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Americanas: principais bancos credores concordam em rolar a dívida da companhia

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O agora ex-CEO da Americanas Sergio Rial pediu apoio aos bancos credores da companhia para lidar com o rombo contábil de R$ 20 bilhões identificados no balanço da varejista no terceiro trimestre de 2022.

“Temos que buscar uma solução estruturada junto aos acionistas de referência [3G Capital] e peço paciência. Espero que os bancos tenham uma postura de equilíbrio para encontrarmos um caminho que funcione para todos”, dissebdm online Rial, em vídeo enviado a investidores da Americanas.

O apelo tem a ver com possíveis antecipações nas cobranças de empréstimos por quebra de contrato em função das mudança que deverão ocorrer na estrutura de capital da companhia. No entanto, segundo apuração do jornal “Valor Econômico“, os principais bancos credores da varejista sinalizaram que deverão rolar as dívidas da empresa.

O executivo destacou em call com agentes de mercado que a empresa não tem dívidas relevantes vencendo no curto prazo, sendo as principais iniciando em 2025. Além disso, grande parte não está sujeita a covenant (compromissos que devedor assume para obter condições melhores de financiamento), mas, mesmo assim, a ideia do executivo é de que a Americanas negocie com os bancos.

Rial lembrou que a Americanas possui um endividamento em torno de R$ 19 bilhões e que o valor tende a aumentar diante da nova configuração do balanço. “A republicação dos balanços deve ter impacto na conta ‘resultado’ e haverá redutores na estrutura de capital, mexendo no patrimônio líquido”, explicou.

Atualmente a varejista possui patrimônio líquido de R$ 16 bilhões, mas o valor está “inflado” por conta do problema contábil e este item do balanço deverá ser o mais afetado na remontagem da peça, com a alavancagem da companhia podendo sair de um nível considerado “saudável”.

No entanto, Sergio Rial reforçou que a cifra de R$ 20 bilhões é preliminar e que a prática que gerou o problema, as operações de risco sacado, não surgiram da noite para o dia “não estamos falando de algo de menos de três ou quatro anos”.

Rial também fez questão de destacar mais uma vez que os R$ 20 bilhões de inconsistência não estão fora do balanço. “Os pagamentos foram feitos e os impostos foram pagos. Porém é necessário recatalogar essas despesas dentro do balanço”.

A operação de risco sacado significa que a Americanas utilizou bancos para pagar seus fornecedores. Mas, diferentemente de uma operação direta entre varejista e fornecedor, a participação do banco incide a cobrança de juros que não estava sendo reportada de maneira correta no balanço.

“Não foi registrado de forma apropriada e, do ponto de vista técnico, é melhor lançar na conta fornecedor do que colocar como dívida bancária, mas isso vai precisar ser recatalogado”, avaliou o ex-CEO.

  • Bancos credores concordam em rolar a dívida da companhia

O comando da Americanas já procurou seus principais bancos credores, que concordam em rolar a dívida da companhia, apurou o Valor.

“Não vamos quebrar a empresa”, afirmou ao jornal uma fonte graduada de uma grande instituição financeira. De acordo com ele, os acionistas de referência – fundadores da 3G – também já procuraram as instituições financeiras informalmente para assegurar que o aumento de capital será feito. Provavelmente será um “follow-on”.

O Valor também apurou que a situação é monitorada de perto pelo Banco Central e pela Febraban, que estão atentos aos riscos para o sistema. Ao rolar a dívida voluntariamente, os bancos evitam impacto na inadimplência e um efeito cascata no sistema, pois avaliam que a varejista não teria dinheiro para pagar todas as dívidas se fossem disparadas cláusulas de vencimento antecipado.

No entanto, a Americanas (BOV:AMER3) terá um rebaixamento significativo em seu rating nos bancos, não só pelo aumento da alavancagem que terá ao reconhecer os R$ 20 bilhões como dívida, mas pela perda de credibilidade. “Houve fraude”, diz a fonte.

Isso significa que a Americanas pagará mais caro para tomar dívidas daqui para frente.

Informações BDM

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