo 2021/2022 pelo reperfilamento da Rede Básica Sistema Existente (RBSE).

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 4,14 bilhões no 2T22, ante R$ 2,94 bilhões vistos em igual período no ano anterior. Nesse mesmo comparativo, a margem Ebitda saiu de 40% para 47%.

O consenso Bloomberg projetava um Ebitda de R$ 3,25 bilhões, com margem Ebitda de 41,3%.

O resultado financeiro apresentou variação negativa, tendo apresentado um resultado positivo de R$ 690 milhões no 2T21 e negativo de R$ 1.457 milhões no 2T22. As principais variações foram:

  • A variação cambial líquida, que passou de uma variação líquida positiva de R$ 917 milhões no 2T21 para um variação cambial líquida negativa de R$ 625 milhões no 2T22, devido, principalmente, À exposição de dívida em dólar e variação do dólar nos respectivos períodos.
  • Registro de despesa de -R$ 478 milhões de atualização monetária passiva dos processos judiciais de empréstimo compulsório, em especial devido à varição da taxa Selic aplicada sobre a parcela do principal e juros remuneratórios;
  • Na Eletronorte: resultado líquido positivo de R$ 153 milhões, no 2T21, contra uma despesa líquida R$ 210 milhões no 2T22, representando uma redução de R$ 363 milhões, com derivativos, em decorrência da variação do LME – London Metal Exchange no período. O contrato junto a Albras prevê um preço de venda de energia acrescido de pagamento de um prêmio, o qual varia de acordo com a cotação do alumínio na LME, cotado em dólar. Em 2022, o LME alcançou o preço máximo estipulado no contrato e, devido a variação negativa do dólar, foram registradas perdas com derivativos.

Parcialmente contrabalançado por:

  • Receitas de aplicações financeiras, que passaram de R$ 96 milhões no 2T21 para R$ 557 milhões no 2T22, devido, ao aumento no volume médio do saldo de caixa no período juntamente com uma maior rentabilidade das aplicações da carteira em decorrência, principalmente, do aumento das taxas de juros.

As Provisões Operacionais impactaram de forma negativa o resultado da Controladora em R$ 811 milhões, frente a uma provisão de R$ 842 milhões no 2T21. Essa variação é explicada, principalmente, pelo efeito negativo em provisões para Litígios judiciais, com destaque para os processos judiciais de empréstimo compulsório no montante de R$ 242 milhões, frente a uma provisão de R$ 600 milhões no 2T21; e R$ 453 milhões de provisão em PCLD, sendo R$ 448 milhões provisão de créditos a receber contra a Amazonas Energia, composto por R$ 198 milhões de PECLD de dívida vencida e R$ 250milhões de estimitiva de PECLD prospectiva.

A companhia destaca que o trimestre teve um efeito positivo da privatização, mas foi afetada negativamente por conta da ‘provisão para perdas em investimentos’.

“A Companhia registrou um efeito positivo decorrente do impacto dos registros dos eventos de privatização no montante total de R$ 742 milhões e R$ 454 milhões de efeito no resultado pela venda da CEEE-T”, diz o comunicado da elétrica.

“Entretanto, o resultado do 2T22 foi impactado, negativamente, pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões, em função, principalmente, do aporte de capital realizado por Furnas na SPE Santo Antônio Energia, em junho de 2022, pelo registro de PCLD de que somou R$ 694 milhões, influenciado pelo registro da inadimplência da distribuidora Amazonas Energia, em especial no que se refere a dívida financeira com a holding e pela variação cambial negativa de R$625 milhões no trimestre, devido a exposição de dívida da Companhia em dólar”, segue.

Os investimentos da Eletrobras no trimestre totalizaram R$ 2,548 bilhões, crescimento de 159% em base anual de comparação. No semestre os investimentos avançaram 103%, para R$ 3,050 bilhões.

Ao final do trimestre, a dívida líquida recorrente da Eletrobras era de R$ 15,142 bilhões, 11% menor que no mesmo intervalo do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda LTM ajustado, alcançou 0,7 vez no trimestre, queda de 24% na base anual.

Os resultados da Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET6) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/08/2022. Confira o Press Release completo!/

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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