O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 21, impulsionado pelo arrefecimento do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, em meio ao aumento da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ser mais brando em sua decisão de política monetária de dezembro.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 1,19%, a US$ 1.656,3 por onça-troy. Na semana, o metal avançou 0,46%.
“O ouro estava sob pressão, mas retornou rápida e acentuadamente no início da sexta-feira, após especulações de um aumento de 75 pontos-base na taxa de juros em novembro pelo Fed, seguido por apenas 50 pontos-base em dezembro”, disse Jeff Wright, diretor de investimentos da Wolfpack Capital. “O mercado de ouro tomou essas informações especulativas como sinal de um pivô do Fed em direção à dependência de dados em 2023. Ainda assim, minha opinião é que o ouro ainda está sob pressão e não será capaz de sustentar qualquer rali por algum tempo”, ponderou Wright.
O Wall Street Journal noticiou nesta sexta que o Fed deve debater sobre uma alta menor em dezembro. Segundo a reportagem, alguns dirigentes têm sinalizado o desejo de retardar o ritmo das altas de juros logo e deixar de subi-los no início deste ano, a fim de avaliar como o aperto já realizado está desacelerando a economia.
A presidente do BC americano de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta sexta que pode haver mais altas de 75 pontos-base nos juros nos Estados Unidos, mas ponderou que deve haver uma redução nesse ritmo adiante, para elevações de 50 ou 25 pontos-base. Ela também destacou que deseja evitar um aperto “excessivo” na política monetária, que prejudique a economia desnecessariamente.
*Com informações da Dow Jones Newswires