A empresa de navegação Wilson Sons reportou um lucro líquido de R$ 112,6 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), avanço de 169% na comparação com igual período de 2021. Em 2022, o lucro acumulado foi de R$ 338,9 milhões, avanço anual de 51,5%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, avançou 32,2% nos últimos três meses de 2022 frente mesmo período de 2021, a R$ 250,7 milhões. O Ebitda acumulado em 2022 foi de R$ 939 milhões, alta de 9,3% frente o ano anterior, com resultados resilientes de rebocadores e logística, informou a companhia.
A receita líquida avançou 1,1% no trimestre, a R$ 584 milhões, e 6,2% no acumulado de 2022, a R$ 2,27 bilhões.
O aumento anual, segundo a companhia, refletiu principalmente (i) um mix de receita melhor na divisão de rebocadores; (ii) condições favoráveis de volume para o negócio de logística internacional (Allink); (iii) maior atividade operacional na unidade de bases de apoio offshore; e (iv) o aumento da receita de agência marítima. Em dólar, as receitas foram 11,0% acima de 2021.
“Apesar da queda de volume, a receita de terminais de contêiner cresceu ligeiramente ano contra ano com o aumento da receita de armazenagem”, apontou.
Com isso, a margem Ebitda da companhia subiu 10,1 pontos percentuais (p.p.) no trimestre, passando de 32,8% no 4T21 para 42,9% no 4T22. No ano, a margem subiu 1,1 ponto, para 41,3%.
No ano, o resultado de rebocadores cresceu 4,1%, com um aumento na receita média por manobra e operações especiais. Durante o período, o estaleiro da companhia entregou o WS Centaurus e o WS Orion, os dois primeiros de uma série de seis rebocadores com mais de 90 toneladas de tração estática que se juntarão à sua frota até 2024.
O resultado de terminais de contêiner foi afetado pela disponibilidade limitada de contêineres vazios e gargalos logísticos globais, causando cancelamentos de escalas de navios. Entretanto, aponta a empresa, a situação começou a melhorar, com volumes agregados crescendo 5,2% nos dois primeiros meses de 2023.
“A demanda por nossos serviços ligados à energia offshore melhorou de forma expressiva, à medida que as atracações em nossas bases de apoio offshore aumentaram 30,6% em relação a 2021, e os dias em operação da nossa joint venture de embarcações de apoio offshore cresceram 20,1% ano contra ano”, apontou a empresa.
A Wilson Sons destacou que, no último trimestre de 2022, novos contratos de base de apoio foram assinados com a Petronas e a 3R Petroleum (RRRP3), e os PSVs Torda, Biguá e Fulmar, de propriedade da joint venture, começaram a operar sob novos contratos de quatro anos com a Petrobras (PETR4).
Nos últimos três meses de 2022, os custos e despesas totais diminuíram 4,4%, como resultado de:
• Despesas com matéria-prima, que cresceram 24,9%, refletindo principalmente custos de combustível mais elevados na divisão de rebocadores;
• Despesas com pessoal e benefícios, que reduziram 3,0%, à medida que o trimestre comparativo foi afetado negativamente pelos custos de horas extras em decorrência de medidas de proteção dos trabalhadores durante a pandemia, e por provisões para bônus mais altas no 4T21; e
• Outras despesas operacionais, que diminuíram 12,4%.
Os resultados da Wilson Sons (BOV:PORT3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 29/03/2023.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters e TC