ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

Petrobras vai reduzir preço médio do diesel vendido em suas refinarias em 8,8%

LinkedIn

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 7, que vai reduzir o preço médio do diesel A vendido em suas refinarias em 8,8% a partir da quarta-feira, 8. O diesel A da Petrobras passará de R$ 4,50 por litro para R$ 4,10, redução de R$ 0,40.

Este é o primeiro reajuste de preços de combustível da gestão de Jean Paul Prates na estatal. O movimento acontece em linha com a variação do preço de paridade de importação, em queda nas últimas semanas.

Em 3 de fevereiro, um dia antes de Prates assumir, a gestão anterior aumentou o preço médio da gasolina em 7,4%, levando-o de R$ 3,08 para R$ 3,31, incremento de R$ 0,23 por litro.

Considerada a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos de abastecimento, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa agora a uma média de R$ 3,69 por litro vendido na bomba.

A Petrobras informou em nota que essa redução tem como principal balizador a “busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional”. E vem para contemplar “as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária à otimização de ativos”.

A companhia informou ainda que na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural para o mercado brasileiro, busca “evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, e ao mesmo tempo preservar “um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.

VISÃO DO MERCADO

Morgan Stanley

O Morgan Stanley, a decisão foi precipitada. “Com uma nova equipe de gestão recém-nomeada, um rápido ajuste de preços para baixo pode ser visto como um termômetro para o nível de intervenção daqui para frente”, avaliam os analistas. O banco reforça que os cortes absolutos e percentuais estão entre os maiores implementados pela empresa, e semelhantes ao movimento anterior feito no início de dezembro de 2022.

Os analistas destacam a justificativa do movimento dos preços internacionais e que com base nos dados divulgados pela ANP ontem, calcula-se que o prêmio do diesel em 11,6%, que agora vai para um prêmio marginal de 1,7% considerando a queda do preço.

Porém, o Morgan aponta que a Petrobras sempre mencionou que não leva em consideração os movimentos de curto prazo na implementação de sua política de preços, para evitar que volatilidade desnecessária seja repassada aos consumidores.

Os estrategistas de câmbio do banco preveem uma ligeira desvalorização do real no segundo trimestre de 2023 (2T23), enquanto o estrategista de petróleo projeta que o barril de petróleo brent subirá cerca de 4% até o 1T23 e cerca de 10% até o 2T23, em relação aos níveis atuais.

“Tendo isso em mente, e o curtíssimo período de preços domésticos sendo superiores à paridade de importação, acreditamos que a decisão veio muito cedo e pode ser interpretada como um sinal de possível intervenção do novo governo”, afirma o banco americano.

Vale ressaltar ainda que, nesta terça-feira, a commodity opera em alta pela segunda sessão consecutiva, impulsionada pelo otimismo sobre a recuperação da demanda na China e preocupações com a escassez de oferta após o fechamento de um importante terminal de exportação após um terremoto na Turquia. O brent subia durante a tarde cerca de 3%, acima dos US$ 83 o barril. Enquanto isso, as ações PETR3 caíam 0,45% (R$ 28,72) e os papéis PN tinham perdas de 0,27% (R$ 25,71).

“(O ajuste anunciado nesta terça-feira) era mais ou menos esperado, considerando que havia aberto uma janela”, disse à Reuters o presidente executivo da Abicom, Sérgio Araujo, ponderando, no entanto, que há um viés de alta no mercado internacional. “Eu acho que a Petrobras poderia ter dado uma redução um pouco menor, considerando que nos próximos dias esse preço deve subir”, adicionou.

Já o analista de petróleo e derivados da StoneX, Pedro Shinzato, afirmou à agência que o corte do diesel da Petrobras foi em linha com as expectativas do mercado.

“A lógica de reajustes parciais, que parece ter sido adotada desde meados de 2022, é totalmente condizente com as condições de mercado, uma vez que temos volatilidade extremamente intensa nos preços internacionais de diesel desde março do ano passado”, disse Shinzato.

O repasse de ajustes da Petrobras nas refinarias aos clientes finais, nas bombas, não é imediato e depende de uma série de questões, como margens de distribuição e revenda, impostos e mistura de biocombustíveis.

Próximos cortes no radar

Para o Morgan Stanley, os cortes nos preços da gasolina podem vir a seguir, provavelmente no início de março.

“Não surpreendentemente, a Petrobras não anunciou uma redução nos preços da gasolina neste momento. Com os cortes de impostos federais estendidos até o final de fevereiro, acreditamos que a estratégia possa ser esperar até que os impostos sejam restabelecidos para anunciar um corte de preço na porta da refinaria, para compensar o impacto do preço na bomba”, avalia o banco.

O Morgan segue com recomendação equalweight (exposição em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para os ADRs (recibo de ações negociados na Bolsa dos EUA) PBR (equivalente aos ordinários), com preço-alvo de US$ 12,50 (potencial de valorização de 11,71% em relação ao fechamento da véspera).

Os analistas do banco esperam que o nível de ruído permaneça alto à medida que o novo governo começa a compartilhar sua visão e estratégia para as estatais. “Embora comentários e entrevistas recentes da equipe de transição do governo sobre questões de energia tenham trazido moderação na narrativa da intervenção, acreditamos que dividendos, capex e preços de combustível correm o risco de mudar, potencialmente para pior, o que nos deixa à margem por enquanto”, apontam.

Informações Broadcast

Deixe um comentário