ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no 3T22, alta de 17%

LinkedIn

A elétrica Neoenergia obteve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o resultado líquido da companhia soma R$ 3,8 bilhões, montante 15% maior em relação aos primeiros nove meses de 2021.

A receita líquida somou R$ 10,377 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 11% na comparação com igual etapa de 2021. A expectativa ainda era de uma receita de R$ 11,53 bilhões.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – registrou queda de 18%, passando de R$ 2,8 bi para R$ 2,3 bi, uma variação de R$ 509 milhões. Com isso, a margem Ebtida terminou o período em 3,13x, com diferença de -0,1x no comparativo anual.

De acordo com a empresa, o desempenho foi impulsionado pelo avanço dos projetos em Renováveis e pela boa performance das distribuidoras. O terceiro trimestre marcou o iniciou a operação comercial do complexo eólico Oitis, entre o Piauí e a Bahia; e também da usina solar Luzia, na Paraíba. Além disso, no período, a Neoenergia registrou maior geração no complexo eólico Chafariz, que está em operação plena desde o ano passado.

No terceiro trimestre, a energia eólica e solar gerada foi de 1.434 gigawatts-hora (GWh), 91,69% acima do mesmo período no ano anterior. No acumulado dos nove meses, a geração foi de 2.861 GWh, 84% acima do mesmo período no ano passado. A disponibilidade no trimestre foi acima de 97%, conforme programado.

Anteriormente, a Neoenergia já tinha informado que a energia total injetada atingiu 18.458 GWh no terceiro trimestre de 2022, queda de 2,31% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciada pelas condições climáticas nas regiões de concessão, com temperatura mais amenas e maior volume de chuva.

As concessionárias encerraram o terceiro trimestre com 15,9 milhões de consumidores ativos, um aumento de 294 mil em comparação com o mesmo período do ano passado.

A companhia informou que os indicadores de perda seguem em trajetória de queda em quatro das cinco distribuidoras, em comparação ao segundo trimestre deste ano. A Neoenergia reiterou que segue em busca dos patamares regulatórios. A Neoenergia Brasília registrou porcentual de 12,18%, o que representa o sétimo trimestre consecutivo de reduções no indicador. Neoenergia Elektro e Neoenergia Cosern seguem enquadradas no limite regulatório. Já a taxa de arrecadação consolidada no terceiro trimestre foi de 99,20%.

O segmento renováveis encerrou o 3T22 com margem bruta de R$ 424 milhões (-R$ 13 milhões vs. 3T21) resultado negativamente impactado pelas hidros (-R$ 101 milhões vs. 3T21), em função da repactuação do GSF em set/21 (que afetou a rubrica de custo com energia em -R$ 125 milhões), compensado parcialmente pelas eólicas (+R$ 88 milhões vs. 3T21) em função do aumento da geração no período (+92% vs. 3T21), com destaque para a entrada em operação comercial no 3T22 do Complexo Eólico de Oitis e do Complexo Solar Luzia, além da maior geração de Chafariz.

O segmento de redes encerrou o 3T22 com Margem Bruta sem VNR atingiu R$ 2.964 milhões no período, +17% vs. 3T21, impactada pelos efeitos: dos Reajustes Tarifários de 2022 de Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern vigentes a partir do final de abril/22 (variação da parcela B: +14,14%, +14,82% e +14,75% respectivamente) e da Neoenergia Elektro, vigente a partir do final de agosto/22 (variação da parcela B: +9,32%), e da Revisão Tarifária de 2021 de Neoenergia Brasília (+11,10%).

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 780 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 38% sobre as perdas financeiras na mesma etapa de 2021.

A margem bruta foi de R$ 3,448 bilhões no 3T22, baixa de 8% frente a margem do 3T21.

As despesas operacionais somaram R$ 960 milhões no 3T22, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2021. Vale destacar a reversão de desativação da Neoenergia Brasília no valor de R$ 20 milhões no 3T21, reflexo do início do turnaround. Desconsiderando este efeito, a variação seria de +11% (3T22 vs. 3T21). Já no 9M22, as despesas operacionais foram de R$ 2.814 milhões (+12% vs. 9M21). Considerando os valores da Neoenergia Brasília em janeiro e fevereiro de 2021, as despesas somaram no 9M21, R$ 2.562 milhões, reduzindo esta variação para +10%, explicada pelos novos negócios: entrada em operação dos projetos de transmissão (Dourados, Santa Luzia e Jalapão) e entrada em operação dos projetos de renováveis (Complexo Eólico de Chafariz, Complexo Eólico Oitis e Complexo Solar Luzia).

De janeiro a setembro deste ano, a Neoenergia realizou investimentos que somaram R$ 7,1 bilhões, 12% mais em relação ao mesmo período em 2021. Os recursos foram destinados à expansão dos projetos em Renováveis, empreendimentos de transmissão e melhorias e ampliação das redes nas cinco distribuidoras.

Foram aplicados R$ 1,5 bilhão nos negócios renováveis, no acumulado dos nove meses do ano, sendo R$ 354 milhões no trimestre. A companhia encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 44 parques eólicos e dois parques solares em operação e em construção. Os ativos eólicos em operação totalizam 1.163 MW de capacidade instalada.

A expectativa é que a companhia alcance 1,6 GW nos próximos meses, dos quais 51% estarão destinados ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e 49% ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), alinhado com a estratégia de posicionamento na liberalização do mercado de energia brasileiro.

Em redes, a Neoenergia destinou investimentos de R$ 4 bilhões em nove meses, nas cinco distribuidoras – Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília (DF). Desse total, R$ 2,4 bilhões foi destinado à expansão de redes.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 25/10/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A Neoenergia tem a meta de fechar negócio com investidores financeiros para seu portfólio de transmissão de energia elétrica até o fim do primeiro semestre de 2023, vendendo fatia do negócio para fortalecer os ativos, disse nesta quarta-feira o CEO da elétrica, Eduardo Capelastegui.

Segundo ele, a empresa está avançando com o processo de atração de investidores estratégicos, essencialmente de perfil financeiro, para suas linhas de transmissão.

A ideia é que a entrada de um ou mais parceiros ajude com os compromissos financeiros assumidos para a construção dos empreendimentos, acrescentou.

“Somente (buscamos) parceiro financeiro, não cogitamos colocar um parceiro industrial porque… o objetivo da operação não é vender o ativo, e sim trazer um investidor financeiro que precifique o ativo de forma adequada… e para que nos reforce a estrutura de balanço”, disse Capelastegui, durante teleconferência para comentar os resultados trimestrais divulgados na véspera.

A Neoenergia tem nove projetos de transmissão de energia já operacionais e outros nove em construção.

A operação das linhas continuaria a cargo da Neoenergia, de modo que a empresa continuaria com uma participação de pelo menos 50% dos projetos, afirmou Capelastegui.

Mesmo que não consiga fechar negócio no prazo estipulado, até junho de 2023, a Neoenergia não deixará de avaliar e eventualmente participar do leilão de transmissão de energia do primeiro semestre do próximo ano.

“Não vou ser mais ou menos agressivo em junho (no leilão) porque eu venda ou não venda… A venda vai amortizar dívida, iremos ao leilão ou não em função do retorno e dentro de uma saúde financeira”, acrescentando que a companhia continuará perseguindo rentabilidade de dois dígitos para esses projetos.

Rotação de ativos

A Neoenergia tem ainda outros processos abertos para venda de ativos considerados não estratégicos, como sua participação na usina hidrelétrica de Belo Monte.

Segundo o CEO, esses processos estão “avançando bem”, mas ainda não há ofertas vinculantes.

A companhia elétrica, controlada pela espanhola Iberdrola, divulgou na véspera que encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de 1,5 bilhão de reais, 17% acima do apurado entre julho e setembro do ano passado.

O desempenho no Brasil ajudou a impulsionar os resultados de sua controladora no período.

VISÃO DO MERCADO

Itaú BBA

O balanço de terceiro trimestre da Neoenergia foi positivo, impulsionado por reajustes nos contratos de transmissão, maiores margens no mercado livre de energia e operacionalização de ativos renováveis, diz o Itaú BBA.

Os analistas liderados por Marcelo Sá escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 2,52 bilhões foi 6% acima das estimativas, com crescimento de 28% na comparação anual, mesmo com volumes de energia fracos.

“As distribuidoras da Neoenergia continuam a se beneficiar da inflação e a reestruturação da CEB”, comentam. A redução nas perdas de energia também é destaque positivo nos resultados.

Apesar dos resultados consistentes nos últimos trimestres, o banco nota que os papéis são negociados a uma taxa interna de retorno implícita de 13,8%, atrativos se comparado com pares do mercado e os rendimentos de 5,8% dos títulos do Tesouro.

Itaú BBA tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 27,90.

Credit Suisse

A Neoenergia apresentou resultados regulatórios positivos no terceiro trimestre, em linha com as expectativas, diz o Credit Suisse. O banco destaca que a empresa se beneficiou da entrada em operação de novos ativos, além de menores custos e boa performance das térmicas.

Os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano escrevem que os números da unidade de distribuição decepcionaram, com pior mix tarifário e menor consumo residencial. O lucro líquido de R$ 1,49 bilhão foi impulsionado por itens não-recorrentes.

Eles destacam que a empresa conseguiu reduzir custos gerenciáveis em 16,3% na comparação anual, com menores custos e despesas gerais serem parcialmente mitigadas por aumento em provisões para inadimplência.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 23,30…

Citi

Apesar dos fracos volumes em sua principal linha de negócios, a Neoenergia superou as projeções de Ebitda, com destaque para renováveis e térmicas, enquanto o retorno sobre capital investido preocupa, diz o Citi, em relatório.

Os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso escrevem que distribuição foi afetada por volumes fracos e atingiu um Ebitda de R$ 1,81 bilhão, abaixo da previsão de RS$ 1,88 bilhão, enquanto o Ebitda de transmissão veio em linha com as estimativas.

Já o Ebitda de renováveis de R$ 350 milhões superou a previsão de R$ 300 milhões, e Ebitda térmico também veio muito melhor que as projeções, dizem os analistas. Eles destacam que a Termopernambuco comprou menos recursos naturais e mais energia elétrica no mercado à vista, bastante barato, elevando a margem da unidade.

“Apesar da visão de que possui operações e portfólio robustos, a preocupação habitual dos investidores é que o retorno marginal da empresa sobre o capital investido seja muito menor do que os retornos implícitos das ações”, dizem eles, acrescentando que a Neoenergia é o nome mais barato em sua cobertura.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

Deixe um comentário