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Vale: produção de minério de ferro no 3T22 é de 89,7 milhões de toneladas, alta de 1,1%

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A Vale encerrou o terceiro trimestre de 2022 (3T22) com uma produção de finos de minério de ferro de 89,7 milhões de toneladas métricas, o que representa uma elevação de 1,1% na comparação anual e de 21% em relação ao segundo trimestre de 2022, informou a mineradora.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:VALE3) nesta segunda-feira (17).

Segundo a companhia, o avanço da produção na base trimestral foi impulsionada, principalmente, pelo período seco no Sistema Norte e maiores compras de minério de terceiros e produção no Sistema Sul.

Já a produção de pelotas fechou o terceiro trimestre de 2022 em 8,256 milhões de toneladas, queda de 1% na comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com a mineradora, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a produção de pelotas foi 4,8% menor.

O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro somou 77,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, valor 6% maior que o do segundo trimestre de 2022 e 3,8% acima do terceiro trimestre de 2021.

“A diferença usual entre produção e vendas no terceiro trimestre foi resultado dos estoques em trânsito ao longo da cadeia, que a Vale espera reverter no próximo trimestre, a depender das condições de mercado”, informou a mineradora.

A produção de níquel acabado, por sua vez, foi de 51,8 mil toneladas, um crescimento de 51,5% em relação ao segundo trimestre de 2022 e de 71,5% na base anual, uma vez que as refinarias retomaram após período de manutenção no 2T22 e a conclusão da reforma do forno 4 na PTVI.

As vendas de níquel aumentaram 13% t/t, mas ficaram abaixo da produção devido a compromissos de vendas no 4T22 durante a manutenção programada, baixa disponibilidade de containers impactando Onça Puma e congestionamento de embarques no Reino Unido no 3T22.

A produção de cobre foi de 74,3 kt no 3T22, um avanço de 7,4% na comparação anual e de 32,9% na base trimestral, após manutenção prolongada no moinho de Sossego no primeiro semestre do ano, melhor desempenho da planta de Salobo no trimestre e recuperação de cobre de estruturas que contêm precipitados de cobre nas operações do Atlântico Norte.

Segundo a mineradora, a produção do Sistema Norte aumentou de um trimestre para outro, beneficiando-se do clima seco do terceiro trimestre. O desempenho ano contra ano foi impactado principalmente pela menor disponibilidade da produção anual em toneladas (ROM) em Serra Norte, devido a processos de licenciamento mais lentos.

“No S11D, a movimentação da mina foi estável na comparação ano contra ano, mas a necessidade de processar mais estéril resultou em uma pior relação estéril/minério e menor produção de minério de ferro”, informou a companhia.

No Sistema Norte foram produzidos 49,6 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 27,1% contra o segundo trimestre e queda de 6,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Desse total, 30,6 milhões de toneladas foram produzidas em Serra Norte e Serra Leste e 18,9 milhões de toneladas em S11D.

O Sistema Sudeste somou 19,7 milhões de toneladas de minério no terceiro trimestre, alta de 0,9% ante o segundo trimestre e de 1% contra o terceiro trimestre de 2021. Já o Sistema Sul teve um avanço mais expressivo, totalizando 20,3 milhões de toneladas, superior em 31,3% contra o segundo trimestre e 25,9% ante o mesmo período do ano passado.

A Vale informou que a produção de pelotas foi ligeiramente menor na comparação com o trimestre anterior pela otimização do portfólio e das condições de mercado.”A Vale decidiu priorizar a produção de pelotas de redução direta das plantas de Omã”, explicou.

⇒ Níquel

A produção de níquel proveniente de minério de Sudbury aumentou em relação ao trimestre anterior, atingindo 12,2 mil toneladas, o maior nível de produção desde o primeiro trimestre de 2021. O aumento foi principalmente devido ao forte desempenho da refinaria de Copper Cliff, após manutenções programadas durante o segundo trimestre do ano.

A produção de níquel proveniente de minério de Thompson subiu 35% na mesma comparação, uma vez que o segundo trimestre foi impactado por manutenções programadas na refinaria de Long Harbour, informou a companhia.

“A produção de níquel proveniente de minério de Voiseys Bay foi 1,8 mil toneladas menor do que no trimestre anterior, à medida que prosseguimos no período de transição entre o depletion da mina de Ovoid e o ramp-up para a produção total do projeto subterrâneo de Voiseys Bay”, afirmou a empresa no comunicado.

Onça Puma permaneceu com bom desempenho, com aumento da produção de níquel em 8% contra o segundo trimestre. A manutenção anual do forno está programada para o quarto trimestre.

Já as vendas de níquel foram 12,7% maiores em relação ao segundo trimestre, porém menores do que a produção realizada há um ano, por conta de três fatores: a formação de estoques para atender compromissos de vendas durante as manutenções planejadas em Long Harbour e Matsusaka no próximo trimestre; problemas logísticos em Onça Puma, resultantes da baixa disponibilidade de navios contêineres em Vila do Conde durante o trimestre; e pelo congestionamento de navios nos portos do Reino Unido, impactando Clydach.

“As vendas de níquel deverão se reverter no quarto trimestre”, previu a companhia.

⇒ Cobre

A produção de cobre de Sossego foi 13,3 kt maior t/t, após a conclusão da manutenção prolongada no moinho SAG em junho. O desempenho ano contra ano foi negativamente impactado pela manutenção corretiva na planta em setembro, que continuará no 4T22.

A produção de cobre de Salobo aumentou 5,1 kt t/t, apesar das manutenções planejadas e corretivas adicionais realizadas no 3T22. Aderente ao nosso foco na confiabilidade da planta, as atividades de manutenção planejada continuarão no 4T22.

A produção de Cobre no Canadá foi em linha t/t, uma vez que a manutenção planejada nas minas e moinho de Sudbury no trimestre foi compensada por recuperação de cobre de estruturas contendo precipitados de cobre em Thompson, como parte da nossa abordagem alinhada à mineração sustentável; desempenho estável do moinho em Voisey’s Bay, após a manutenção planejada no 2T22; e maior produção de cobre a partir de feed de terceiros, consistente com o aumento do consumo de feed de terceiros.

As vendas de cobre foram superiores t/t, em linha com uma maior produção.

 ⇒  A Vale pretende divulgar os resultados do 3T22 no dia 27 de outubro

VISÃO DO MERCADO

Citi 

A produção de minério de ferro da Vale no terceiro trimestre veio dentro do esperado em 90 milhões de toneladas, diz o Citi. O banco diz que o destaque foi a unidade de metais básicos, com níquel superando estimativas em 20,9%, a 52 mil toneladas, e cobre em 2,77%, a 74 mil toneladas.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott escrevem que a melhora em metais básicos se dá com o fim de manutenções no segundo trimestre e com recuperação na produção em Salobo e Sossego.

As vendas de minério de ferro em 78 milhões de toneladas vieram um pouco abaixo da estimativa de 79 milhões de toneladas. Eles destacam que a produção no Sistema Norte foi relativamente fraca em 50 milhões de toneladas.

“Sobre a diferença habitual de produção e vendas no minério, a empresa notou que isso pode mudar dependendo das condições de mercado, o que pode ser encarado como sinal de disciplina na produção, mas é difícil que mude a não ser que a demanda colapse”, dizem.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 20,4% sobre o fechamento de ontem.

Goldman Sachs

A produção de minério de ferro da Vale no terceiro trimestre em 90 milhões de toneladas foi marginalmente acima da expectativa do mercado, diz o Goldman Sachs. O banco acredita que o desempenho coloca a mineradora no caminho de alcançar a parte de baixo da sua meta no ano.

Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques escrevem que as vendas de minério ficaram 12 milhões de toneladas abaixo da produção, com aumento de estoques transitórios, e não acreditam que esse número será totalmente revertido no quarto trimestre.

Em metais básicos, eles destacam que a produção de níquel foi 20% acima das estimativa, com recuperação de força operacional no Canadá e na Indonésia, enquanto a produção de cobre veio em linha com o esperado após um segundo trimestre muito fraco.

O banco calcula que a Vale deve registrar um Ebitda de US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre, com os volumes sendo mitigados por menores preços do minério no periodo. Menor custo de frete deve impactar positivamente a empresa.

“Vemos pouco potencial para dividendos extraordinários e recompra por conta da queda contínua nos lucro, provisões adicionais em potencial da Samarco e dívida líquida perto do topo da meta”, comentam.

Goldman Sachs tem recomendação neutra com preço-alvo em US$ 13 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), valor 2,11% menor que o fechamento de ontem.

XP

Os resultados operacionais da Vale no terceiro trimestre vieram em linha com as expectativas, mostrando um possível ponto de virada importante para a unidade de metais básicos, diz a XP.

Os analistas Andre Vidal e Helena Kelm escrevem que a produção de minério de ferro em 89,7 milhões de toneladas refletem a estação seca no Sistema Norte e maiores compras de minério de terceiros no Sistema Sul.

“No entanto, as vendas de finos e pelotas de minério de ferro ficaram abaixo da produção, refletindo os estoques transitórios em toda a cadeia de suprimentos”, comentam.

A gestora destaca o desempenho geral da unidade de metais básicos, refletindo o retorno à operação das refinarias após a parada para manutenção. Os números são importantes e bom sinal para o evento de monetização futura do negócio.

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 97,10…

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