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Banco do Brasil (BBAS3): lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões no 4T22, aumento de 8,1%

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Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões no quarto trimestre, aumento de 8,1% frente ao terceiro trimestre e 52,4% em relação a igual período de 2021. No ano, o ganho foi de R$ 31,815 bilhões, alta de 51,3%.

O resultado é explicado, principalmente, pelos fatores de alta de margem financeira bruta (+9,7) e de outras receitas operacionais (+64,6%); elevação das despesas com PCLD ampliada (+44,7%); e crescimento das despesas administrativas (+6,1%) e das outras despesas operacionais (+13,3%).

“O resultado do Banco do Brasil foi alicerçado no crescimento responsável da carteira de crédito, com inadimplência controlada, no fortalecimento da geração e diversificação de receitas e na disciplina na gestão de custos, tudo isso somado a uma sólida estrutura de capital”, destacou a instituição em nota.

A carteira de crédito ampliada do banco atingiu R$ 1,004 trilhão no período, aumento de 14,8% em relação a um ano antes e de 3,7% na comparação trimestral.

A carteira ampliada PF cresceu 2,7% no trimestre e 9,0% em 12 meses, influenciada pelo desempenho do crédito consignado (+1,6% no trimestre e +7,8% em 12 meses), das operações com cartão de crédito (+4,9% no trimestre e +14,5% em 12 meses).

A carteira ampliada PJ registrou incremento trimestral de 1,1% e de 12,8% em 12 meses, com ênfase para os crescimentos de operações com recebíveis (+11,3% no trimestre e +20,4% em 12 meses) e de TVM privados e garantias (+4,6% no trimestre e +21,4% em 12 meses). Destaque para os desembolsos realizados na linha do Pronampe que, de julho a dezembro, totalizaram R$ 12 bilhões.

A Carteira Ampliada de Agronegócios se elevou em 8,3% no trimestre e 24,9% em 12 meses, com ênfase para as operações de custeio (+9,0% no trimestre e +46,5% em 12 meses), de investimento (+18,4% no trimestre e +54,6% em 12 meses) e crédito agroindustrial (+265,0% no trimestre e +109,1% em 12 meses).

As provisões para crédito de liquidação duvidosa (PDD) ampliadas tiveram alta de 44,7% frente ao terceiro trimestre e 72,4% na comparação com o quarto trimestre de 2021, totalizando R$ 6,534 bilhões.

O índice de cobertura, relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias, foi de 227,1%, superior à média observada no sistema financeiro nacional.

O patrimônio líquido do Banco do Brasil ficou em R$ 163,588 bilhões, alta de 12,9% em um ano.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 22,7%, contra 16,3% no fim de dezembro de 2021 e 21,5% no fim de setembro de 2021.

A margem financeira líquida do Banco do Brasil foi de R$ 14,917 bilhões no período, crescimento de 35,5% em bases anuais.

A margem financeira bruta totalizou R$ 21,451 bilhões no quarto trimestre, alta de 9,7% em comparação ao terceiro trimestre e 44,9% em 12 meses.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,4 bilhões no 4T22, redução de 1,0% na comparação com o trimestre anterior, impactadas principalmente pelo desempenho das linhas de administração de fundos (-7,4%), conta corrente (-1,8%) e de cartão de crédito/débito (-3,6%).

A PCLD Ampliada, composta pelos valores recuperados de perdas e despesas de risco de crédito, além de descontos concedidos e perdas por imparidade, totalizou R$ 6,5 bilhões no 4T22, aumento de 44,7% na comparação trimestral e de 72,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O índice de inadimplência encerrou dezembro em 2,51%, ante 2,34% em setembro e 1,75% em no fim de 2021. O BB disse que esse movimento atrasos é justificado pelo aumento no saldo das operações em atraso da carteira PF, influenciado pelo cenário macro e pela estratégia de crescer em linhas de maiores risco e retorno.

As despesas administrativas totalizaram R$ 8,9 bilhões no 4T22, 6,1% superior em relação ao trimestre anterior, reflexo dos aumentos de 10,3% em Outras Despesas Administrativas e de 3,8% em Despesas de Pessoal.

O Índice de Basileia foi de 16,65% em dezembro de 2022. O índice de capital nível I atingiu 14,74%, sendo 12,01% de capital principal (ICP).O ICP apresentou crescimento de 24 bps no trimestre, explicado principalmente pela incorporação ao patrimônio líquido (PL) do lucro líquido contábil, descontado dos dividendos a pagar, referente ao 4T22 (+59 bps), efeito parcialmente compensado pelo incremento de R$ 33,5 bilhões no RWA (-39 bps).

Banco provisionou R$ 788 milhões para Americanas

“O risco de crédito do 4T22 foi impactado pela contabilização de evento subsequente que gerou a constituição de provisão para empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023″, disse o texto que acompanha o balanço, sem citar diretamente o caso Americanas.

Assim, o BB informa ter provisionado R$ 788 milhões para o caso, correspondente a 50% da exposição ao ativo.

“Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações”, diz o texto que acompanha o balanço.

Em caso de agravamento do risco, o BB informa que o impacto em provisão já está devidamente contemplado nas projeções corporativas de 2023.

Desconsiderando o evento subsequente, o lucro líquido ajustado seria de R$ 9,4 bilhões no trimestre, equivalente a um RSPL anualizado de 23,4%.

Caso o banco decidisse provisionar 100% da exposição, o lucro líquido ajustado no trimestre seria de R$ 8,6 bilhões, com um RSPL anualizado de 21,8%.

No ano de 2022 como um todo, o resultado ajustado do Banco do Brasil alcançou R$ 31,8 bilhões, crescimento de 51,3% na comparação com 2022. O RSPL foi de 21,1%.

Sem o provisionamento de Americanas, o lucro líquido ajustado de 2022 seria de R$ 32,2 bilhões. Se o banco optasse por ter feito 100% de provisão para o caso, em uma simulação, o lucro líquido ajustado teria sido de R$ 31,4 bilhões no ano.

Projeções para 2023

Junto aos resultados do 4T22, o Banco do Brasil também publicou o seu guidance para 2023. O lucro líquido ajustado previsto para o ano será entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. Já a margem financeira bruta deve avançar entre 17% a 21%.

Ainda segundo o guidance do Banco do Brasil, a carteira de crédito deve crescer entre 8% a 12% — com uma variação de 7% a 11% para pessoas físicas e jurídicas, e de 11% a 15% para o agronegócio.

A receita de serviços do Banco do Brasil, segundo a projeção para 2023, é de alta de 7% a 11%. Já a despesa com provisão para crédito ampliada será entre R$ 19 bilhões e R$ 23 bilhões.

Banco do Brasil aprova a distribuição de R$ 671,995 milhões em dividendos

O Banco do Brasil informou que foi aprovado no último dia 9 de fevereiro a distribuição de R$ 671.995.087,13 a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1.636.622.703,42 sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao quarto trimestre de 2022.

O valor por ação dos dividendos é de R$ 0,23549139130. O valor atualizado até 13 de fevereiro de 2023 é de R$ 0,23922741843.

Os resultados do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 13/02/2023. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

O provisionamento relacionado à dívida da Americanas pode até ter impactado o lucro do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2022, mas não impediu que o BB tivesse um resultado considerado robusto e positivo. Além disso, executivos do banco acreditam que os recursos provisionados vão ser recuperados.

Na noite de ontem, sem citar diretamente o nome da varejista, o o BB informou ter provisionado R$ 788 milhões para o caso. O valor corresponde à metade da dívida que a Americanas tem com o banco, de R$ 1,3 bilhão.

“A provisão é técnica, baseada em nossos modelos e requer acompanhamento do caso daqui pra frente”, afirmou Felipe Prince, vice-presidente de controles internos, na teleconferência com analistas sobre os resultados da companhia.

O Banco do Brasil adotou uma postura diferente de outros “bancões” em relação à divida da varejista em recuperação judicial. Itaú e Bradesco optaram por provisionar 100% de suas exposições já no balanço do quarto trimestre de 2022.

“Com o tempo, colocamos novas variáveis nesse modelo que vão dizer se a provisão é suficiente ou se vamos ter de elevá-la”, explicou Prince. Contudo, ele afirmou estar certo de que o banco será capaz de recuperar ao menos uma parte do crédito.

Nova CEO destacou governança do banco

A teleconferência sobre os números do quarto trimestre foi a primeira de Tarciana Medeiros como CEO do Banco do Brasil. Ao ser questionada sobre o risco de intervenção do governo, maior acionista do BB, na gestão do banco, a executiva destacou a governança da instituição.

“Nós somos um banco que conta com uma governança corporativa forte e em evolução. Somos uma S.A. com estatuto próprio, mais abrangente até que a nossa legislação vigente”, disse Tarciana.

“Nosso sistema é colegiado e temos 1 milhão de acionistas. No que diz respeito de proteção em relação a interferências [do governo], estamos bastante confortáveis”, afirmou.

A executiva também deu a entender que dará continuidade à estratégia da gestão passada. “Nossos antecessores trouxeram a empresa até aqui com muita competência”, reconheceu. E disse que a nova equipe tem o papel “de assumir um legado e evoluir ainda mais”, para deixar o banco pronto para mudanças no sistema financeiro.

Ela explicou que o BB vai trabalhar na evolução de modelos analíticos de conhecimento do cliente e também na simplificação de oferta de produtos e serviços.

“Simplificando a gente expande”, disse ela. “A aceleração da transformação digital é um dos pilares pra construir um banco para cada cliente”, complementou a CEO.

Crescimento do ROE esbarra em juros
No quarto trimestre, o retorno sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês) do Banco do Brasil chegou a 23%. Assim, o BB apresentou a maior rentabilidade da temporada entre os bancões.

Contudo, Ricardo Forni, vice-presidente de gestão financeira do banco, explica que o crescimento do ROE esbarra na redução da taxa básica de juros.

“Um pedaço do retorno sobre patrimônio está atrelado à Selic. Olhar no contexto de que a perspectiva é de redução de juros a partir do segundo semestre deste ano, vai afetar [o ROE] pra 2024, 2025”, admitiu.

“Mas é um jogo de estratégia, de posicionamento de balanço, de originação de crédito”.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI, que classificou os resultados como impressionantes, destacou que a Margem Financeira Bruta apresentou outra sólida expansão, pois os ganhos relacionados ao mercado continuaram se beneficiando do crescimento dos títulos de renda fixa, enquanto a margem com clientes se beneficiou da expansão da carteira e do aumento das taxas de juros.

Os analistas ponderam ser importante ressaltar que as despesas com provisões ficaram acima da estimativa, refletindo provisões adicionais de 50% relacionadas ao “caso corporativo específico de grande porte” (Americanas), enquanto os analistas destacam que a inadimplência sofreu outra deterioração entre as pessoas físicas. “Além disso, as receitas com tarifas decepcionaram, devido à gestão de ativos, contas correntes e cartões de crédito/débito, enquanto as despesas ficaram amplamente em linha com as estimativas”, complementam.

Por outro lado, destaca-se também um impacto positivo significativo em outras receitas/despesas, refletindo os maiores incentivos de cartão e reversão de provisões.

Para o BBI, o Banco do Brasil divulgou uma orientação geral agressiva para 2023 – ainda que, de fato, reconheça o excelente ano, impulsionado por seu correto posicionamento para se beneficiar de taxas de juros mais altas e menor exposição a segmentos de maior risco. “No entanto, a preocupação é o quão sustentável será o atual nível de ROE, se assumirmos que 2023 provavelmente será um ano desafiador para o setor bancário”, ponderam.

Bradesco BBI tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 57,00…

Credit Suisse

Para o Credit Suisse, o Banco do Brasil havia entrado no radar de muitos investidores e a expectativa para o resultado estava alta sendo que, passado o resultado, parece claro que houve uma superação das expectativas tanto no 4º trimestre quanto no guidance (projeções).

O ROE de 22,5% no trimestre superou as estimativas do consenso em 11,5% e as do Credit em 2,5%, incluindo a provisão de 50% para o caso Americanas. O número acima do esperado pode ser justificado principalmente por uma margem financeira líquida (NII) com maiores spreads, bem acima das expectativas, entregando um crescimento no ano de 23,8% na base anual, cerca de 280 pontos-base acima do guidance.

O banco suíço também ressalta que a instituição financeira estatal entregou uma qualidade de ativos em um ótimo patamar com “NPL formation” (a variação do saldo de créditos em atraso) caindo 19 pontos-base caindo na base trimestral e indicando sinais positivos de normalização de inadimplência, enquanto o cartão de crédito também mostrou um bom avanço.

O Credit Suisse aponta que o lucro líquido de R$ 35 bilhões para 2023 (considerando o ponto médio do guidance) indica um ROE de 20,5%, avanço de 10% na base anual e reflete um número cerca de 7,8% acima do consenso do Bloomberg.

“Acreditamos que BBAS deve continuar a sustentar o forte earnings momentum dentro de um cenário de juros ‘ mais alto por mais tempo’ . A disparidade entre os resultados dos bancos parece clara, com Itaú e BB se destacando na ponta positiva. Continuamos a enxergar um valuation muito descontado com um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 3,3 vezes no meio do guidance, cerca de 45% de desconto para o histórico de 10 anos de 6 vezes”, destaca o banco suíço.

Goldman Sachs 

Para o Goldman Sachs, os lucros do BB foram beneficiados por uma forte receita líquida de juros, enquanto a qualidade dos ativos permanece a melhor da categoria. Além disso, a orientação da empresa indica lucro líquido R$ 33,0-37,0 bilhões em 2023, acima das projeções do mercado.

Goldman Sachs mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 48,00.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Suno

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