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Índices americanos fecham em alta de olho no FED e dados de atividade

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As ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quinta-feira, conforme os papéis relacionados à tecnologia ampliaram alta recente, enquanto as ações de bancos regionais caíram depois que o governo de Joe Biden propôs medidas mais fortes para ajudar a reduzir o risco.

O setor de tecnologia do S&P 500 deu ao índice o maior impulso, enquanto o índice de semicondutores PHLX também subiu, ampliando os fortes ganhos de quarta-feira.

As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, estendendo os ganhos de mais de 1% da véspera, à medida que indicadores de inflação, atividade e emprego mostraram desaceleração, o que pode sugerir um Federal Reserve (Fed) menos agressivo em breve. Dirigentes do BC americano falaram hoje e também tomaram o foco dos investidores nos EUA.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,43%, a 32.859,030 pontos, o S&P 500 subiu 0,57%, a 4.050,83 pontos, e o Nasdaq avançou 0,73%, a 12.013,47 pontos.

Antes da abertura das bolsas, o Departamento do Comércio americano divulgou a última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2022, que mostrou alta de 2,6% em base anualizada, além do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que subiu 3,7% no mesmo período. Já os gastos com consumo avançaram 1,0%, abaixo da alta de 1,4% estimada anteriormente.

Além disso, os pedidos por auxílio-desemprego nos EUA subiram para 198 mil na semana passada e superaram a previsão de 195 mil de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

“Acreditamos que os problemas de ajuste sazonal que vinham pressionando os pedidos por auxílio-desemprego para baixo ao longo dos últimos meses estão agora começando a reverter”, avalia a equipe de economistas do Goldman Sachs liderada pelo economista-chefe Jan Hatzius, em nota a clientes.

Já os economistas Jay Brison e Shannon Seery, do Wells Fargo, destacam o fato de que a última leitura do PIB do quarto trimestre confirmou a desaceleração dos lucros corporativos nos EUA, tendência que deve se intensificar ao longo de 2023 diante da menor capacidade de repasse de custos a clientes.

Embora sem grande repercussão nas bolsas, investidores também acompanharam falas dos presidentes das distritais de Boston e Richmond do Fed, Susan Collins e Thomas Barkin. Ambos disseram que mais aperto monetário será necessário para trazer a inflação de volta à meta de 2% no médio prazo.

No entanto, tanto Collins quanto Barkin não descartaram a possibilidade de que a crise dos bancos regionais americanos diminua a concessão de crédito na economia real e pese sobre o crescimento, ajudando o BC no combate à alta inflação.

Diante dos dados e das falas dos dirigentes, a percepção de que o Fed pode adotar postura menos agressiva em breve impulsionou ações do setor de tecnologia, sensível à perspectiva para os juros. Com isso, o índice específico do setor no S&P 500 fechou com ganho forte de 1,14%, a 2.600,86 pontos.

*Com informações do Valor

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