O contrato futuro do ouro recuou nesta quarta-feira, 28, com dólar operando em alta, assim como os rendimentos dos Treasuries na ponta longa. Para analistas, a flutuação representa um momento “cada vez mais fraco” para o metal, em um cenário econômico desfavorável.
O ouro para fevereiro fechou em baixa de 0,4%, em US$ 1815,8 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Nesta quarta-feira, o mercado apresentou volatilidade frente ao cenário econômico do final do ano, com uma reviravolta na cotação das bolsas de Nova York e forte movimentação do índice DYX, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas globais.
O metal precioso se encaminha para fechar 2022 com o recorde de baixa por dois anos seguidos pela primeira vez desde 2015. Segundo analistas entrevistados pelo The Wall Street Journal, a postura hawkish do Fed no combate à inflação e a alta do dólar prejudicaram o ouro, mas o cenário deve mudar em 2023 após retração do dólar e dos retornos sobre os Treasuries.
“O ouro está sendo negociado em torno de US$ 1.800, e quer seja um reflexo dos traders que não compram a determinação hawkish do Fed ou dos touros que não estão dispostos a desistir do rali de recuperação, ele continua lá, embora com um ímpeto cada vez mais fraco. Poderíamos ver uma correção no início do ano novo na ausência de uma mudança dovish no comentário do Fed ou alguns dados econômicos favoráveis.”, projeta o economista da Oanda Craig Erlam.
Informações Estado