A Petrobras informou que seu presidente Jean Paul Prates indicou 5 novos membros para a composição da Diretoria Executiva:
Diretoria Executiva de Comercialização e Logística: Claudio Schlosser;
Diretoria Executiva de Desenvolvimento da Produção: Carlos Travassos;
Diretoria Executiva de Exploração e Produção: Joelson Falcão;
Diretoria Executiva de Refino e Gás Natural: William França;
Diretoria Executiva de Transformação Digital e Inovação: Carlos Augusto Barreto.
A petroleira (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) destacou que as indicações serão submetidas aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia, encaminhada para apreciação do Comitê de Pessoas e, em seguida, deliberação do Conselho de Administração.
Claudio Schlosser tem mais de 35 anos de experiência nas mais diversas áreas de processamento, comercialização e logística de petróleo e derivados.
Carlos Travassos atua há 37 anos no mercado, dos quais quatro anos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e 33 anos na Petrobras com passagens nas Diretorias de Exploração e Produção e de Desenvolvimento da Produção, com atuação no Brasil e no exterior.
Joelson Falcão Mendes ingressou na Petrobras em 1987 como Engenheiro de Equipamentos, tendo ocupado várias funções gerenciais nos últimos 31 anos.
William França da Silva iniciou a carreira na Petrobras como engenheiro de processamento, em 1988. Foi gerente executivo e diretor da Transpetro e da Transpetro Internacional.
Carlos Augusto Barreto é formado na PUC-RJ em Tecnologia da Informação, com cursos de extensão pela New York University (NYU). Líder de Transformação de Digital de Processos com mais de 25 anos de experiência no ambiente corporativo, atuou em grandes bancos americanos. Foi gerente de Projetos de TI de larga escala em companhias como IBM, Dun & Bradstreet.
VISÃO DO MERCADO
Ativa Investimentos
Para Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, a opção pela “prata da casa” reduz os temores de interferências políticas na estatal.
“Ainda que sigamos acreditando que mudanças relevantes acontecerão na companhia, a opção por escolhas técnicas possivelmente vai atenuar em parte o temor do mercado com a ocorrência de intervenções em maior escala na companhia durante o próximo ciclo. De maneira geral, a tecnicidade dos nomes sugere que as mudanças ocorrerão de forma mais gradual na empresa, o que consideramos positivo”, disse Arbetman.
Ele ressaltou que a única exceção ficou por conta do indicado à diretoria de Transformação Digital e Inovação, “mas que tem um bom histórico de atuação em empresas privadas”, afirmou.
BTG Pactual
O BTG Pactual vê as indicações de cinco novos diretores como positivas, uma vez que quatro deles são funcionários de carreira da companhial.
Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte escrevem que ainda falta a definição do diretor financeiro, que junto com o CEO e o diretor de comercialização e logística, define os aumentos e cortes nos preços dos combustíveis.
Eles notam que a companhia também pode criar uma nova diretoria específica para transição energética, mas que isso deve demorar mais, porque depende de mudanças no estatuto social da Petrobras.
“Ainda mantemos cautela, uma vez que a visibilidade na alocação de capital permanece baixa no curto prazo”, comentam. Se a nova diretoria focar em crescimento da empresa, os dividendos, principal ponto da tese da empresa, vão diminuir, pondera o banco.
BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 42,00…
Itaú BBA
O Itaú BBA ressalta que a nova gestão promoverá uma mudança completa na diretoria executiva. Entre os cargos executivos, os analistas do banco destacam as posições de Comercialização & Logística e CFO como as mais cruciais para temas relevantes como política de preços e alocação de capital.
“Vale ressaltar que quatro dos cinco nomes indicados na noite passada são funcionários de longa data na Petrobras e ocuparam cargos executivos de alto nível na empresa (principalmente focados em operações e implementação de projetos). O nome para o cargo de CFO e a possível criação de uma nova área de energias renováveis ainda estão por ser vistos”, avaliam os analistas.
Citi
Para o Citi, os riscos envolvendo a tese de investimento da Petrobras permanecem após a indicação de cinco diretores feita por Jean Paul Prates.
Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie reiteram que mudanças na estratégia de longo prazo da companhia e incertezas na alocação de capital futura são alguns dos pontos em questão pelo mercado.
“Uma das discussões mais importantes, em nossa visão, é a política de dividendos, que pode convergir para o mínimo obrigatório de 25%”, ponderam. Neste cenário, o rendimento sobre as ações seria de 9%, o que pode pressionar os papéis.
O Citi tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 73,9% sobre o fechamento de ontem.
Goldman Sachs
A maior parte dos primeiros nomes indicados pelo novo diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para compor a diretoria da companhia, são de executivos com experiência no setor e na própria empresa, diz o Goldman Sachs.
Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins escrevem, no entanto, que os riscos permanecem, uma vez que são os novos membros do conselho de administração, ainda não nomeados, os responsáveis pela estratégia da empresa.
Até isso acontecer, o banco mantém visão cautelosa sobre a empresa, mesmo com múltiplos atrativos, uma vez que incertezas sobre política de dividendos e de alocação de capital são parte importante da tese de investimento da Petrobras.
O Goldman Sachs tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 10,90 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), em linha com o fechamento de ontem.
Informações FinanceNews