A Sinqia, principal provedora de tecnologia para o mercado financeiro, registrou lucro líquido atribuído aos acionistas foi de R$ 2,7 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 8,6% em relação ao 3T21.
O resultado é explicado pelas variações das seguintes linhas: melhora de R$ 24,2 milhões no EBITDA; piora de R$ 14,8 milhões na linha de Depreciação e Amortização; piora de R$ 8,4 milhões no resultado financeiro; piora de R$ 0,2 milhão no imposto de renda e contribuição social; e aumento de R$ 1,1 milhão na participação de não controladores, relacionado à parcela dos resultados da FEPWeb, QuiteJá e LOTE45, detidas por outros sócios.
A receita líquida registrou recorde de R$ 159,5 milhões no trimestre, alta de 73,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento de 87,7% de Software, que somou R$ 134,8 milhões no trimestre, combinado com o aumento de 22,0% de Serviços, que somou R$ 24,7 milhões no período.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado atingiu recorde de R$ 40,8 milhões no trimestre, alta de 145,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultando numa Margem Ebitda ajustada de 25,6%, 7,5p.p. superior ao registrado no 3T21.
“O desempenho é explicado, principalmente, pela consolidação dos resultados provenientes das aquisições realizadas nos últimos trimestres e pelos ganhos de escala obtidos no período”.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 8,7 milhões. As receitas financeiras atingiram R$ 6,9 milhões, com ligeira alta de 0,3% em relação ao 3T21, principalmente devido ao aumento da taxa de juros no período.
O lucro bruto no 3T22 foi recorde de R$ 68,6 milhões, 95,0% superior ao mesmo trimestre do ano anterior.
A margem bruta encerrou o trimestre em 43,0%, aumento de 4,8p.p. em relação ao 3T21, “refletindo, principalmente, a consolidação dos resultados provenientes das últimas aquisições, que possuem margens superiores à média orgânica da Companhia”, explica a Sinqia.
As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 15,6 milhões, 116,5% superiores ao mesmo período do ano anterior, refletindo principalmente o aumento da dívida bruta provocada pela emissão de debêntures e pela variação da taxa de juros no período.
As despesas comerciais, gerais e administrativas totalizaram R$ 31,5 milhões no 3T22, aumento de 57,6% sobre o mesmo período do ano anterior, e incluem a consolidação de despesas inorgânicas provenientes das últimas aquisições, no montante de R$ 8,9 milhões.
Os custos totalizaram R$ 90,9 milhões no trimestre, 59,9% superiores aos observados no 3T21, sendo R$ 22,8 milhões inorgânicos, provenientes da consolidação dos resultados das últimas aquisições. Excluindo esse efeito, essa linha teria crescido 19,8%, refletindo principalmente o reforço do quadro de colaboradores no período para suportar o crescimento da operação.
O ARR de Software alcançou o valor bruto recorde de R$ 502,5 milhões, 75,1% superior ao reportado no 3T21, resultado da adição orgânica de R$ 63,5 milhões, e inorgânica de R$ 152,0 milhões, referentes à consolidação das carteiras de contratos da QuiteJá, NewCon, LOTE45 e Mercer Seguridade.
A Companhia encerrou o trimestre com 724 clientes no portfólio, incremento de 231 clientes em relação ao final de setembro de 2021, resultado da adição de clientes provenientes das últimas aquisições e de novas vendas. No 3T22, o maior cliente contribuiu com 2,1% da receita líquida, queda de 1,4p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a diluição da carteira com a entrada de novos clientes.
A companhia encerrou o período com dívida líquida de R$ 248,7 milhões, R$ 21,7 milhões abaixo dos R$ 270,4 milhões registrados no final do 2T22. A dívida líquida ajustada, considerando os ajustes do caixa bruto, totalizou R$ 212,8 milhões ao final do trimestre, representando um endividamento de 1,3x EBITDA ajustado anualizado do 3T22.
Os resultados da Sinqia (BOV:SQIA3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 10/11/2022. Confira o Press release na íntegra!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Infomoney