O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta sexta-feira, 28, em meio a especulações sobre a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para o aumento da taxa de juros na reunião da semana que vem. Uma alta agressiva dos juros, como é esperado, tende a pressionar o metal precioso, à medida que impulsiona os juros dos Treasuries e o dólar ante moedas rivais.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 1,24%, a US$ 1.644,80 por onça-troy, com recuo semanal de 0,69%.

Em relação à decisão do Fed na semana que vem, o monitoramento do CME Group mostra que a probabilidade de alta de 50 pontos-base (pb) cresceu entre a quinta-feira e esta sexta. O porcentual atual para o ajuste é de 18,3%, mas as apostas majoritárias seguem sendo para o aumento de 75 pb, com 81,7%.

Importante driver para as expectativas, saíram nesta sexta os números do índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida inflacionária preferida do BC dos EUA.

A expectativa por uma alta agressiva tende a pesar sobre o ouro, já que este é um ativo precificado em dólar e que é afetado pelos ajustes na renda fixa americana.

A Capital Economics vê a valorização da divisa americana como principal fator de pressão sobre o ouro. Segundo análise da consultoria, a maioria das commodities acompanhou o preço da moeda, que começou a semana caindo, mas se recuperou nos últimos dias, devendo se valorizar mais na próxima semana de Fed.

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