O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, indicou que está disposto a testemunhar em uma audiência no Senado dos Estados Unidos sobre o colapso da exchange de criptomoedas FTX.

Bankman-Fried perdeu o prazo para responder a um pedido do Comitê Bancário do Senado para comparecer e testemunhar durante uma audiência focada na falência da FTX no início desta semana. Enquanto a possibilidade de uma intimação do Congresso estava sobre a mesa, o ex-CEO sitiado se ofereceu em uma série de tweets publicados em 9 de dezembro.

1) I still do not have access to much of my data — professional or personal. So there is a limit to what I will be able to say, and I won’t be as helpful as I’d like.

But as the committee still thinks it would be useful, I am willing to testify on the 13th. https://t.co/KR34BsNaG1

— SBF (@SBF_FTX) December 9, 2022

Bankman-Fried estava respondendo a uma sequência de tweets da congressista Maxine Waters, presidente do Comitê de Serviços Financeiros, que afirmou que suas entrevistas recentes com várias casas de mídia forneceram evidências de que ele tinha informações ‘suficientes para testemunhar’.

Destacando o fato de que o FTX afetou mais de um milhão de pessoas, Waters implorou a Bankman-Fried que testemunhasse, visto que seu conhecimento seria ‘significativo’ para os membros do congresso e ‘crítico’ para o povo americano.

A resposta tardia de Bankman-Fried no Twitter veio quatro dias após o pedido de Waters. O ex-chefe da FTX e da Alameda Research disse que sua capacidade de fornecer respostas seria limitada, citando a falta de acesso a dados profissionais e pessoais.

Ele acrescentou que procuraria fornecer informações e insights sobre a solvência da FTX US e clientes americanos, possíveis caminhos para ‘retornar valor aos usuários internacionalmente’, o que levou ao colapso da exchange e suas ‘próprias falhas’.

Bankman-Fried e os principais meios de comunicação receberam críticas da comunidade mais ampla de criptomoedas por uma inclinação percebida apresentando o ex-CEO como uma vítima no desastre.

Bankman-Fried tentou amenizar os usuários no Twitter, destacando as deficiências em sua administração do negócio extinto, que deixou os investidores sem dinheiro e sem respostas:

“Eu me considerava um CEO modelo que não se tornaria preguiçoso ou desconectado. O que o tornou muito mais destrutivo quando o fiz.

Bankman-Fried disse esperar que as pessoas aprendam com a diferença entre “quem eu era e quem eu poderia ter sido”, no que parece ser um esforço para atrair mais simpatia à medida que a pressão do governo dos EUA começa a aumentar.

Por Gareth Jenkinson