As ações da Meta Platforms (NASDAQ:META) negociadas em Nova York saltaram mais de 12% nas negociações estendidas na quarta-feira (26), depois que a empresa relatou um aumento inesperado nas vendas no primeiro trimestre e emitiu uma perspectiva melhor do que esperada para o período atual.

A Meta Platforms também é negociada na B3 através do ticker (BOV:M1TA34).

Aqui estão os principais números:

• LPA: US$ 2,20 por ação contra US$ 2,03 por ação esperados pelos analistas, de acordo com a Refinitiv
• Receita: US$ 28,65 bilhões contra US$ 27,65 bilhões esperados pelos analistas, de acordo com a Refinitiv.
• Usuários ativos diários (DAUs): 2,04 bilhões contra 2,01 bilhões esperados, de acordo com a StreetAccount.
• Usuários ativos mensais (MAUs):  2,99 bilhões contra 2,99 bilhões esperados, de acordo com a StreetAccount.
• Receita média por usuário (ARPU):  US$ 9,62 contra US$ 9,30 esperados, de acordo com a StreetAccount.

As vendas da Meta no primeiro trimestre aumentaram 3%, de US$ 27,91 bilhões no ano anterior, após três períodos consecutivos em que a receita caiu.

Para o segundo trimestre, a Meta, controladora do Facebook, espera uma receita entre US$ 29,5 bilhões e US$ 32 bilhões, enquanto os analistas esperavam vendas de US$ 29,5 bilhões, segundo a Refinitiv.

“Tivemos um bom trimestre e nossa comunidade continua a crescer”, disse o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em comunicado. A empresa está “se tornando mais eficiente para que possamos construir produtos melhores com mais rapidez e nos colocar em uma posição mais forte para entregar nossa visão de longo prazo”, disse ele.

A unidade Reality Labs da Meta, que está desenvolvendo as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para o metaverso, faturou US$ 339 milhões em vendas, mas registrou um prejuízo operacional de US$ 3,99 bilhões. A empresa acrescentou que as perdas operacionais no Reality Labs aumentarão este ano.

O lucro líquido em toda a empresa caiu 24%, para US$ 5,71 bilhões, ou US$ 2,20 por ação, de US$ 7,47 bilhões, ou US$ 2,72 por ação, no mesmo trimestre do ano passado.

A Meta disse que as despesas totais para 2023 estarão na faixa de US$ 86 bilhões a US$ 90 bilhões. Esse número inclui custos de reestruturação que variam entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões.

As despesas de capital permanecerão na faixa de US$ 30 bilhões a US$ 33 bilhões. Esse número representa o aumento dos investimentos em inteligência artificial e seus produtos com suporte de anúncios, como feed de notícias e Reels, disse a empresa.

O rali pós-mercado impulsionou ainda mais uma ação que está em tendência de alta desde que Zuckerberg anunciou em fevereiro que 2023 seria o “ ano de eficiência ” da empresa.

As ações perderam dois terços de seu valor em 2022, mas subiram 74% este ano, antes do relatório de resultados. Incluindo o aumento pós-relatório na quarta-feira para mais de US$ 234, as ações subiram cerca de 164% em relação à mínima de novembro de 2022, de cerca de US$ 89.

Os investidores apoiaram os planos de Zuckerberg de reduzir sua empresa por meio de uma série de demissões, resultando em cerca de 21.000 cortes de empregos esperados. A base de receita vinha diminuindo devido a um mercado de publicidade on-line abalado e aos efeitos persistentes da atualização de privacidade do iOS da Apple (AAPL, AAPL34) de 2021 que limitou drasticamente os recursos de segmentação de anúncios.

A Alphabet (GOOGL, GOGL34), controladora do Google, que domina o mercado de anúncios on-line junto com a Meta, divulgou resultados do primeiro trimestre na terça-feira que superaram as expectativas dos analistas, embora a receita de anúncios tenha caído em relação ao ano anterior.

Por Jonathan Vanian/CNBC