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Carrefour (CRFB3): lucro líquido ajustado de R$ 550 milhões no 4T22, queda de 28,2%

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O Grupo Carrefour Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 550 milhões no quarto trimestre de 2022, montante 28,2% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia.

Segundo o varejista, o lucro foi pressionado pelos custos das conversões de lojas adquiridas do BIG e das maiores despesas financeiras, enquanto as vendas líquidas avançaram 36,3%.

Para o diretor financeiro da companhia, David Murciano, a queda dessa última linha do balanço é natural se considerada a dívida da empresa e o patamar de juros do País. A companhia trabalha com o cenário de que a taxa de juros brasileira permaneça em dois dígitos em 2023.

“A queda (do lucro) vem do custo da dívida. O nível de alavancagem, na verdade, melhorou”, disse Murciano. Ele explica que, como o modelo de negócios de atacarejo gera caixa para a companhia, o endividamento deve progressivamente diminuir. Além disso, o executivo cita sinergias com o BIG, empresa adquirida pela rede, e o braço de ativos imobiliários da companhia, que também deve trazer recursos novos e, consequentemente, reduzir proporcionalmente o endividamento do grupo.

Para além disso, Murciano diz que há negociações com bancos para melhorar o custo das dívidas, apesar dos outros movimentos serem mais significativos. “O mais lógico é baixar a alavancagem pela geração de caixa. O ambiente de negociação (com instituições financeiras) ficou um pouco mais difícil, mas o Carrefour tem boa entrada nos bancos”, afirmou.

A receita líquida no último trimestre foi de R$ 29,85 bilhões, alta de 36,5%.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 1,972 bilhão no 4T22, um crescimento de 12,4% em relação ao 4T21, ligeiramente acima dos R$ 1,9 bilhão projetados pelo consenso Refinitiv. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada atingiu 7% entre outubro e dezembro, baixa de 1,5 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 6,133 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 43,4% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 21,7% no 4T22, alta de 1,1 p.p. frente a margem do 4T21.

As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram somaram R$ 4,152 bilhões no 4T22, um crescimento de 64,9% em relação ao mesmo período de 2021, refletindo o aumento esperado nas despesas relacionadas à integração do Grupo BIG e aceleração das conversões de lojas.

O faturamento do Banco Carrefour totalizou R$ 14,5 bilhões no último trimestre de 2022, com alta de 9,1% ante o mesmo período de 2021. Murciano destacou melhoras na inadimplência das carteiras do banco. “Após um terceiro trimestre mais volátil, ajustamos algumas alavancas de concessão de crédito que foram liberadas no período, levando o índice Over 30 (atrasos acima de 30 dias) a uma melhora de 0,7 p.p., na comparação com o trimestre anterior, ficando em 17,5%. Over 90 (atrasos acima de 90 dias) também melhorou 0,6 p.p. para 13,3%”, escreveu a companhia.

As vendas brutas no modelo de atacarejo atingiram R$ 20,7 bilhões, alta de 23,9%, frente ao mesmo período de 2021. O desempenho do Carrefour foi impulsionado por vendas em mesmas lojas (conceito que considera apenas estabelecimentos abertos há um ano) de 10,0%. Outros 4,6% de crescimento vieram da expansão orgânica do Atacadão e mais 9,3% das conversões de lojas da bandeira Maxxi em Atacadão e lojas Maxxi que seguem com mesma marca.

“Vimos os volumes melhorando gradativamente de forma sequencial no Atacadão, impulsionados pela sazonalidade do trimestre (Black Friday, Copa do Mundo e Festas de fim de ano). Como a inflação voltou a crescer no período, também vimos um efeito ligeiramente positivo dos clientes B2B (pessoa jurídica)”, diz a companhia no release de resultados.

Murciano destacou que o atacarejo manteve margem bruta e Ebitda (excluído o Grupo Big) “praticamente estáveis” em 15,3% e 7,8%, com ligeiras quedas de 0,2 ponto porcentual e 0,1 p.p, respectivamente. A margem Ebitda dessa divisão de negócios com o Grupo Big na conta caiu 1,6 p.p., ficando em 6,3%

As vendas brutas do varejo totalizaram R$ 9,1 bilhões, com alta de 49,8% na comparação anual, sendo R$ 6,7 bilhões no Carrefour e R$ 2,4 bilhões no BIG. O desempenho no 4T22 foi impulsionado pelo crescimento em mesmas lojas (excluindo gasolina) de 14,4% no Carrefour.

As despesas com vendas, gerais e administrativas foram de R$ 1,8 bilhão, alta de 81,3%, e representaram 22,3% das vendas líquidas. Esse foi o reflexo do impacto das conversões de lojas.

O volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) total ultrapassou R$ 2,0 bilhões no trimestre, mais de 2 vezes em relação ao 4T21, impulsionado pela duplicação do segmento de alimentos e pela aquisição do Grupo BIG.

O custo líquido da dívida (incluindo recebíveis descontados) totalizou R$ 481 milhões no 4T22, R$ 313 milhões acima do ano anterior, mas praticamente em linha no trimestre, devido ao aumento do nível de endividamento da empresa e maiores taxas de juros no Brasil. O resultado financeiro líquido piorou quase 200% no quarto trimestre na base anual, para perda de R$ 790 milhões.

As conversões de lojas adquiridas do Grupo Big para os formatos do Carrefour, pressionam as margens do Carrefour, mas Murciano se diz satisfeito com o ritmo de conversões e com a saúde financeira da empresa. Se o Grupo Big fosse excluído da conta, a margem Ebitda teria sido de 8,9%, no resultado consolidado, ela foi de 7%.

“No trimestre convertemos 34 lojas do Atacadão (21 do Maxxi e 13 do BIG Hipermercado), 17 lojas do Hipermercado Carrefour (convertida do BIG Hipermercado) e 1 loja Sams Club (convertida do BIG Hipermercado). Encerramos o ano com 48% do total de lojas a serem convertidas já abertas”, dia a companhia em seu release de resultados. Murciano acrescenta que o ritmo acelerado de conversões deve ser mantido neste primeiro semestre de 2023.

O Capex total foi impulsionado pelo capex de expansão que foi de R$ 1,4 bilhão no 4T22, R$ 691 milhões acima do 4T22, principalmente pela expansão da conversão de lojas do Grupo BIG (R$ 829 milhões no 4T22) em linha com o plano acelerado. O efeito negativo no direito de uso de arrendamento está basicamente relacionado à integração da aquisição do Grupo BIG e alinhamento de sistemas e critérios.

A dívida líquida atingiu R$ 3,7 bilhões ou R$ 8,0 bilhões incluindo aluguéis e desconto de recebíveis, +R$ 4,2 bilhões a/a e +R$ 5,6 bilhões a/a, respectivamente. A dívida líquida sobre EBITDA Ajustado (incluindo recebíveis) caiu para 1,21x (2,26x no 3T 22), explicada principalmente pela sazonalidade observada no capital de giro líquido no 4T.

⇒ Empréstimos 

Os empréstimos líquidos de derivativos para cobertura totalizaram R$ 15,3 bilhões em dezembro de 2022, R$ 8,5 bilhões acima de dezembro de 2021, explicado principalmente pela aquisição do Grupo BIG e efeito de timing em dezembro de 2021 (R$ 3,0 bilhões de linha de crédito rotativo com o Carrefour França estava previsto para dezembro do ano passado e foi renovado no início de 2022).

Os resultados do Carrefour (BOV:CRFB3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 13/02/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O Carrefour Brasil realizou sua teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2022 após, na véspera, ter tornado público os números do período. Como destaque, os executivos do grupo afirmaram que esperam terminar a conversão das lojas adquiridas do Grupo BIG até o terceiro trimestre deste ano, antes do prazo anterior, que previa meados de 2024.

As transformações das 124 lojas adquiridas foram apontadas, por alguns analistas, como destaque negativo do balanço.

O Carrefour trouxe no quarto trimestre um lucro de R$ 550 milhões, baixa de 28,2% na base anual. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por outro lado, cresceu 12,4%, para R$ 1,97 bilhão, mas a margem recuou 1,5 ponto percentual, para 7%, sendo que a receita avançou 36,3%, para R$ 28,1 bilhões.

“O Carrefour Brasil apresentou resultados fracos e poluídos, impactados pela consolidação do Grupo BIG e também por um efeito pontual no banco mais o reconhecimento de um benefício fiscal que reduziu a alíquota implícita”, comenta o JP Morgan. Por outro lado, o Bradesco BBI apontou que o Carrefour Brasil apresentou margens operacionais saudáveis, apesar do ônus de integração do BIG em despesas com vendas, gerais e administrativas.

Os próprios executivos do grupo definiram que as unidades adquiridas trazem junto de si um “legado desafiador”, mas afirmaram que estão onde planejavam.

“Do lado do Maxxi e dos hipermercados BIG, estamos mudando muitas coisas. Sistemas, sortimentos, posicionamento de preço. Não estamos investindo muito nessas lojas antes da conversão. É normal ter o impacto dessas lojas antes de finalizar todo o processo de conversão. Esperamos finalizar tudo durante o terceiro trimestre deste ano”, comentou o diretor executivo Stéphane Maquaire.

Os diretores explicam que as operações adquiridas tinham algumas diferenças operacionais na comparação como aquilo aplicado no Carrefour – no BIG, os custos logísticos e referentes à matriz, por exemplo, não apareciam em cada uma das unidades de negócio, mas sim no balanço fechado.

De qualquer forma, analistas também afirmam que o grupo de varejo alimentar está se saindo bem em suas conversões.

“O plano de conversão está indo bem no caminho”, dizem os analistas do Goldman Sachs. “O Carrefour encerrou 2022 com 59 lojas convertidas já totalmente abertas (contra 37 inicialmente estimadas pela empresa)”, explicam.

Foram, até então, 38 conversões para a bandeira Atacadão, com outras 32 unidades a caminho, 20 para lojas de varejo, com outras 27 em andamento, e uma para Sam’s Club, com outras seis previstas.

“Ficamos animados com o desempenho das lojas convertidas, que impactaram a rentabilidade da operação legada em no máximo 50 pontos-base (sem considerar efeitos não recorrentes ou lojas não convertidas)”, defende o Goldman. “Acreditamos que isso suporta nossa expectativa de que, uma vez que essas conversões tenham amadurecido e sinergias adicionais sejam extraídas, o Carrefour será capaz de fechar em grande parte a lacuna de rentabilidade da operação BIG adquirida”.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Carrefour Brasil trouxe números díspares no quarto trimestre de 2022, avalia o Bradesco BBI em relatório. O banco reitera a visão de que a varejista está bem posicionada em um horizonte de investimento de longo prazo, enquanto que, no curto prazo, o processo de fusão de negócios deve pesar sobre os resultados.

Os analistas Felipe Cassimiro e Renan Sartorio consideram que a combinação de diferentes formatos e marcas é uma vantagem competitiva importante que deve render frutos nos próximos dois a três anos.

Eles também veem o Carrefour Brasil negociando em um múltiplo atrativo de 9,1 vezes a relação preço/lucro esperada para 2024, considerando a “forte previsão” da taxa anual de crescimento do lucro por ação (EPS) de aproximadamente 24% entre 2024 e 2027.

Por outro lado, observam que, a curto prazo, o processo de integração de fusões e aquisições – como as lojas Big – continuará gerando pressão sobre os resultados. Além disso, consideram que as taxas de juros ainda devem pesar sobre os números da companhia.

Do lado negativo do quarto trimestre, eles ressaltam que as vendas ficaram aquém das expectativas para os negócios principais. Os analistas também apontam que a gestão do Carrefour Brasil destacou um cenário competitivo mais acirrado, que o banco imagina estar relacionado ao processo de conversão dos hipermercados Extra para atacarejo.

“Com relação aos pontos positivos, o Carrefour Brasil apresentou margens operacionais saudáveis, apesar do peso da integração do Big nas despesas gerais e administrativas”, afirmam.

Os analistas destacam ainda a contribuição do Banco Carrefour, que apresentou níveis de créditos não-performados (NPL) estáveis no quarto trimestre, acima das expectativas do Bradesco, que prevê um pico no indicador no primeiro trimestre de 2023.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 26,00…

Citi

O Citi destaca que os resultados do Carrefour Brasil no quarto trimestre vieram com números consolidados dentro das estimativas, impulsionado pelos seus negócios financeiros, mas o varejo alimentar veio fraco.

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo escrevem que os dados da empresa ainda são afetados com o processo de conversão das lojas do Grupo Big, com as vendas mesmas lojas do Atacadão subindo 10% no ano, abaixo do esperado.

No varejo alimentar, as vendas foram dentro do esperado, mas o resultado da unidade acabou sendo impactado por maiores despesas operacionais durante o quarto trimestre.

Os serviços financeiros foram a grande surpresa positiva, com melhores margens em meio a provisões menores que o previsto, em meio a queda na inadimplência maior que 30 dias.

Citi tem recomendação neutra com preço-alvo em R$ 18,50…

Goldman Sachs

O Carrefour Brasil reportou resultados do quarto trimestre de 2022 amplamente em linha com as expectativas tanto na área de vendas quanto no nível de Ebitda com destaque para lojas convertidas, diz Goldman Sachs.

Os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini escrevem terem ficado animados com o desempenho das lojas convertidas, com 48% já entregue, o que impactou a lucratividade da operação legada em não mais do que 0,50 ponto percentual, sem considerar efeitos não recorrentes ou lojas não convertidas.

“Acreditamos que isso corrobora nossa expectativa de que, uma vez que essas conversões tenham amadurecidos e sinergias adicionais sejam extraídas, o Carrefour Brasil poderá fechar em grande parte a lacuna de rentabilidade da operação Big adquirida.”

Para os analistas, dada a incerteza sobre as perspectivas para o varejo discricionário no país, o Carrefour Brasil fornece exposição a um perfil de demanda relativamente defensivo com potencial para revisões de estimativas para cima, uma vez que oferece conversões de loja e gradualmente relata resultados mais limpos.

Eles dizem ainda que a exposição do Carrefour Brasil ao formato de mercado multivarejo fornece uma proteção parcial contra os riscos de inflação de alimentos mais baixa, de um dígito, já que poderia se beneficiar de melhor desempenho em não alimentos e reconstruir a margem bruta.

Goldman Sachs mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 23,50…

Itaú BBA

O Carrefour Brasil reportou resultados neutros no quarto trimestre, com bons números de rentabilidade nas divisões atacarejo e varejo, mas o Grupo BIG apresentou resultados abaixo das expectativas, mostrando margem Ebitda negativa e contribuindo para nossa percepção de que o risco de execução decorrente de sua integração não é mais desprezível, diz o Itaú BBA, em relatório.

Eles destacam a dinâmica positiva em ambas as divisões de atacarejo e varejo, potencializada por vendas mesmas lojas saudáveis e margens Ebitda acima do esperado, excluindo BIG. Na divisão de banco, melhora da inadimplência nos segmentos antecipado e tardio e o índice de cobertura estável contribuíram para um Ebitda melhor do que o esperado, dizem eles.

Também houve deterioração trimestral da rentabilidade do BIG, escrevem os analistas, com margem Ebitda negativa. A empresa ainda está otimista sobre o desempenho da conversão e o reconhecimento da sinergia, mas esperamos que o momento de curto prazo continue desafiador.

Itaú BBA tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 27,00…

Santander

Apesar dos desempenhos diferentes entre as unidades de negócios do Carrefour no quarto trimestre, o Santander não vê tendência de cautela daqui em diante, como visto no terceiro trimestre de 2022, comenta o banco em relatório.

Os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo destacam que os números do quarto trimestre de 2022 do Carrefour ficaram em linha com as expectativas da casa no nível consolidado, com bons resultados em todas as divisões equilibradas pela integração das lojas Big.

Eles lembram que o lucro líquido caiu na comparação anual refletindo a aquisição do Big considerando a pressão de margem somada às maiores despesas financeiras. Enquanto isso, o crescimento do atacado no critério mesmas lojas permaneceu consistente, dentro do previsto pelo Santander.

“O varejo também apresentou uma forte melhoria de rentabilidade excluindo-se o Big, com um lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda) 5% acima dos nossos números, independentemente do crescimento de vendas abaixo do esperado”, afirmam.

O Carrefour Soluções Financeiras (CSF) foi uma surpresa positiva para o Santander, com Ebitda crescendo 23% ante o ano anterior e 22% acima das estimativas do banco.

“Destacamos os créditos não performados (NPLs, na sigla em inglês) do CSF, que contrariando nossas expectativas de estabilidade no trimestre, já apresentaram algumas melhorias marginais, que combinadas com um sólido aumento de faturamento bruto levaram a uma superação significativa em nossas estimativas de Ebitda”, afirmam.

Santander mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 20,00…

Safra

O Carrefour registrou vendas no quarto trimestre apenas 2% abaixo das estimativas do Banco Safra, avalia a instituição em relatório. Tanto as vendas de atacarejo quanto as de varejo cresceram dentro do previsto pelo banco, assim como o Ebitda. Enquanto isso, a margem Ebitda foi pressionada pelo desempenho e consolidação do Big.

Os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Gabriela Ferrante apontam o Banco Carrefour como um destaque positivo do trimestre, com faturamento de R$ 14,5 bilhões, alta de 9% em relação ao ano anterior e 3% acima das estimativas do Safra, com desempenho positivo dos cartões de crédito.

“Com relação à inadimplência, após um terceiro trimestre com fortes aumentos no índice ‘over 90D’ [acima de 90 dias], a política de crédito mais rígida da companhia suportou uma redução trimestral do indicador para 13,3% no quarto trimestre, saindo de 13,9% no trimestre imediatamente anterior”, comentam. Ainda assim, lembram que ainda se trata de um nível “bastante elevado” em relação aos 10,7% do quarto trimestre de 2021, considerando que a empresa concedeu mais crédito e o ambiente macro piorou.

Os analistas comentam também que ainda veem espaço para melhorias na diferença de margem do Big, à medida que as sinergias são capturadas. Além disso, destacam o plano acelerado de conversão de lojas, considerando que o Carrefour Brasil converteu 57 lojas em 2022, das 35 originalmente anunciadas, o que o banco considera positivo, pois as sinergias devem ser capturadas mais rapidamente do que o inicialmente esperado.

Os analistas acrescentam que veem as ações bastante valorizadas, negociando a um múltiplo de 9 vezes a relação preço sobre lucro esperada para 2024, contra um múltiplo de 10 vezes do Assaí, que é a principal escolha do Safra no setor. “Isso considerando especialmente a difícil tarefa do Carrefour de integrar e melhorar o desempenho das lojas Big”, avaliam.

Safra mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 20,50.

XP

Os resultados de quarto trimestre do Carrefour Brasil apresentaram desempenho operacional robusto, mas com rentabilidade pressionada por conta das despesas financeiras ainda elevadas, diz a XP.

Os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escrevem que o bom crescimento em vendas mesmas lojas sólido e melhores resultados de serviços financeiros não conseguiram mitigar totalmente esses impactos no lucro.

Eles afirmam que os números ainda sofrem pressão de rentabilidade das conversões e legados do Grupo Big e maiores despesas financeiras decorrentes da maior alavancagem e alta de juros.

Os números também foram ajudados por uma base de comparação mais tranquila com o quarto trimestre de 2021. O desempenho do varejo teve queda nos volumes, dada a inflação ainda elevada.

XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 19,00..

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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